terça-feira, 26 de junho de 2018

JURISTAS ASSINAM CARTA PEDINDO LIBERDADE DE LULA.

) - A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin de arquivar um recurso que pedia a libertação do ex-presidente Lula levou um grupo de 236 juristas a assinar uma carta “em defesa da presunção da inocência e contra atos que fragilizam a Constituição”.
“Repudiamos as manobras de prazos e procedimentos que adiem a decisão sobre o direito de liberdade e as garantias fundamentais que afetam não apenas o réu do caso concreto, mas a vida de milhares de encarcerados no Brasil”, afirma o documento.
A missiva é subscrita por nomes como os dos ex-ministros Tarso Genro e José Eduardo Cardozo e de juristas e professores de direito como Carol Proner, Gisele Cittadino, Celso Antonio Bandeira de Melo, Weida Zancaner, e Juarez Tavares.
O grupo critica a rapidez com que a decisão de Fachin foi “divulgada menos de uma hora após o TRF-4 [Tribunal Regional Federal da 4ª Região] decidir sobre os recursos do processo”.
Fachin, que é relator da Lava Jato no STF, optou pelo arquivamento da ação após o TRF-4 derrubar, no mesmo dia, o principal argumento da defesa de Lula, que havia recorrido ao supremo alegando demora do tribunal em julgar as demandas do petista. Um grupo de 50 juristas se preparava para ir a Brasília acompanhar o julgamento do recurso de Lula, que seria realizado na terça (26) pela 2ª Turma do STF.
“O Brasil, como qualquer sociedade que convive com problemas endêmicos de corrupção, precisa encontrar caminhos de responsabilização que não impliquem a flexibilização de garantias fundamentais, conquistadas como forma de evitar os desmandos autoritários do passado recente e o retorno do estado de exceção”, segue a carta, que será enviada a cada um dos 11 ministros do STF.
Preso desde abril, o ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário