terça-feira, 18 de dezembro de 2018

BOLSONARO TIRA SATISFAÇÃO COM EX CAPITÃO DO EXÉRCITO.


Jair Messias Bolsonaro foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM) das acusações que diziam que ele ameaçava jogar bombas em instalações militares no final de 1987. No entanto, a postura do ex-capitão do Exército e atual general da reserva e presidente dos Correios, Juarez Aparecido de Paula Cunha, desagradou o presidente eleito da República, que o chamou em particular para mandar um recado.
Cunha foi um dos cinco oficiais ouvidos na sindicância e o único a testemunhar contra Bolsonaro. Por conta disso, ele foi chamado em particular e ouviu do então capitão que não havia gostado de sua atitude e, assim, “embora tenham servido juntos durante muito tempo”, Bolsonaro poderia “esquecer que era seu amigo, em caso de ‘acontecer qualquer coisa’”. As declarações estão no termo de inquirição de testemunha, arquivado no STM.
Na época, Cunha contou ao coronel Cyrino, instrutor-chefe do curso de artilharia, que Bolsonaro teria embarcado diversos oficiais-alunos em uma Veraneio durante uma visita ao Colégio Militar de Brasília.
“Eu disse apenas o que ele me disse”, garantiu o general. Ele também registrou que ouviu Bolsonaro comentar que sua “decisão preliminar” (artigo assinado pela revista Veja e citações em reportagens que o acusavam de ameaças de bomba) já tinha sido tomada e que “a próxima decisão que ele tomaria, se fosse o caso, seria a ‘decisão final’, dando a entender que não se limitaria a simples declaração a órgão de imprensa”.
No parecer final sobre a sindicância, o tenente-coronel Ronaldo José Figueiredo Cardoso endossou as informações dadas por Cunha, classificando a atitude de Bolsonaro como uma “advertência”, prontamente censurada e considerada irregular por ele.
Cunha garante, entretanto, que ambos continuam amigos. “Não é relevante, não levou a coisa nenhuma, e contar isso agora, trinta anos depois, só vai fazer tempestade em copo d’água”, afirmou

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