quarta-feira, 28 de março de 2018

MANIFESTANTES DOS ESTADOS DO SUL ATACAM CARAVANA DE LULA


Se os episódios registrados na passagem da caravana do ex-presidente Lula pela região sul do país forem um aperitivo do que serão as eleições, estaremos perdidos. Apesar de os fatos ocorridos nos últimos dias não terem emocionado a grande imprensa, os episódios são altamente preocupantes e despertam temor a respeito do que está por vir.
A caravana na região sul é a quarta perna do périplo de Lula pelo Brasil. Antes, ele passou pelos nove estados do Nordeste, depois por Minas Gerais e, finalmente, por Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em todos esses lugares, atraiu muitos apoiadores, em especial entre os nordestinos, e raros foram os casos de protestos contrários.
Na região sul, a realidade é outra. A caravana começou no dia 19 de março, em Bagé (RS), e, desde então, enfrenta manifestações contrárias e ataques. A diferenciação aqui é importante.
Os protestos fazem parte da democracia e, por isso, são protegidos por lei. É natural, também, que o PT e Lula enfrentem resistência. Há na sociedade um discurso difuso anticorrupção que tem o PT como alvo predileto, em parte por conta de fatos, mas em parte por um inegável ódio de classe.
Independentemente de como uma pessoa se sinta com relação a Lula e ao PT, há limites para manifestações contrárias, e no caso atual eles foram claramente superados.
Em Cruz Alta (RS), no dia 22 de março, uma apoiadora de Lula de 53 anos foi agredida fisicamente e teve sua bandeira do PT roubada. Outras duas mulheres sofreram agressões verbais e viram suas bandeiras serem queimadas

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