terça-feira, 11 de dezembro de 2018

POLÍCIA FEDERAL PEDE PRISÃO DOMICILIAR DE AÉCIO NEVES E STF NEGA.

O senador e deputado federal eleito Aécio Neves (PSDB-MG) foi alvo de nova operação da PF .
Polícia Federal (PF) pediu a prisão domiciliar do senador Aécio Neves (PSDB-RJ), de sua irmã Andrea Neves e dos deputados federais Benito Gama (PTB-BA), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP) — todos foram alvos da Operação Ross, deflagrada na manhã desta terça-feira (11). Os pedidos foram negados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello.
Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, a PGR concordou com três pedidos de prisão de pessoas ligadas à Aécio: o marqueteiro Paulo Vasconcelos e os empresários Flávio Jacques e Ricardo Guedes. Mas o STF negou a solicitação e permitiu apenas que fossem realizadas buscas e apreensões relacionadas a eles.
No pedido negado, a PF também solicitou a suspensão dos mandados parlamentares de Aécio, Cristiane, Gama e Paulinho da Força. São investigados ainda os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).
A ação desta terça é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017, baseada na delação premiada do executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud.
Na delação, Batista e Saud relataram terem repassado cerca de R$ 100 milhões em propina a Aécio Neves, em 2014 e 2017, por meio de notas fiscais frias. O dinheiro seria destinado a comprar o apoio do PTB por R$ 20 milhões e do Solidariedade por R$ 15 milhões. A defesa do tucano nega as acusações e alega se tratar de doação de campanha recebida legalmente.
Cristiane Brasil, Benito Gama, o tesoureiro do PTB Luiz Rondon e Agripino Maia receberam uma notificação para depor. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal. São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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