O Ministério Público do Rio de Janeiro, depois de pedir a quebra do sigilo bancário e fiscal de 95 pessoas relacionadas a Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), apontou indícios de que o senador utilizou a compra e venda de 19 imóveis no Rio de Janeiro para lavar dinheiro
Entre 2010 e 2017, o então deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro adquiriu salas comerciais e apartamentos por R$ 9,3 milhões. No período, segundo a promotoria, Flavio Bolsonaro lucrou mais de R$ 3 milhões em transações imobiliárias em que há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”.
No documento sigiloso, obtido com exclusividade pela Veja, o MP diz que a suposta fraude pode ter ocorrido para “simular ganhos de capital fictícios” que teriam como objetivo encobrir “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio.
Os promotores teriam descoberto elementos que indicam a prática de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete de Flávio.
OS IMÓVEIS
A ação menciona a supervalorização de imóveis, como, por exemplo, um apartamento em Copacabana adquirido por R$ 140 mil no ano de 2012 e vendido quinze meses depois por meio milhão de reais. O lucro chega a 292%, entretanto, o MP informa que o índice Fipezap, utilizado no mercado imobiliário, a valorização de imóveis no bairro ficou em 11% naquele período.
O MP destaca também que de dezembro de 2008 e setembro de 2010, Flávio teria adquirido dez salas comerciais na Barra da Tijuca, por R$ 2,662 milhões. Um mês depois, em outubro de 2010, os imóveis foram vendidos a R$ 2,662 milhões para a empresa MCA Exportação e Participações.
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