O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que ficou surpreso com o anúncio, pelo presidente Michel Temer, da liberação de R$ 1 bilhão para investimentos na área de segurança do estado. “Esse dinheiro é suficiente para o estado, para os investimentos. Sinceramente, não esperava vir tanto recurso”, disse Pezão.
Ele contou que foi amistosa a conversa que teve ontem à noite com Temer durante reunião no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro do Rio, que teve ainda a participação do ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann; dos ministros da Defesa, general Joaquim Silva e Luna; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen; e do interventor federal na segurança do Rio, general Walter Braga Netto.
Pezão disse ao general Braga Netto que, com 35 anos de vida pública, sabe o quanto é difícil “arrancar dinheiro” em Brasília e que o militar com menos de um mês à frente da intervenção federal na segurança do Rio, conseguiu muito mais recursos do ele imaginava.
Para o governador, esse valor é suficiente para cobrir as necessidades de um ano e, somado ao que está previsto no orçamento estadual para 2018, pode atender gastos de investimentos na segurança até 2019. “[A gente] tinha R$ 780 milhões previstos [no orçamento estadual]. Então, [o total] vai até ao longo de 2019”, informou.
Gratidão
Pezão disse que agradeceu a Temer pela decisão e pediu para que esses recursos não entrem nos cofres do Estado e sejam administrados diretamente pelo Exército. Segundo Pezão, isso evitaria um processo mais burocrático e daria mais rapidez à aplicação do dinheiro. “Que estes recursos possam ser utilizados diretamente pelo Exército em tudo que ele puder fazer e o que ele tiver de excepcionalização nessa intervenção”.
“Esse foi o meu pedido ontem para o presidente Temer, porque se a gente coloca estes recursos aqui, na burocracia do estado, até passar por todas as fases que tem, dificilmente a gente gasta esses recursos este ano. Foi o apelo que fiz ao presidente para que converse com o Rodrigo Maia [presidente da Câmara], com o senador Eunício Oliveira [presidente do Senado e do Congresso], para que a gente possa fazer um processo mais rápido e as próprias Forças Armadas utilizem esses recursos”, comentou Pezão.
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