domingo, 8 de dezembro de 2019

CÂMARA E SENADO ARTICULAM REELEIÇÃO PARA SEUS PRESIDENTES.

Presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, recebem reforma da Previdência.
Ocorre neste momento nos bastidores do Congresso uma grande articulação para alterar a Constituição e permitir a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado. A intenção dos atuais comandantes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), conta também com aval do Palácio do Planalto. 
Há vários interesses por trás além de uma simples intenção de manutenção de poder. Primeiro, um olho na eleição 2022 — o posto é considerado um baita palanque. Segundo, uma atenção do governo com qualquer mudança na situação de Jair Bolsonaro — é o Legislativo que julga, por exemplo, processos de impeachment contra o presidente da República. Mas há ainda, da equipe econômica em especial, a avaliação de que as coisas têm seguido bem até aqui com a dupla na condução do leme - para que correr o risco de uma mudança no Parlamento no momento em que a base governista é tão frágil? 
A última vez que se tentou aprovar a PEC da reeleição foi em 2004, quando a Câmara era presidida por João Paulo Cunha (PT-SP). Entusiasta da ideia, o petista foi derrotado por apenas cinco votos. Na época, era José Sarney (então PMDB-AP) quem comandava o Senado e não apoiava a tese. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que trabalhava para substituir Sarney na presidência da Casa, ajudou nas articulações contra a proposta.
A Constituição estabelece, em seu artigo 57, parágrafo 4º, que os mandatos dos presidentes de cada uma das Casas é de 2 anos, “vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”. 
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) já foram consultados sobre a viabilidade da questão.V

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