quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

DISPUTA ACIRRADA PELA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados, Valter Campanato/Agência Brasil, Monique Renne/CB/D.A Press
Na briga pelo poder de ditar os rumos da Câmara dos Deputados — o que inclui colocar na pauta de votações projetos importantes para o país —, os dois candidatos favoritos à Presidência da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), priorizam promessas corporativistas a reivindicações da população. Para fisgar os colegas, que escolherão o mandatário no mês que vem, os dois repetem juras de construir mais um anexo e de equiparar o salário dos deputados ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ambos da base aliada do governo Dilma Rousseff, Cunha e Chinaglia aproveitam o recesso parlamentar para rodar o país em busca do voto dos colegas. Nas conversas, eles prometem dar prioridade à votação de projetos que atendam a base eleitoral dos companheiros, mas frisam que vão brigar para tirar do papel demandas antigas dos deputados. É o caso da construção do Anexo 5 da Casa. A promessa de ampliar os espaços da Câmara é tão antiga que esteve até na lista da campanha do próprio Arlindo Chinaglia em 2007. Foi repetida nos anos seguintes pelos concorrentes ao posto.
Cunha largou na frente e distribuiu aos colegas um folheto com 10 propostas no início de dezembro, quando lançou a candidatura. A maioria dos itens diz respeito diretamente à rotina dos parlamentares, e não da população, que tem o presidente da Câmara como o segundo cargo na linha de sucessão presidencial, atrás apenas do vice-presidente da República. Além da construção do Anexo 5, Cunha promete expandir o trabalho da TV Câmara aos estados dos deputados.
A ideia também é antiga. Diante da repercussão negativa de notícias relativas aos deputados, o entendimento de parte dos parlamentares é que a TV Câmara pode ajudar a melhorar a imagem da Casa. Cunha tem investido também em propostas específicas para as frentes parlamentares da Câmara. Aos parlamentares da bancada ruralista, por exemplo, prometeu colocar na pauta a proposta que transfere ao Congresso o poder de analisar a demarcação de terras indígenas. O projeto foi arquivado pelo fim da legislatura, mas deve ser reapresentad
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