sexta-feira, 28 de setembro de 2018

O FENÔMENO BOLSONARO, VERDADE OU MITO?


Yahoo Brasil
Jair Bolsonaro mentiu em rede nacional ao dizer, durante entrevista ao Jornal Nacional, que o livro “Aparelho Sexual e Cia.” fazia parte do chamado “kit gay” e era distribuído nas bibliotecas das escolas públicas.
A afirmação foi desmentida pela Fundação Biblioteca Nacional, pelo Ministério da Educação e pela editora que publicou o infanto-juvenil.
No Roda Viva, o candidato disse que não dava para enfrentar com flores bandidos que atiram de fuzil.
A frase, de alto impacto eleitoral, esconde uma pergunta fundamental: quando foi que alguém usou flores no combate a criminosos ou suspeitos no Brasil?
A promessa de acabar com a suposta benevolência do Estado em relação ao crime esconde o fato de que o Brasil é um país onde a população carcerária saltou de 239 mil para 726 mil entre 2003 e 2016. Em 2017, o país registrou 5.012 mortes por policiais.
Chama-se sofisma o argumento com ilusão da verdade para chegar a uma conclusão inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa.
O sofisma é a pedra-angular de toda estrutura discursiva em torno de Bolsonaro.
Se o nome não agradar, pode chamar de desonestidade. Um sujeito é desonesto com os fatos e a realidade quando coloca sob suspeita o resultado de uma eleição que sequer terminou. Ou quando promete metralhar adversários num dia e, no outro, jura que jamais defendeu a violência nem espalhou o ódio.

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