Na saída do Palácio do Alvorada, onde costuma conversar com simpatizantes, ele voltou a cobrar a transparência na prestação de contas da sigla e disse que não justifica criticá-lo por tentar dividir ou tumultar a legenda.
O partido tem de fazer a coisa que tem de ser feita. Normal, não tem que esconder nada. Eu não quero tomar partido de ninguém. Agora, transparência faz parte. O dinheiro é público, disse. Não tenho mágoa com ninguém, respondeu ao ser indagado sobre sua relação com o atual presidente da legenda.
Na semana passada, Bolsonaro requereu a Bivar a realização de uma auditoria externa nas contas da legenda. A ideia tem sido a de usar eventuais irregularidades nos documentos como justa causa para uma desfiliação de deputados da sigla, o que evitaria perda de mandato. O episódio, no entanto, criou uma disputa interna na sigla, com a ameaça inclusive de expulsões.
A aliados Bolsonaro tem dito que só oficializará a saída do PSL caso consiga viabilizar a migração segura de cerca de 20 deputados do PSL (de uma bancada de 53) a outra sigla.
Nos bastidores, esses parlamentares já aceitam abrir mão do fundo partidário do PSL em troca de uma desfiliação sem a perda do mandato. A previsão é de que o PSL receba R$ 110 milhões de recursos públicos em 2019, a maior fatia entre todas as legendas.
A lei permite, em algumas situações, que o parlamentar mude de partido sem risco de perder o mandato entre elas mudança substancial e desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação política pessoal
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