O jornal americano “New York Times” destacou em editorial que a ascensão de Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência no Brasil, líder nas pesquisas de intenção de voto, configura “um dia triste para a democracia”.
No texto, entitulado “A Escolha Triste do Brasil”, o periódico lamenta que a “desordem e o desapontamento” distraiam os eleitores e os “façam abrir as portas para populistas ofensivos, cruéis e teimosos”. Na visão do jornal, o “tempestuoso” militar brasileiro tem “visões repulsivas”, e, ainda assim, deve sair vencedor na disputa pelo Palácio do Planalto contra Fernando Haddad (PT). Para o NYT, Haddad “falhou em superar a associação de seu partido com a corrupção e a má gestão”.
A publicação começa descrevendo episódios polêmicos da carreira de Bolsonaro. O jornal americano lembrou de quando o deputado afirmou que preferia ver um filho morto a um filho gay e de quando ofendeu quilombolas. O texto ainda destaca a “nostalgia” do militar por “generais torturadores” que comandaram o País no passado.
Em setembro, a revista britânica “The Economist” publicou uma edição em cuja capa classificava Bolsonaro como ” a última ameaça da América Latina “. Para a publicação, a eleição do militar seria “adição particularmente desagradável ao clube” de populistas, formado ainda pelo americano Donald Trump, pelo filipino Rodrigo Duterte e pelo mexicano López Obrador.
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