O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro incluiu a adoção da renda mínima em seu plano de governo. A proposta Renda Básica de Cidadania é uma da bandeiras do vereador Eduardo Suplicy(PT-SP), candidato ao Senado. A iniciativa foi criada em 2004, pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas não saiu do papel.
No documento apresentado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no registro de candidatura, Bolsonaro propõe a medida como uma forma de atingir os brasileiros de fora do Bolsa Família. "Acima do valor do Bolsa Família, pretendemos instituir uma renda mínima para todas as famílias brasileiras", diz o texto. O objetivo é garantir uma renda igual ou superior aos valores pagos pelo programa de transferência de renda iniciado em 2003, no governo Lula.
O candidato do PSL propõe a modernização e aprimoramento do Bolsa Família e do Abono Salarial, "com vantagens para os beneficiários" e afirma que tais ideias são inspiradas em pensadores liberais, como Milton Friedman.
Sancionada por Lula em 2004, a Lei 10.835, de autoria de Suplicy, institui a Renda Básica de Cidadania. De acordo com o texto, todos brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos 5 anos no Brasil terão direito a receber um benefício monetário.
A lei prevê que o pagamento deveria ser de igual valor para todos, e "suficiente para atender às despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde, considerando para isso o grau de desenvolvimento do País e as possibilidades orçamentárias". Caberia ao Poder Executivo definir o valor.
Ao longo de sua vida política, Eduardo Suplicy, hoje com 77 anos, batalhou pela aplicação da renda mínima. No final dos anos 1980, quando era professor, publicou o livro "Da Distribuição da Renda e dos Direitos à Cidadania". Em 1991, no 1º mandato como senador, defendeu a ideia na tribuna.
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