A abertura da exposição "O olhar que ouve", que exibe o trabalho do artista Carlinhos Brown no Palácio do Planalto, contou nesta terça-feira com a presença ilustre de Dilma Rousseff. No evento, a presidente da República elogiou a caxirola, criação do músico baiano que ambiciona se tornar o instrumento oficial da torcida na Copa do Mundo de 2014.
Em seu discurso, Dilma disse que a caxirola de Brown tem potencial de ser "um instrumento mais interessante do que a vuvuzela", em menção à polêmica e barulhenta corneta que marcou a edição da Copa em 2010 na África do Sul.
"A caxirola une esporte, música e arte visual. Estou muito contente de abrir essa exposição aqui hoje", declarou a presidente nesta terça-feira, em Brasília.
"Brown nos encanta em sua quase inocência de dizer que é muito fácil fazer uma caxirola, um objeto que combina imagem e som e nos leva a gols", acrescentou Rousseff.
No evento desta terça-feira, Brown também ganhou elogios da ministra da Cultura, Marta Suplicy: "Essa incrível caxirola vai ser uma marca na nossa música e no nosso futebol. É uma criação de genialidade".
A caxirola criada por Carlinhos Brown é uma espécie de caxixi, ou chocalho, feito com polietileno oriundo do etanol de cana de açúcar, fonte 100% renovável. O instrumento faz parte da linha de produtos oficiais da Fifa, segundo o músico.
Em comparação com a corneta que virou símbolo da Copa na África do Sul, Brown argumenta que seu instrumento respeita os limites sonoros e reproduz sensações da natureza, como o som do mar.
Em 2010, a vuvuzela sul-africana inspirou uma onda de críticas internacionais em razão de seu impacto auditivo nas partidas da Copa, sentido ao vivo e mesmo em transmissões de televisão.
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