domingo, 9 de setembro de 2018

NA POLÍTICA DO BRASIL AMADORES NÃO TÊM VEZ.

Bolsonaro ferido, Lula preso, Temer combalido: este é o Brasil a um mês da eleição.
Imprevisível. Esta é a palavra que melhor descreve a política brasileira, especialmente nos últimos anos. A menos de um mês do primeiro turno das eleições presidenciais, um atentado ao candidato que recém havia assumido a liderança nas pesquisas deu um componente trágico que muda os rumos de uma campanha — que já não tinha um trajeto esperado.
O fato de Jair Bolsonaro, candidato do PSL, considerado ultraconservador, ter sido esfaqueado em um ato de campanha na última quinta-feira (6) por um "militante de esquerda" acirra a polarização entre direita e esquerda no País.
Cinco dias antes do atentado, era o candidato da esquerda quem despontava na corrida presidencial. Preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva brigava para conseguir o direito de concorrer à Presidência do País. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), entretanto, barrou sua candidatura e deu 10 dias para que o partido indicasse outro nome.
Líder nas pesquisas eleitorais sem Lula, Bolsonaro costumava ser ovacionado em atos de campanha.
Sem Lula na disputa, Bolsonaro aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, mas também perdia em todos os cenários do segundo turno, com exceção de quando o cenário era contra o petista substituto de Lula, Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
As apostam, até então, se davam sobre quem iria com Bolsonaro para o segundo turno. Isto porque sem os principais representantes da polarização - que também são os que ostentam os maiores índices de rejeição - , há 3 candidatos empatados em terceiro lugar, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).
Além de tentarem mudar a cabeça dos eleitores do PT e de Bolsonaro, os 3 miravam no voto dos indecisos, que somam 28% do eleitorado. Com Lula barrado e o atentado a Bolsonaro, as campanhas quebram a cabeça para traçar uma nova estratégia

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