quarta-feira, 14 de março de 2018

PATRIMÔNIO DE AÉCIO NEVES TRIPLICA EM UM ANO

Em apenas um ano, o patrimônio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) triplicou, saindo de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões em 2016. Os dados, obtidos pela Folha de São Paulo através de documentos da Receita Federal, indicam que o político vendeu cotas que possuía de uma rádio, a Arco Íris, para sua irmã, Andréa Neves.
Os números estão disponíveis porque o Supremo Tribunal Federal ordenou a quebra do sigilo fiscal de Aécio, investigado por ter pedido R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS.
Em 2014, Neves declarou ao Tribunal Superior Eleitoral as cotas que tinha na rádio, avaliadas em R$ 700 mil. Elas apareciam, no entanto, como uma dívida que o político tinha com a antiga dona, mãe do senador. Em 2014 e 2015, o mesmo valor citado à Receita Federal na declaração do imposto de renda. Em setembro de 2016 elas foram vendidas pelo valor de R$ 6,6 milhões, quase 10 vezes o que custavam no ano anterior. Em 2016 também percebe-se que a mãe de Aécio perdoou a dívida do filho, enquanto a irmã do político também declarou o valor no imposto de renda.
Especialistas consultados pela publicação indicam que seria necessário analisar os balanços da emissora de rádio para entender como ela se valorizou tanto em tão pouco tempo.
A defesa do senador informa que o valor obtido com a venda da participação na rádio foi calculado “com base no critério de valor de mercado”. A aquisição por parte de Aécio, em 2010, “tratou-se -se de uma negociação familiar, e cujos critérios foram absolutamente legais, uma vez que a lei permite negociações entre particulares”, explica Alberto Toron, advogado de Aécio Neves.
“O exame minucioso do Imposto de Renda do senador Aécio não aponta qualquer irregularidade. Ao contrário, a análise dos dados demonstra a correção da sua conduta”, indica, ressaltando que a declaração seguiu “rigorosamente” a lei.
Em nota, o senador informou que não houve aumento em seu patrimônio. “A informação é falsa e absurda.  Não se sabe porque o jornal escolheu essa data, uma vez que não houve, a partir de 2014, a aquisição de qualquer bem pelo senador. Portanto, ao contrário do que sugere a matéria, não houve qualquer aumento no seu patrimônio”, afirma

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