quinta-feira, 21 de junho de 2018

TORCEDOR BRASILEIRO QUE INSULTOU MULHER RUSSA JÁ FOI PRESO PELA P.F.

'Foi brincadeira de muito mau gosto', diz um dos que insultaram russa em vídeo
 - Um terceiro torcedor brasileiro presente no vídeo insultando uma mulher na Rússia foi identificado nesta terça-feira (19). É o empresário e engenheiro civil Luciano Gil Mendes de Coelho, natural de Jaicós, no interior do Piauí. Em 2015, ele foi preso em operação da Polícia Federal que investigava desvios de recursos públicos e fraudes em licitações na Prefeitura de Araripina (PE). 
O Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) e o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) do Piauí divulgaram nota de repúdio pela atitude do profissional.
O engenheiro piauiense, que faz doutorado em Portugal, é um dos torcedores que aparece constrangendo uma mulher que aparentemente não fala português. Eles faziam piada de cunho sexual sem que a estrangeira entendesse nada do que estava sendo dito. O vídeo viralizou no Brasil e tem causado revolta.
Entre os identificados insultando a mulher está também policial militar Eduardo Neves, de Santa Catarina e o advogado Diego Valença Jatobá, que foi secretário de Turismo de Ipojuca (PE).
Luciano Gil é formado pela UFPI (Universidade Federal do Piauí), já foi inspetor no Crea e atuou nas prefeituras de Araripina e Picos.
A reportagem tentou falar com ele, mas não respondeu às ligações. Segundo o Portal O Dia, do Piauí, ele disse por telefone que pede desculpas a todas as mulheres e que o consumo de álcool foi o responsável pela sua atitude.
Em nota, o Crea-PI e o Confea lamentam o que chamaram de "infame episódio de misoginia e sexismo realizado por um grupo de brasileiros durante a Copa do Mundo 2018". O Conselho informou que abriu procedimento administrativo para analisar o caso.
"O exercício da engenharia abrange a promoção da segurança, da qualidade de vida, da sustentabilidade, da proteção aos valores mais caros da experiência profissional e não o protagonismo de cenas lamentáveis e vergonhosas que desrespeitam a mulher, estrangeiros ou qualquer pessoa", diz a nota

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