domingo, 19 de maio de 2019

CORRETOR ADMITE FRAUDE EM NEGÓCIO DE FLÁVIO BOLSONARO.

Flavio Bolsonaro (C), the son of Brazil's right-wing presidential candidate for the Social Liberal Party (PSL) Jair Bolsonaro, talks to the media outside his father's residence in Rio de Janeiro, Brazil, on October 8, 2018. - A deeply polarized Brazil stood at a political crossroads on october 8, 2018 as the bruising first round of the presidential election left voters with a stark choice in the run-off between far-right firebrand Jair Bolsonaro and leftist Fernando Haddad. Bolsonaro won 46 percent of the vote to Haddad's 29 percent, according to official results. (Photo by CARL DE SOUZA / AFP) (Photo credit should read CARL DE SOUZA/AFP/Getty Images)
MP considera haver indícios robustos dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio de 2007 a 2018. (Foto: Carl de Souza/AFP/Getty Images)
O corretor responsável pela venda de dois imóveis ao senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) foi alvo de comunicação do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) sob a suspeita de ter subfaturado uma transação imobiliária.
Trata-se da modalidade de fraude que promotores agora suspeitam ter sido praticada pelo senador em operações com esse mesmo corretor.
O Ministério Público do Rio conseguiu a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 9 empresas e 86 pessoas, incluindo o filho do presidente da República e esse corretor, o norte-americano Glenn Dillard.
A Promotoria considera haver indícios robustos dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio de 2007 a 2018, quando ele era deputado estadual no Rio.
A investigação também cita indícios de lavagem de dinheiro em transações imobiliárias de Flávio, que realizou operações envolvendo 19 imóveis e lucrou com transações relâmpago, como revelou a Folha de S.Paulo.
Os negócios imobiliários do senador já estiveram sob investigação do órgão no ano passado, mas o caso foi arquivado após ter como única diligência as explicações do próprio investigado. Nelas, Flávio omitiu a participação do corretor Dillard.

No caso identificado pelo Coaf, o corretor tentou fazer uma operação de câmbio no Citibank em julho de 2015 no valor de R$ 775 mil. Ele admitiu a fraude ao relatar ao banco que o dinheiro tinha como origem a venda de um imóvel cuja escritura indicava como preço R$ 350 mil. O banco se recusou a fazer a operação e comunicou o caso ao órgão do Ministério da Justiça.

O subfaturamento nas operações imobiliárias pode ter como objetivo lavar dinheiro obtido ilegalmente. O comprador com dinheiro sujo paga ao vendedor "por fora", geralmente em espécie, a fim de obter um bem de valor real maior do que o declarado. O dinheiro volta "limpo" quando a revenda é feita.
O Ministério Público do Rio suspeita que Flávio tenha cometido esse crime nas duas operações imobiliárias com Dillard. Flávio nega irregularidades e diz que as transações foram normais

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