segunda-feira, 22 de outubro de 2018

MULHERES DO ELE NÃO , NÃO CONSEGUEM DETER AVANÇO DE BOLSONARO.

(6 out) Manifestação contra Bolsonaro em São Paulo
Elas eram o ponto fraco de Bolsonaro. Mas o repúdio de milhões de eleitoras a um candidato misógino foi perdendo força e, hoje, parece insuficiente para impedir que o ex-capitão do Exército seja eleito presidente da República.
Militar da reserva e deputado federal, Bolsonaro, que disputa o Planalto pelo PSL, fez em várias ocasiões declarações degradantes dirigidas às mulheres, que representam 52% dos 147 milhões de eleitores.
À deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse "não te estupro porque você não merece", chamou uma repórter de "idiota e ignorante" e declarou que Laura, sua filha caçula, a única menina entre quatro filhos homens, teria sido fruto de uma "fraquejada". Como se fosse pouco, justificou que as mulheres ganhem menos que os homens no mercado de trabalho porque engravidam.
Mas depois do primeiro turno, em 7 de outubro, o ex-paraquedista iniciou uma campanha de sedução, tirou selfies com mulheres, difundiu um vídeo afetuoso com a filha e, sobretudo, prometeu fazer um governo justo para todos e todas.
Uma semana antes, no fim de setembro, centenas de milhares de mulheres foram às ruas de 60 cidades do País, reunidas sob o lema "Ele Não!", demonstrando a rejeição visceral contra um candidato que, afirmavam, não as representava.
Surgido na Bahia, o movimento 'Mulheres unidas contra Bolsonaro' alcançou 3,8 milhões de membros, popularizando-se no Facebook rapidamente. Sua força inicial parecia capaz, inclusive, de arrastar camadas inteiras da sociedade para fazer frente ao candidato da extrema direita.
Mas o contra-ataque não tardou. Após agressão a uma das administradoras do movimento e a invasão por hackers da conta do coletivo no Facebook, os partidários de Bolsonaro puseram todo o seu empenho em desacreditar as marchas, difundido montagens com fotos de mulheres nuas tiradas na Austrália há 17 anos como se tivessem sido tiradas durante os protestos no Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário