quarta-feira, 3 de abril de 2013

CESAR BORGES ESQUENTA SUCESSÃO NA BAHIA


Wagner: prático, objetivo e com seu professor ao fundo
Foto: SECOM
   A politica é a arte do entendimento. O governador Jaques Wagner (PT) não brinca quando diz que seu professor neste segmento é Lula e está no poder para agregar e não para espalhar. Daí se entende a nomeação do ex-governador da Bahia, César Borges (PR), para o cargo de ministro dos Transportes, pasta das mais relevantes da República porque mexe com um volume enorme de recursos e obras de infra-estrutura e que, em tese, dão votos. 

   Vê-se, ademais, que o PT nacional não considera as questões dos PTs regionais e o que vale, pra pirão, é o projeto de governo e do poder na presidência da República, com a re-eleição de Dilma. As querelas estaduais ficam em segundo plano e, claro, se o governador conhece e se adapta a esse processo, como é caso de Wagner, melhor ainda. Evidente que Dilma/Lula não iriam indicar Borges sem o aval de Wagner, mas, por outro lado, Wagner não vetaria o ex-governador para dificultar o entendimento.

   E o que dirá o PT local diante desses fatos, Borges que era apontado como algoz da invasão da Faculdade de Direito da UFBA, representante máximo do "carlismo" quando governador da Bahia? 

  Nada. Vai engolir a seco. Calado, mudo. E, como sempre faz, mudará o discurso, se adaptará à nova ordem e seguirá sua trajetória tentando emplacar um nome para ser o sucessor de Wagner, em 2014.

   Pelo visto, no entanto, agora se tem uma noção mais cristalina de que o encaminhamento político na Bahia passará pelo "esquemão" nacional e, como diria Alfredo Nascimento, o cacique maior do PR nacional, Borges se insere nesse espaço como candidato a governador, "competitivo, forte". 

   Há, no nosso entendimento, dúvidas em relação a isso. Claro que cada momento da política tem sua hora certa de encaixe e continuo acreditando que o PT, mesmo com nomes sem densidade eleitoral (vide comentário neste site sobre os 4 pré-candidatos) deverá colocar o seu nome preferencial em cena, nem que saiba no primeiro turno. Se não conseguir tal situação, se desmoraliza

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