sábado, 27 de outubro de 2018

AÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL NAS UNIVERSIDADES CAUSAM PROTESTOS.


- Ações de fiscalização da Justiça Eleitoral em universidades públicas por conta de suposta propaganda eleitoral irregular contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) provocaram reações do meio acadêmico e jurídico nesta sexta-feira.
Em resposta à determinação judicial para que fosse retirada uma bandeira em que se lia "Direito UFF Antifascista" na fachada da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), pessoas se aglomeraram nesta sexta-feira em frente ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
A bandeira chegou a ser recolocada por estudantes, mas teve de ser novamente retirada por determinação da Justiça Eleitoral, por entender que há caráter "político-partidário" nos dizeres da faixa. Nesta sexta, a mesma bandeira foi levada por manifestantes que se juntavam em frente ao TRE-RJ.
"A primeira retirada da bandeira foi completamente arbitrária, entraram na nossa faculdade, interromperam aulas", comentou Vitória Bastos, 22 anos, aluna de Direito da UFF.
"Me sinto censurada. Ser antifascista é ser pró-democracia, condiz com as expectativas constitucionais. É o que se espera não só dos candidatos à Presidência como de qualquer cidadão", alertando para o fato de a bandeira não trazer o nome de Bolsonaro.
Presente no protesto em frente ao tribunal, a estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aline Santana, 20 anos, disse sentir "inúmeros medos", incluindo o de retorno da ditadura no país.
Para ela, a ação na UFF "foi uma censura". "O TRE assumiu que tem um candidato fascista concorrendo para a Presidência, e isso e muito sério", disse.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a diretoria da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (AdUFRJ) sustentou que as ações da Justiça "atacaram e sitiaram liberdade de expressão nas universidades"

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