quarta-feira, 13 de novembro de 2019

TOFFOLI TENTA EVITAR CRÍTICAS AO JUDICIÁRIO.

Dias Toffoli se equilibra entre as pontas da direita e da esquerda com decisões que beneficiam políticos de ambos espectros.
O voto de minerva do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, em prol da prisão somente após o trânsito em julgado (fim de recursos) garantiu a abertura da cela de inúmeros condenados na Lava Jato, mas em especial do nome forte da esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para muitos, a decisão do STF da última semana feriu de morte a operação considerada o grande marco do combate à corrupção no País, uma das bandeiras levantadas pelo bolsonarismo.
Embora Dias Toffoli tenha aberto caminho para a soltura de vários petistas adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro, foi também uma decisão do comandante da Corte que tem mantido parada, desde julho, uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o filho 01 do mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). A suspeita é que, quando deputado estadual fluminense, ele repartia o salário de seus funcionários na Assembleia Legislativa num esquema de “rachadinha”. Tudo veio à tona a partir de uma movimentação bancária do ex-assessor  Fabrício Queiroz de R$ 1,2 milhão, considerada atípica pelo então Coaf, agora Unidade de Inteligência Financeira. 
Toffoli mandou que fossem paralisadas todas as investigações que utilizam dados do antigo Coaf, sem autorização judicial. O tema vai ao plenário do STF entre os dias 20 e 21, mas não há garantia de uma decisão final, visto que qualquer ministro pode pedir vista e analisar o caso por quanto tempo lhe convier

Nenhum comentário:

Postar um comentário