domingo, 18 de novembro de 2018

HAVENDO MÉDICOS BRASILEIROS NINGUÉM VAI QUERER SER ATENDIDO POR CUBANOS.

Jair Bolsonaro afirma que é
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quarta-feira (14) que o governo de Cuba tomou uma "decisão unilateral" ao anunciar que deixará o programa Mais Médicos, mas questionou a formação dos cubanos e a qualidade do atendimento prestado por eles na saúde.
"É um desrespeito com quem recebe tratamento por parte desses cubanos. Não temos qualquer comprovação de que eles sejam realmente médicos e estejam aptos a desempenhar a função", afirmou Bolsonaro em entrevista coletiva, em Brasília.
"Vocês mesmo, eu duvido que alguém queira ser atendido pelos cubanos", disse aos jornalistas.
Havana atribuiu a decisão de abandonar o programa a declarações "depreciativas e ameaçadoras" do presidente eleito, que tem dito que os cubanos deverão se submeter ao Revalida, exame de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior.
O Mais Médicos foi criado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff (PT) para suprir áreas carentes e remotas do País em programas de saúde da família (atenção básica), e seu profissionais não são obrigados a fazer o Revalida. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa conta hoje com profissionais chilenos, argentinos, uruguaios, venezuelanos e franceses, além de brasileiros e cubanos.
O presidente eleito disse que o programa continuará existindo e deu a entender que o Revalida passará a ser obrigatório também no Mais Médicos. "Qualquer profissional de saúde trabalhando no Brasil, passando pela decisão nossa, exigiremos uma prova de que eles realmente são competentes, conhecida como Revalida."
O Ministério da Saúde informou que desde 2016 — ano em que Dilma foi afastada pelo impeachment — "vem trabalhando na diminuição de médicos cubanos no programa", dando prioridade aos profissionais de outras nacionalidades. Ainda assim, das 18.240 vagas que existem atualmente, 8.332 são ocupadas por cubanos (45%).

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