quinta-feira, 29 de novembro de 2018

GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO É PRESO NESTA MANHÃ.


O governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) recebeu calmo os policiais federais que efetuaram sua prisão na manhã desta quinta-feira (29).
O mandado foi cumprido por quatro procuradores da República, delegados e agentes da PF no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador.
Os responsáveis pela prisão permitiram que o governador tomasse café antes de deixar o local. A primeira-dama Maria Lúcia arrumou a mala que o marido levou para a cadeia. Antes de ser levado, os dois se despediram.
Pezão foi levado para a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio, no banco traseiro. Ao chegar ao local, foi possível ver que o governador fluminense não usava algemas.
O emedebista é o quarto governador do Rio a ser preso, o primeiro no exercício do mandato. Antes dele, Cabral, Anthony e Rosa Garotinho já haviam sido alvos de prisão – os últimos dois por ações sem ligação com a operação mais famosa do Brasil.

Operação Boca de Lobo

A ordem para esta nova fase da Lava Jato, batizada de “Boca de Lobo”, foi dada pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O pedido de prisão foi feito pela Procuradora Geral da República (PGR), Raquel Dodge. Segundo as investigações, “o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para a corrupção e lavagem de dinheiro”. 
Ainda segundo a PGR, Pezão teria recebido mais de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. O valor, corrigido pela inflação, passa de R$ 39 milhões. A quantia foi alvo de sequestro determinado pelo STJ.
Ao solicitar a prisão do ex-governador, Dodge mencionou que Pezão foi secretário de Obras e vice-governador de Cabral entre 2007 e 2014, “período em que já foram comprovadas práticas criminosas”. Dodge, porém, apontou que haveria uma nova descoberta: Pezão teria operado “esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”. Além de Pezão, foram expedidos outros oito mandados de prisão.

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