Como
diziam nossos avós, o governo federal, vem fazendo fita com o chapéu dos
outros, dando isenção ou redução do Imposto de Produtos Industrializados, o
IPI, que representa mais de vinte e três por cento da arrecadação do Fundo de
Participação dos Municípios,FPM, empobrecendo
o povo brasileiro, principalmente o povo nordestino, que sofre com a
seca mais terrível dos últimos cinqüenta anos.
Os
Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Alagoas, Piauí, Paraíba e Rio
Grande do Norte, estão com mais de cinqüenta por cento dos seus municípios em
estado de calamidade.
E
o que isso representa?
Estado
de calamidade representa falta de água, saúde, educação, assistência social,
transporte, remédios, merenda escolar e fome, muita fome.
O
Governo da União, poderia subsidiar o setor automobilístico, caminhões e
automóveis em geral e os da linha branca, geladeiras, lavadoras, micro ondas,
etc, com a redução das contribuições
sociais, PIS, Confins, Contribuição sobre os lucros das empresas, e demais
contribuições arrecadadas pela União e que não são repartidas com os Estados e
Municípios, e assim apenas arrecadaria menos e não causaria a miséria que o
povo brasileiro, principalmente o nordestino, estão a passar.
Mais
de vinte e três por cento de redução no FPM e FPE , representam uma diminuição
da arrecadação que prejudica os Estados e Municípios, principalmente os do
nordeste, beneficiando as populações dos Estados do Sudeste,São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, etc, que normalmente são ricos e possuem uma arrecadação
muito maior que a do restante do País, e onde estão localizadas as principais
fabricas de automóveis, veículos, geladeiras, lavadoras , portanto provocando
essa redução do IPI, mais riqueza para os ricos e mais miséria para os mais
pobres.
Que
País é esse, onde o governo federal, arrecada quase tudo dos impostos pagos
pelos cidadãos, que nascem, vivem, constroem seus destinos e morrem nos
Municípios e ficam a mercê da vontade do governo central, que para não perder
votos, vive distribuindo Bolsas de todas as espécie, não se importando e gerar
emprego e renda para dar independência e dignidade ao seu povo.
Os
Prefeitos Municipais do Brasil, principalmente os do nordeste, que possuem a
maior bancada de deputados federais e senadores do Congresso Nacional, devem se
unir, para exigir dos seus representantes, que obriguem ao Governo Central a
providenciar, pelo menos uma compensação financeira para estados e municípios,
destinando-lhes recursos na mesma proporção da isenção do IPI, dada aos setores
automobilístico e da linha branca, o que tem prejudicado o povo mais pobre e
tornado as cidades do país, um verdadeiro inferno, ante a dificuldade de
locomoção e o grande número de veículos que transitam hoje nas cidades
brasileiras.
O
próximo ano, 2014, será ano de eleições para Presidente, Governadores,
Senadores e Deputados Federais e
Estaduais.
É
chegada a hora das lideranças dos Municípios, Prefeitos, Vice Prefeitos,
Vereadores, Líderes de Associações de Classe e o povo em geral, exigir que se
faça uma distribuição do que se arrecada em Impostos no País, de uma forma mais
justa, para não levar á miséria e ao desespero a maioria do povo brasileiro,
que sustenta toda a classe política do País.
É
hora de acordar, é hora de reclamar, é hora de exigir, pois o eleitor está no município, que elege todos eles, e
não recebem em troca os bens e serviços que o governo federal, tem obrigação de
entregar, reduzindo os Políticos municipais, a meros pedintes de verbas,
esquecendo-se eles, que quem tem o poder
do voto nas democracias, é quem tem o
poder.
Basta
saber reivindicar, basta saber exercê-lo, basta de fazer fita com o chapéu dos
outros.
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