O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticou a liminar (decisão provisória) concedida pela presidente da corte, Cármen Lúcia, para barrar a posse da deputada Cristiane Brasil, indicada pelo presidente Michel Temer para comandar a pasta do Trabalho.
Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Gilmar disse que o “moralismo é o túmulo da moral” e que a decisão se trata de “infantilismo judicial”.
Cristiane Brasil foi impedida de tomar posse no Ministério do Trabalho por responder a processos trabalhistas. O caso foi parar no STF e a ministra Cármen Lúcia impediu a posse.
“Será que nenhum juiz tem ação trabalhista? Chega a ser engraçado. O moralismo é o túmulo da moral. Agora, por que isso está ocorrendo? Pela debilidade do governo. Se fosse um governo normal, forte, que não tivesse passado por tantos percalços, quem ousaria dar essa liminar? Ela não duraria um minuto. Porque é um caso de infantilismo judicial”, criticou o ministro.
Gilmar também criticou o fato de Cármen Lúcia impedir, por meio de liminar, que o presidente Temer desse indulto a presos brasileiros.
“Disseram que o indulto beneficiaria presos na Operação Lava Jato. E não se mostra um réu da Lava Jato que seria beneficiado. Não obstante, a procuradora-geral (Raquel Dodge) pede (liminar) e a presidente do Supremo confirma, com esse argumento. Veja! É preciso respeitar um pouco os fatos. Pode ser que nós tenhamos milhões de botocudos ainda. Mas respeitem a inteligência da gente”, disse
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