quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO DA UNIÃO FICA PARA 2013

Segundo Romero Jucá, há um entendimento com a oposição e um esforço do Legislativo para votar "rapidamente" a proposta. Para ele, com a eventual não aprovação da matéria, a preocupação era de se ter uma "paralisia" de "três ou quatro meses até a retomada dos investimentos tanto do Executivo quanto dos órgãos estatais".

O relator do orçamento disse que o governo federal indicará de onde vai haver suplementação de recursos para arcar com o aumento do salário mínimo a partir do dia 1º de janeiro, de R$ 678 mensais. Isso deve ser realizado via decreto.

Na entrevista, Romero Jucá admitiu que o Palácio do Planalto discute a edição de uma medida provisória para substituir os projetos de lei de suplementação de recursos e de crédito especial que estão pendentes de aprovação na Comissão de Orçamento e que, posteriormente, iriam para o plenário do Congresso. Pelas contas dele, são 14 ou 15 projetos de lei com o mesmo propósito.

"A medida provisória é voltada para suprir esses projetos de lei e que, em tese, como não foram votados, estariam fora do orçamento", disse ele, ao declarar que a MP deve sair amanhã.

Aumentos. Romero Jucá afirmou ainda que os aumentos para algumas categorias do funcionalismo público federal serão concedidos com a aprovação do orçamento e não por medida provisória. O relator disse que será necessário fazer alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para garantir o reajuste para a Receita Federal, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Banco Central.

A imensa maioria dos servidores públicos, entretanto, será contemplada já no início do próximo mês com o reajuste de 5% nos contracheques - até 2015 há outros dois aumentos anuais programados.

O relator-geral disse que conversou com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e os líderes do governo na Câmara e no Senado, respectivamente, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Braga (PMDB-AM), para construir todo o entendimento. Ele disse que não vai "esticar a corda", por isso a decisão de marcar a votação para fevereiro. "Isso foi um trabalho coletivo. Essa não é uma decisão minha, é de todos os líderes", exaltou.

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