- O ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou nesta quinta-feira (24) a possibilidade do fim da prisão imediata após segunda instância, no momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) julga o tema.
Quando você condiciona a execução da pena ao final do processo, embora não pareça à primeira vista extremamente problemático, é no Brasil pelo fato de nós termos um processo judicial que é extremamente lento, afirmou ele em seminário promovido pela revista The Economist.
Você precisa ter um processo penal que funcione, disse no evento São Paulo, criticando o excesso de recursos permitidos no judiciário brasileiro.
O ex-juiz da Operação Lava Jato, que condenou o ex-presidente Lula (PT), afirmou, no entanto, que é preciso respeitar a decisão que o STF tomar. É uma instituição fundamental na democracia.
Qualquer decisão tem que ser respeitada, embora isso não signifique que não possa sofrer críticas, completou.
Para Moro, a permissão do início imediato do cumprimento da pena foi um passo muito importante para o enfrentamento à corrupção e à criminalidade em geral.
Espero que o STF tome a melhor decisão, concluiu, explicitando o desejo de que não haja, sob sua ótica, nenhuma regressão.
O ex-magistrado usou o evento para defender a Lava Jato e criticar a publicação das mensagens trocadas por ele e por outros integrantes da força-tarefa. Moro foi aplaudido depois de dizer que não considera ter havido abusos ou excessos.
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