Terceiro colocado nas eleições, Ciro Gomes (PDT) disse, em entrevista à Folha, ter sido "traído" pelo ex-presidente Lula e que Fernando Haddad (PT) cumpriu um "papelão" ao assumir a candidatura e continuar recebendo conselhos do líder petista, que está preso em Curitiba.
O pedetista declarou ainda que "nunca mais" fará campanha com o PT. "Não, se eu puder, não quero mais fazer campanha para o PT. Evidente, você acha que eu votei em quem?", afirmou.
Sobre o resultado das eleições, que concretizou a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro disse ser responsabilidade do PT.
"Você imagina conseguir do PSB neutralidade trocando o governo de Pernambuco e de Minas? Em nome de que foi feito isso? De qual espírito público, razão nacional, interesse popular? Projeto de poder miúdo. De poder e de ladroeira. O PT elegeu Bolsonaro."
Ainda, criticou o partido dos trabalhadores e seus apoiadores mais ferrenhos. De acordo com ele, o "petismo ululante" se iguala aos "bolsominions".
"É muito engraçado o petismo ululante. É igual o bolsominion, rigorosamente a mesma coisa. O Cid está lá tentando elaborar uma fórmula de subverter o quadro e é vaiado. Estou devendo o que ao PT? "
Após o resultado do 1º, Ciro Gomes viajou de férias para a Europa.
O PT esperou até a véspera das eleições por um acendo mais claro de Ciro, que declarasse apoio contundente à Haddad. A declaração, no entanto, não veio.
Questionado se teria "lavado as mãos" sobre a situação do País, Ciro negou e declarou "impotência".
"Descaso não, rapaz, é de impotência. De absoluta impotência. Se tem um brasileiro que lutou, fui eu. Passei três anos lutando.
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