segunda-feira, 17 de setembro de 2018

BOLSONARO FALA DO HOSPITAL E DETONA O P.T.

Reprodução
- Quando o filho, Eduardo Bolsonaro, girou a câmera e a posicionou para que Jair Bolsonaro (PSL) pudesse falar ao vivo de seu leito no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o Facebook registrava pouco mais de 80 mil pessoas assistindo, neste domingo (16), ao pronunciamento do presidenciável, vítima de uma facada em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro.
Em segundos, o número foi se multiplicando, com picos de mais de 250 mil espectadores ao longo de 20 minutos de transmissão ao vivo.
Falando pausadamente e chorando em alguns momentos, Bolsonaro agradeceu os médicos, à família e, sobretudo, tratou do processo eleitoral.
Sugeriu a possibilidade de fraude nos resultados das urnas como parte de um plano para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possa deixar a prisão, onde está desde abril.
"O que está em jogo no momento é o futuro de todos vocês. Até o futuro de você que apoia o PT --você é um ser humano também", afirmou o presidenciável, que então começou a tratar do que chamou como o "jogo de poder" e o "domínio de uma nação".
"Você aceitaria passivamente, bovinamente, ir para a cadeia? Você não tentaria uma fuga? Bem, se você não tentou fugir, com tudo ao teu lado, é obviamente porque você tem um plano B. Qual é o plano B desse presidiário? Desse homem pobre, lá atrás, que roubou todas as nossas esperanças? Não consigo pensar em outra coisa a não ser o plano B se materializar numa fraude", disse.
Minutos depois, Bolsonaro afirmou que Fernando Haddad, o candidato do PT, se eleito, "assina no mesmo minuto da posse o indulto do Lula", a quem o adversário nomearia para assumir a Casa Civil. O capitão reformado passou, então, a fazer uma ampla defesa do voto impresso, cuja obrigatoriedade foi rejeitada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), para evitar fraudes nos resultados das eleições.
Não é a primeira vez que o presidenciável do PSL coloca o processo eleitoral sob suspeição. "As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição", disse em julho, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Na transmissão, o presidenciável também mostrou descrença no resultado das pesquisas eleitorais.
"Pinta nova pesquisa do Datafolha, pelo amor de Deus. O dono do Datafolha discutindo a sua pesquisa na Globonews, a narrativa agora é que eu perderei para qualquer um no segundo turno", afirmou o candidato, que voltou a dizer que a possibilidade de "fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta".
"Se essas fraudes fizessem presidente, nessa tese minha, acabou a democracia", disse

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