quinta-feira, 22 de novembro de 2018

VICE DE BOLSONARO VIAJA EM AVIÃO PARTICULAR E NÃO DECLARA AO TSE.

Vice-presidente eleito, Hamilton Mourão. 
 - O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), pegou carona em uma aeronave para participar de evento da campanha, mas não incluiu esse dado na prestação de contas, o que contraria a legislação.
Mourão foi de Brasília a Cascavel (PR) nos dias 12 e 13 de setembro para o lançamento da candidatura do produtor rural Paulinho Vilela (PSL-PR) a deputado federal.
A campanha de Jair Bolsonaro (PSL), que também fez a prestação de contas de Mourão, não registrou o transporte nas informações entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A aeronave, de prefixo PT-VLY, pertence a Serafim Meneghel, usineiro do Paraná.
"O vice-presidente general Mourão e o PRTB não farão pronunciamento oficial para a Folha de S.Paulo sobre o tema", afirmou a assessoria do PRTB.
A viagem ao Paraná foi o primeiro evento público de Mourão após o atentado a faca contra Bolsonaro, em 6 de setembro.
Vilela, que acompanhou Mourão no trajeto, não se elegeu e declarou o uso do turboélice em sua prestação: R$ 25 mil de gasto estimado.
A lei determina que os gastos devem ser declarados por todos os candidatos que dividiram o transporte.
Ou seja, tanto o deputado como o vice-presidente deveriam ter computado a despesa.
Consultado sobre o tema, a assessoria do TSE ratificou essa posição: "Quando se trata de gasto em conjunto, o único registro dispensável é referente a material impresso. Nos demais casos, há necessidade do registro da [despesa] estimável em dinheiro."
Na época, Vilela disse à Folha que a aeronave é de sua família e foi emprestada a Mourão. Ele disse que seu irmão é casado com a filha de Meneghel.
"É um avião de 1990, turboélice com baixo custo operacional, não é jato ou superavião", afirmou Vilela.

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