segunda-feira, 20 de maio de 2019

CENTRÃO IMPÕE VÁRIAS DERROTAS AO GOVERNO.

 - No dia seguinte às manifestações contra os cortes na educação e em meio ao avanço das investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), líderes dos principais partidos do Congresso dizem que o governo Jair Bolsonaro enfrenta seu "pior momento" e preveem uma nova onda de derrotas para o Palácio do Planalto na próxima semana. 
Caciques do chamado centrão avaliaram nesta quinta-feira (15) que o desgaste de Bolsonaro com as ruas e a quebra dos sigilos bancário e fiscal sobre as movimentações financeiras de seu filho mais velho dão força à articulação do Congresso para, entre outros movimentos, sacramentar a saída do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) das mãos de Sergio Moro (Justiça).
Após encontros com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), integrantes do chamado centrão dizem a votação da medida provisória da reestruturação do governo só depende do Planalto. De acordo com eles, os articuladores políticos do governo precisam enquadrar os partidos de sua base para que o texto aprovado na semana passada em comissão especial seja apreciado sem alterações no plenário da Câmara. Do contrário, a medida poderá perder sua validade. 
Se a medida provisória que reestrutura a Esplanada não for aprovada até o dia 3 de junho na Câmara e no Senado, ela perderá validade. 
A ala mais inflamada do centrão chegou a dizer que só uma declaração pública do alto escalão do governo a favor da transferência do Coaf para o ministério de Paulo Guedes (Economia) seria capaz de controlar a atuação do PSL contra a medida. 
Maia sinalizou aos líderes do centrão que vai atuar para que o Planalto cumpra o acordo e distensione a relação. 
Um dos líderes do centrão diz que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se comprometeu a atuar para que a votação no plenário ocorra sem intercorrências. 
O Planalto já teria conseguido convencer uma ala dos partidos contrários à mudança de endereço do Coaf a votar o texto como está, mesmo que seja para perder. Fazem parte desse grupo Podemos, Cidadania e Novo. 
A estratégia do centrão e de Onyx, porém, pode esbarrar no líder do governo no Congresso, Major Vitor Hugo (PSL-GO). 
O parlamentar de primeiro mandato tem se mostrado irredutível a aliados quanto à posição de defender publicamente a manutenção do Coaf na Justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário