Jair Bolsonaro, ex-capitão do Exército e candidato do PSL à Presidência da República, anunciou neste domingo (5) o nome do general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) como vice em sua chapa nas eleições 2018.
O anúncio foi feito em convenção estadual do PSL em São Paulo, e o nome de Mourão será oficializado à tarde, em convenção do PRTB.
Com a decisão, o presidente do PRTB, Levy Fidelix, irá retirar sua candidatura à Presidência da República.
O convite a Mourão foi formalizado após a desistência da advogada Janaina Paschoal em compor a chapa com Bolsonaro. Paschoal, que é uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, alegou questões familiares ao recusar o convite.
Outra opção era convidar o príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança para vice, o que foi descartado por Bolsonaro.
Intervenção militar
Mourão ganhou projeção ao defender, em diversas ocasiões, uma intervenção militar no Brasil como solução para a crise política por que passa o País.
Em setembro de 2017, quando ocupava o cargo de secretário de economia e finanças do Exército, Mourão defendeu publicamente uma possível intervenção das Forças Armadas caso as instituições não resolvessem o "problema político".
Em palestra promovida por uma loja maçônica de Brasília, o general afirmou que, se o Judiciário não tomasse providências contra "esses elementos envolvidos em todos os ilícitos", o Exército teria que se "impor".
"Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", disse Mourão na ocasião.
A declaração foi uma reação do general a uma questão levantada pela organização do evento, que dizia que "a Constituição Federal de 1988 admite uma intervenção constitucional com o emprego das Forças Armadas"
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