terça-feira, 11 de dezembro de 2018

DELAÇÃO DE MARCOS VALÉRIO LIGA PARTIDO À FACÇÃO CRIMINOSA.

Marcos Valério, de blusa branca. Ramon Bitencourt/
Marcos Valério, condenado por operar o mensalão do PT no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mensalão tucano em Minas Gerais, revelou, em delação premiada, a ligação entre um partido político com uma facção criminosa. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
Não há detalhes sobre o assunto porque os depoimentos estão sob sigilo. A defesa pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Valério tenha mais proteção e, se possível, seja transferido para prisão domiciliar porque corre risco de vida. Atualmente, ele está detido em uma penitenciária na região metropolitana de Belo Horizonte.
Diante do pedido da defesa, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou que a Justiça tome medidas necessárias “para assegurar ao sentenciado o respeito à sua integridade física e moral”.
Um delegado da Polícia Federal mencionou o trecho da delação de Valério para recomendar a transferência dele.
“Considerando as declarações já prestadas pelo colaborador sobretudo referente ao anexo 57, quando cita o envolvimento de facção criminosa com partido político, entendemos mais adequado para a proteção do colaborador outras medidas como progressão de pena ou prisão domiciliar, cujos pleitos cabem a sua defesa diretamente ao Judiciário”, escreveu.
Num outro ofício, o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais Rodrigo Bossi de Pinho afirmou que a integridade física do empresário está em risco. “O colaborador vem prestando auxílio imprescindível às investigações de corrupção tanto em âmbito federal quanto estadual e, considerando o teor de seus depoimentos, que cada vez mais envolvem organizações criminosas consideradas, hoje, as mais perigosas em operação no território nacional, o risco para a sua integridade física e, inclusive, para a sua vida é extremamente alto acaso continue mantido no cárcere”.
A delação premiada de Marcos Valério foi homologada pelo ministro Celso de Mello em outubro. Os depoimentos ainda estão em sigilo na Corte

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