Pela segunda vez, o debate entre os postulantes ao Palácio do Planalto não contou com um representante do PT, depois que a Justiça Eleitoral rejeitou pedido do partido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba e lidera as pesquisas, participasse do encontro.
A organização do debate chegou a colocar um púlpito para Lula, mas ele foi retirado do estúdio, de acordo com a RedeTV, por decisão da maioria dos oito presidenciáveis presentes. Apenas o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, defendeu a manutenção do púlpito no estúdio.
No duelo mais duro do debate, Bolsonaro indagou Marina sobre a posição dela a respeito do porte de arma. A candidata da Rede se declarou contrária ao porte de arma de fogo, mas usou a maior parte do tempo de resposta para criticar o rival que, pouco antes, ao responder pergunta do candidato do MDB, Henrique Meirelles, disse que não era necessário se preocupar com a diferença de salários entre homens e mulheres, pois a igualdade está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
"Só uma pessoa que não sabe o que significa uma mulher ganhar um salário menor do que um homem e ter as mesmas capacidades, a mesma competência e ser a primeira a ser demitida, ser a última a ser promovida e quando vai a uma fila de emprego, pelo simples fato de ser mulher, não é aceita. Não é uma questão de que não precisa se preocupar. Tem que se preocupar, sim", disparou Marina.
"Precisa se preocupar, sim. O presidente da República está lá para combater injustiça", acrescentou.
Bolsonaro rebateu atacando Marina por sua defesa de plebiscitos para decidir questões como eventuais mudanças na legislação sobre o aborto e legalização da maconha.
"Temos aqui uma evangélica que defende o plebiscito para aborto e para maconha, e quer agora defender a mulher. Você não sabe o que é uma mulher, Marina, que tem um filho jogado no mundo das drogas", disse Bolsonaro, que chegou a afirmar que a adversária não podia interrompê-lo quando ela fez uma tentativa neste sentido
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