quarta-feira, 14 de novembro de 2018

ONYX LORENZONI SERÁ INVESTIGADO P ELA PGR.

O futuro ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni
Delatores da JBS entregaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma planilha que sugere que o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil, recebeu mais uma doação eleitoral via caixa dois — no ano passado, o parlamentar admitiu ter recebido R$ 100 mil da empresa para a campanha de 2014.
Segundo revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, o novo documento mostra que ele teria recebido outros R$ 100 mil em 2012, quando era presidente do DEM no Rio Grande do Sul. Ele não concorreu a nenhum cargo na ocasião, mas apoiou vários candidatos. Nos registros do Tribunal Superior Eleitoral não consta doação oficial da JBS ou da J&F para o partido naquele ano.
Na planilha, um pagamento a “Onyx-DEM” é registrado na data de 30 de agosto. De acordo com os delatores, o dinheiro foi repassado em espécie.
Procurado pelo jornal, o deputado não respondeu especificamente ao suposto caixa dois em 2012, relatando apenas o caso admitido em 2014.
“Onyx Lorenzoni está fazendo uma devolução do dinheiro [de 2014] por meio de doações para entidades filantrópicas de assistência, educação e saúde, entre elas a Santa Casa de Porto Alegre. No total, já foram doados aproximadamente R$ 50 mil. Ao final, o ministro fará uma prestação de contas”, declarou a assessoria do parlamentar ao veículo.
Os pagamentos estão sendo investigados pela PGR desde agosto por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Além de Onyx, outros 35 políticos estão na mira do órgão, entre eles o presidente Michel Temer, o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Eunício Oliveira (MDB-CE) e José Serra (PSDB-SP), além dos ex-governadores tucanos Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR). Todos negam terem cometido ilicitudes.

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