terça-feira, 25 de setembro de 2018

NAZISTAS ATACAM MINORIAS NO RIO GRANDE DO SUL.

Imagem: Imprensa Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
Noite de sábado, 8 de maio de 2005, fazia 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. De dentro de um bar na esquina da Rua República com a Rua Lima Silva, na Cidade Baixa, um bairro e nobre de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, um grupo de neonazistas apontaram para três jovens que passavam do lado de fora do estabelecimento: “tem judeu lá”. Eles usavam quipá em suas cabeças, uma espécie de chapéu judeu. Foram espancados e atacados com facas.
Os agressores Laureano Vieira Toscani, Thiago Araújo da Silva e Fábio Roberto Sturm, condenados a mais de 10 anos no dia 19 de setembro deste ano, foram acusados por tentativa de homicídio triplamente qualificado e lesões corporais. Uma das qualificadoras foi motivo torpe, uma vez que o crime foi cometido exclusivamente por discriminação. Os três se declararam inocentes. No total, nove pessoas foram acusadas. O julgamento de mais três está marcado para o dia 22 de novembro. Os outros ainda não têm nada.
Um dos jovens levou quatro facadas no abdômen. Alguns dos neonazistas usavam o assinalamento dos carecas, cabeças raspadas e coturnos com cadarços brancos. Nas casas dos três primeiros acusados, foram encontrados uma bandeira com a suástica nazista, livros de teorias sobre supremacia branca, roupas com símbolos da ideologia e outros objetos.
Toscani já havia sido preso por outra tentativa de homicídio com as mesmas motivações. Na ocasião, esfaqueou um segurança negro. “Negro sujo, nós vamos acabar com a tua raça, tua raça não presta”, lembrou a vítima, sem se identificar, ao G1.
Sobre o caso de 2005, o subprocurador de Justiça Marcelo Lemos Dornelles afirmou ao site que pela forma como os agressores atuaram, “pela quantidade de membros, fortes, soqueiras, com arma branca, e utilizaram dessa. Pelo número deles, pela violência, com certeza eles foram para matar”.
De acordo com o Ministério Público, os réus são parte de uma organização criminosa que propaga preconceitos contra grupos minoritários, como judeus, negros e homossexuais.

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