segunda-feira, 26 de novembro de 2018

SENADOR É PROCESSADO POR ACUSAR INOCENTE DE PEDOFILIA.

Magno Malta no Centro Cultural Banco do Brasil )
Um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, o senador Magno Malta (PR-ES) é processado por um ex-detento inocentado. Luiz Alves de Lima, 45 anos, foi preso em abril 2009 acusado de estuprar a própria filha, então com dois anos, e teve a imagem explorada pelo parlamentar, então presidente da CPI da Pedofilia.
A mulher de Luiz, Cleonice Conceição, 32 anos, levou a filha do casal ao hospital para tratar de oxiúro (verme que pode provocar coceira na região genital) e nunca mais retornou. No lugar da companheira, surgiu uma viatura policial: ele estava sendo acusado de ter estuprado a criança, tendo a esposa como cúmplice do crime.
Após três dias encarcerado no Centro de Detenção Provisória de Cariacica (CDPC), no Espírito Santo, Luiz viu Magno Malta aparecer no local “com um batalhão de gente”. O delegado que cuida do caso confirma a visita em relatório: o senador “manifestou-me que, por sentimento pessoal e experiência profissional, entende ser o pai da criança o autor do delito”.
No mesmo mês em que a prisão foi realizada, o parlamentar afirmou, em plenário, que os “os pedófilos desgraçados” estavam com “os dias contados”.
Luiz relatou ter sido torturado na prisão. Perdeu toda a vista no olho direito e tem apenas 25% de visão no esquerdo. Incapacitado pela cegueira parcial, ele processa o senador, o estado e o médico responsável pelo laudo que o acusava de estupro. Ele foi inocentado em todas as instâncias da Justiça pelo caso

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