terça-feira, 3 de dezembro de 2019

ABERTURA DE CASSINOS DIVIDE GOVERNO E EVANGÉLICOSL

Na campanha eleitoral, Bolsonaro criticou legalização de jogos de azar, mas agora admite mudança na legislação, se houver apoio dos evangélicos.   
Defendida pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e por integrantes do centrão, a liberação de cassinos no Brasil têm provocado divergências entre setores próximos ao presidente Jair Bolsonaro. Na campanha eleitoral, ele rechaçou a medida, mas agora admite uma mudança na legislação, se houver apoio dos evangélicos
Diante de tentativas de avanço da proposta no Congresso, apoiadores do presidente têm criticado a movimentação. Neste domingo (1º), a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) mostrou receio com a eventual legalização de jogos de azar.
Entre grupos com a bandeira de combate à corrupção, há um receio de que esse tipo de atividade facilite a realização de crimes como lavagem de dinheiro. Em 2017, o Ministério Público Federal emitiu uma nota em que afirmava que a legalização dos jogos de azar “vai ao encontro dos anseios de criminosos”.
O tema foi discutido por Bolsonaro em almoço na última quarta-feira (27) com deputados do centrão e  ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
Tanto na Câmara quanto no Senado há propostas prontas para serem votadas. Um projeto de lei do senador Ciro Nogueira (PP-PI) permite bingo, jogos de carteado, como o pôquer e blackjack (conhecido como “21”); jogo do bicho, loterias e jogos eletrônicos para maiores de 18 anos. As empresas precisariam ter sede no Brasil, com uma autorização emitida por um órgão específico do governo federal. 
Do total arrecadado, de 60% a 70% iria para a premiação, 3% para o município, 7% para o governo estadual e o restante para a empresa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário