quinta-feira, 14 de novembro de 2019

JOÃO DÓRIA VAI REVER ESTRATÉGIAS PARA 2022.

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 03.04.2018: O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, vota em escola no Jardim Paulistano, na zona oeste. (Foto: Zanone Fraissat/Folhapress)
- A nova configuração do cenário eleitoral para o pleito de 2022 obrigou os dois principais presidenciáveis do chamado centro no momento, o governador João Doria (PSDB-SP) e o apresentador Luciano Huck, a rever seus cálculos para o embate.
A mexida no tabuleiro decorre da volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à arena pública, após sua libertação na última sexta-feira (8), e do especulado antagonismo entre ele e Jair Bolsonaro.
Em ambos os casos, a aposta de estrategistas dos presidenciáveis é no cumprimento da profecia do embate sectário entre Lula e o presidente.
O motivo seria um certo fastio popular, aferido em pesquisas qualitativas, com o jogo político extremado que impera desde 2013 no país.
Isso abriria espaço para a pregação pela moderação, espremendo os partidários mais duros para os extremos --aqui nem cabe falar nos polos distantes tanto da direita ou da esquerda, mas em fidelidade ao líder, seja ele o petista ou o presidente.
Contra essa leitura, há o fato de que os movimentos iniciais de Bolsonaro e Lula foram de ataques mútuos, mas sem uma escalada em tempo real. A salva inicial de tiros foi relativamente contida, ainda que estejam sendo observados com atenção por grupos como os militares.
No mais, as situações do tucano e do apresentador da TV Globo no xadrez são diversas.
Aliados de Doria acreditam que o combate de baixo impacto entre os protagonistas federais não durará por muito tempo e tende inclusive a criar tensão social.
Assim, eles acham que o governador precisa estabelecer-se como um operador viável de políticas públicas e soluções que possam ser replicadas pelo país.
No discurso, o tucano já vinha operando uma ação para distanciar-se do candidato eleito em segundo turno na esteira do movimento BolsoDoria, que associou ambos os nomes em 2018.
Doria começou devagar, fez pregações por maior comedimento, mas a relação chegou a um ponto de ruptura, no qual foi chamado de "ejaculação precoce" pelo presidente

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