quinta-feira, 4 de julho de 2013

REFORMA POLÍTICA, PLEBISCITO E ENGANAÇÃO.

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Após as primeiras manifestações de rua, onde o povo protestou contra a corrupção, o caos na saúde, educação, segurança , mobilidade e sobretudo contra o modo como os políticos têm conduzido a administração publica, sempre em proveito próprio e em detrimento do povo, a presidenta da república começou as suas intermináveis reuniões ministeriais., recebendo também líderes sindicais e dos movimentos populares e numa forma desesperada de encontrar uma solução para os reclamos do povo, propôs uma assembleia nacional constituinte exclusiva, para através de plebiscito, ouvir o que a população deseja inserir na reforma política necessária para o país e que dormita nas gavetas do Congresso Nacional por vários anos.
De cara a  Constituinte foi rejeitada pela comunidade jurídica e diversas entidades de classe, restando à chefe do governo central, insistir no plebiscito que iria colher a opinião popular sobre a reforma política, propondo cinco pontos que achou essenciais ouvir da plebe, tais como financiamento de campanha, voto proporcional, distrital ou misto, extinção da suplência para senadores, fim das coligações partidárias proporcionais e fim do voto secreto no Congresso Nacional.
Mais uma vez, mostrou-se despreparada para o embate político a Presidenta, já que a iniciativa de plebiscito é uma prerrogativa do Congresso, não podendo a presidência da república iniciá-lo, restando apenas sugerir ao parlamento a sua convocação.
Convocação esta que deve ser viabilizada pela Justiça eleitoral e que o seu resultado deva ser incorporado na reforma política  vigorando  nas próximas eleições, posicionando-se o T.S.E, contrário a realização do plebiscito por falta de tempo, já que precisaria de pelo menos setenta dias para preparar a consulta popular e o resultado transformado em reforma política até 05 de outubro de 2013, para vigorar nas eleições presidências do próximo ano, sendo isto inteiramente impossível, tornando o plebiscito e a reforma clamada pela população, inviável.
Além desses obstáculos, alguns partidos da base aliada,a exemplo do PMDB, se posicionam contra o plebiscito e a reforma política para vigorar nas próximas eleições, o que demonstra má vontade dos políticos em geral para fazer as reformas que o povo tanto clama.;
Levada às cordas a presidência da república , tal qual um bêbado equilibrista, vê suas propostas vazias caírem por terra, sem atender aos apelos da população e sem solução objetiva e imediata para atender os reclamos da plebe que se torna impaciente e quer a todo custo ser ouvida.
Não resta dúvida que a intenção do executivo federal, é desviar o foco das manifestações de protesto que ainda continuam, propondo medidas inviáveis e esdrúxulas, pensando mais uma vez que o povo pode ser eternamente enganado e que não vai reagir.
As manifestações continuarão até que os políticos entendam que agora chegou a vez do povo, e democracia se faz com protesto contra o que não agrada a população.
Assim se vê que a proposta de plebiscito e reforma política é mera enganação.

Será que o povo vai reagir?

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