Após as primeiras
manifestações de rua, onde o povo protestou contra a corrupção, o caos na
saúde, educação, segurança , mobilidade e sobretudo contra o modo como os
políticos têm conduzido a administração publica, sempre em proveito próprio e
em detrimento do povo, a presidenta da república começou as suas intermináveis
reuniões ministeriais., recebendo também líderes sindicais e dos movimentos
populares e numa forma desesperada de encontrar uma solução para os reclamos do
povo, propôs uma assembleia nacional constituinte exclusiva, para através de
plebiscito, ouvir o que a população deseja inserir na reforma política
necessária para o país e que dormita nas gavetas do Congresso Nacional por
vários anos.
De cara a Constituinte foi rejeitada pela comunidade
jurídica e diversas entidades de classe, restando à chefe do governo central,
insistir no plebiscito que iria colher a opinião popular sobre a reforma
política, propondo cinco pontos que achou essenciais ouvir da plebe, tais como
financiamento de campanha, voto proporcional, distrital ou misto, extinção da
suplência para senadores, fim das coligações partidárias proporcionais e fim do
voto secreto no Congresso Nacional.
Mais uma vez, mostrou-se
despreparada para o embate político a Presidenta, já que a iniciativa de
plebiscito é uma prerrogativa do Congresso, não podendo a presidência da
república iniciá-lo, restando apenas sugerir ao parlamento a sua convocação.
Convocação esta que deve
ser viabilizada pela Justiça eleitoral e que o seu resultado deva ser incorporado
na reforma política vigorando nas próximas eleições, posicionando-se o
T.S.E, contrário a realização do plebiscito por falta de tempo, já que
precisaria de pelo menos setenta dias para preparar a consulta popular e o
resultado transformado em reforma política até 05 de outubro de 2013, para
vigorar nas eleições presidências do próximo ano, sendo isto inteiramente
impossível, tornando o plebiscito e a reforma clamada pela população, inviável.
Além desses obstáculos,
alguns partidos da base aliada,a exemplo do PMDB, se posicionam contra o
plebiscito e a reforma política para vigorar nas próximas eleições, o que
demonstra má vontade dos políticos em geral para fazer as reformas que o povo
tanto clama.;
Levada às cordas a
presidência da república , tal qual um bêbado equilibrista, vê suas propostas
vazias caírem por terra, sem atender aos apelos da população e sem solução
objetiva e imediata para atender os reclamos da plebe que se torna impaciente e
quer a todo custo ser ouvida.
Não resta dúvida que a
intenção do executivo federal, é desviar o foco das manifestações de protesto
que ainda continuam, propondo medidas inviáveis e esdrúxulas, pensando mais uma
vez que o povo pode ser eternamente enganado e que não vai reagir.
As manifestações
continuarão até que os políticos entendam que agora chegou a vez do povo, e
democracia se faz com protesto contra o que não agrada a população.
Assim se vê que a proposta
de plebiscito e reforma política é mera enganação.
Será que o povo vai reagir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário