quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

SUSPEITOS DE ATENTADO NA FRANÇA SÃO LOCALIZADOS

Cherif Kouachi e Said Kouachi, dois dos três suspeitos do ataque à revista 'Charlie Hebdo'
Cherif Kouachi e Said Kouachi, dois dos três suspeitos do ataque à revista 'Charlie Hebdo' (AFP)
Os dois irmãos suspeitos do atentado contra a revista satírica Charlie Hebdo foram vistos nesta quinta-feira pela manhã no norte da França, quando estavam a bordo de um automóvel Renault Clio cinza, reporta a imprensa francesa. O gerente de um posto de combustível situado perto de Villers-Cotteret, na região francesa da Picardia, "reconheceu os dois homens suspeitos de terem participado do ataque contra a Charlie Hebdo", explicou uma fonte policial ouvida pela agência France-Presse.
"Os dois homens estão encapuzados e armados", confirmou a fonte. "As brigadas francesas de segurança receberam a ordem de se equipar com fuzis de assalto e com equipamentos de proteção", acrescentou. O ministro do Interior do país, Bernard Cazeneuve, disse à emissora de rádio Europe 1 mais cedo nesta quinta-feira que "estamos diante de um risco extraordinário que poderia levar a outros incidentes violentos". Os comentários vieram logo antes de um tiroteio em Montrouge, no sul de Paris nesta quinta, deixar uma policial morta e outra pessoa ferida. Ainda não está claro se o tiroteio está relacionado com o atentado em Paris.
Os irmãos Cherif e Said Kouachi, suspeitos do ataque contra a redação da revista estavam sendo monitorados pela inteligência francesa por causa de seu extremismo religioso. “O serviço secreto os conhecia”, afirmou o primeiro-ministro da França, Manuel Valls. O político, porém, frisou que “centenas” de pessoas são monitoradas por possíveis relações com o terrorismo e que não é possível controlar todas elas. "Não existe risco zero", admitiu.
Um terceiro suspeito, Mourad Hamyd, que pode ter sido o motorista de fuga, se entregou à polícia em Charleville-Mézières, no norte da França na noite desta quarta-feira. Hamyd, de 18 anos, é cunhado de Cherif Kouachi. Ele se apresentou à polícia "ao ver que seu nome circulava nas redes sociais", explicou à agência France-Presse uma fonte próxima ao caso

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