sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CERVERÓ MANTINHA AMIZADE COM FERNANDO BAIANO


Geraldo Bubniak/AGB - 19/11/14

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse ontem, em depoimento de cerca de três horas à Polícia Federal, que “mantinha certa relação de amizade” com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. De acordo com delatores da Operação Lava-Jato, Baiano era o operador do PMDB no esquema de pagamento de propina por empreiteiras a políticos para obterem contratos com a Petrobras. Cerveró negou ter recebido qualquer vantagem para viabilizar negócios na petrolífera.

Réu em um dos processos da Lava-Jato, o ex-diretor foi preso na madrugada de quarta-feira, sob acusação de que tentava ocultar patrimônio obtido ilegalmente. Ele está na mesma cela de Baiano, em Curitiba. De acordo com o advogado Beno Brandão, que acompanhou o depoimento de Cerveró, ele não se negou a responder a nenhuma pergunta e pediu, espontaneamente, para explicar uma aquisição de sondas feita sem licitação pela Petrobras (leia mais na página 3).

Sobre Baiano, Cerveró disse que o conheceu em 2000, quando ocupava o cargo de gerente executivo de Energia da petrolífera. Na época, segundo ele, o lobista representava empresas espanholas no ramo de energia térmica. Ele diz que só se lembra do nome de uma delas: Union Fenosa. Ainda de acordo com Cerveró, naquele período, foi fechado um contrato com essa empresa. Ele diz não se lembrar do valor, mas comentou que “não foi significativo

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