terça-feira, 30 de setembro de 2014

PRESIDENCIÁVEIS REAGEM AO HOMOFÓBICO LEVY FIDELIS

O candidato do PRTB à Presidência da República, Levy Fidelix, durante o intervalo do debate promovido pela Rede Record neste domingo (28), em São Paulo
O candidato do PRTB à Presidência da República, Levy Fidelix, durante o intervalo do debate promovido pela Rede Record neste domingo (28), em São Paulo (Felipe Cotrim/VEJA.com)
A fala homofóbica de Levy Fidelix (PRTB) durante o debate na TV Record, neste domingo, provocou reações dos principais candidatos à Presidência da República. Nesta segunda, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) criticaram a fala do folclórico candidato do Aerotrem, que associou homossexualidade a pedofilia.
Durante agenda em São Bernardo do Campo (SP), Aécio Neves classificou a fala como lamentável. "Nosso repúdio absoluto àquelas declarações. E como já disse mais de uma vez, na minha avaliação, todo tipo de discriminação é crime. Homofobia também."
Em entrevista coletiva em São Paulo, Dilma usou o episódio para se posicionar a favor da criminalização da homofobia. "Eu já disse que sou contra a homofobia e acho que o Brasil atingiu um patamar de civilidade que não podemos conviver com processos de descriminalização que levem à violência. Eu acho que a homofobia tem de ser criminalizada", afirmou.
A candidata do PSB, Marina Silva, considerou "homofóbicas e inaceitáveis em quaisquer circunstâncias" as declarações de Levy Fidelix e disse que sua Rede Sustentabilidade avalia entrar com ação na Justiça contra o candidato. "Não aceitamos em hipótese alguma atitude que incita ao preconceito, desrespeito, violência contra comunidade LGBT ou qualquer que seja", disse.
Punição – O Partido Verde protocolou nesta segunda-feira uma representação contra Levy Fidelix. A representação, feita a pedido de Eduardo Jorge, candidato do partido à Presidência da sigla, pede que o MP abra um inquérito contra Fidelix para apurar desrespeito à dignidade humana. Também nesta segunda, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e o PSOL entraram com representações contra Fidelix no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo que o candidato nanico seja punido por homofobia. A OAB também pede a cassação da candidatura do presidenciável

JUSTIÇA RESTRINGE SAQUES PARA EVITAR COMPRA DE VOTOS

CONTRA VENDA DE VOTOS - Saques acima de 10 mil reais estão proibidos em RR
CONTRA VENDA DE VOTOS - Saques acima de 10 mil reais estão proibidos em RR (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
Para prevenir a compra de votos por meio de pagamento em dinheiro, prática comum em Roraima, saques acima de 10.000 reais foram proibidos a partir desta segunda-feira até o dia da eleição. A determinação foi do juiz da 1ª Zona Eleitoral, Elvo Pigari, a pedido do Ministério Público Eleitoral. Na sentença, o magistrado observou que o "certame eleitoral deve-se pautar pela isonomia entre os concorrentes e pela lisura dos métodos empregados nas campanhas eleitorais, inibindo privilégios em favor de determinadas candidaturas, preservando-se, por corolário, a normalidade e legitimidade das eleições, com a repressão de eventual abuso do poder econômico".
Com a decisão, todas as instituições bancárias que atuam no Estado (Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Itaú, HSBC, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal e Unibanco), estão proibidas de permitir saques em espécie, que, somados, ultrapassem o valor fixado, sem autorização da Justiça. Na ação cautelar inominada, o Ministério Público defendeu que a limitação de saques vultosos na semana que antecede a eleição é necessária para coibir a compra de votos.
Na periferia de Boa Vista, os eleitores costumam passar as madrugadas anteriores à votação na frente de suas casas, aguardando os candidatos que passam distribuindo dinheiro. O pagamento também chega às mãos dos eleitores junto com materiais impressos de campanha.
Permitir a fixação de placas e faixas em casa também rende dinheiro aos eleitores. O 'aluguel' do espaço chega a custar 400 reais, mais 100 reais por votante. O envelopamento de veículos chega a render 1.500 reais.
Recomendação - Para garantir a correta realização dos gastos eleitorais, o Ministério Público Eleitoral recomendou aos candidatos, partidos e comitês o pedido antecipado de talonário de cheques às instituições bancárias, principalmente para o pagamento dos cabos eleitorais que atuam no interior do Estado.
A legislação eleitoral determina que os gastos eleitorais de natureza financeira sejam efetuados por meio de cheque nominal ou transferência bancária, ressalvadas as despesas de pequeno valor, que não ultrapasse o limite de 400 reais.
Em nota, o MP disse que as instituições financeiras também receberam a recomendação para que efetuem o planejamento necessário de forma a cobrir a demanda eleitoral referente aos gastos mediante cheque nominal, disponibilizando talonários.

FHC DIZ QUE DILMA MERECE O PRÊMIO NOBEL DA ECONOMIA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Rodrigo Dionisio/Frame/Folhapress)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, em Fortaleza, ao falar para 1.200 empresários. "Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia", disse para aplausos dos empresários cearenses. Outra crítica a Dilma foi a passagem dela na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. "É triste quando a presidente do Brasil diz que vamos negociar com quem quer degolar", afirmou, referindo-se à sugestão de Dilma de estabelecer um diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.
Acompanhado do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), FHC pediu votos para o presidenciável Aécio Neves, mas admitiu que é muito difícil ele ir para um 2º turno. "Se fosse pelas qualidades dele, iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte", destacou. FHC disse que "infelizmente, o que vale agora nas eleições é o que marquetismo que confunde tudo e acaba elegendo presidente".
O ex-presidente fez referências à corrupção como mal maior hoje no país. "Temos que abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que a dificuldade econômica ". FHC esteve em Fortaleza para participar do Fórum Brasil em Debate, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) e pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Copercon-CE)

MARINA SOFRE SUCESSIVAS QUEDAS NAS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES


Após o fenômeno eleitoral Marina Silva (PSB), que apareceu encostada na presidente Dilma Rousseff (PT) logo nas primeiras pesquisas divulgadas depois da tragédia que vitimou o então candidato do PSB, Eduardo Campos, em 13 de agosto, a socialista apresenta agora um quadro consolidado de queda. Na avaliação de cientistas políticos, há dois motivos básicos para a retração de Marina detectada na reta final da campanha: ataques intensos dos adversários sem ter tempo de televisão para se defender e recorrentes recuos durante a corrida presidencial, o que evidenciou a fragilidade da candidatura. No último levantamento do instituto Datafolha, divulgado na sexta-feira, a candidata continua descendo a ladeira. Perdeu três pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Viu a presidente Dilma abrir uma vantagem de 13% e diminuir para 9% a distância do candidato Aécio Neves, que chegou a ser de 20 pontos percentuais no início de setembro.

A campanha tucana agora aposta todas as fichas nesta reta final para tentar uma virada histórica a uma semana do primeiro turno. A ordem é intensificar ainda mais a artilharia contra Marina. A partir desta semana, Aécio vai insistir na fragilidade da equipe “marineira” e na insegurança do PSB ao apresentar as propostas de governo. Na outra ponta, a campanha petista manterá a mesma pisada. O objetivo é reforçar a ideia de que Marina Silva diz uma coisa num dia e recua no outro. Os principais alvos, segundo o PT, são as mudanças de ideia em relação a temas como transgênicos, pré-sal e revisão da Lei da Anistia.

No fim de agosto, após comemorar ótimo desempenho nas pesquisas eleitorais, a ex-ministra sofreu o primeiro escorregão na corrida pelo Palácio do Planalto. Um dia depois de lançar programa de governo em que defendia a aprovação de projetos e emendas constitucionais que assegurassem o casamento civil entre homossexuais, a campanha da candidata recuou. No novo texto, após pressão de setores evangélicos, o programa passou a não defender alterações na legislação. Ressaltava apenas a garantia “de direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”, o que já tinha sido reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Também foi suprimido o trecho em que o PSB fazia menção à aprovação da PLC 122/06, que torna crime a homofobia

AÉCIO NEVES PODE CHEGAR AO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES


Aécio fez campanha ontem ao lado de Ronaldo Fenômeno e disse que só o PSDB tem condições de derrotar o PT (Paulo Whitaker/Reuters)
Aécio fez campanha ontem ao lado de Ronaldo Fenômeno e disse que só o PSDB tem condições de derrotar o PT

A uma semana das eleições, tucanos estão tomados pelo entusiasmo e confiantes na participação da legenda no segundo turno da disputa presidencial. O ânimo vem de resultados das últimas pesquisas, que mostram um acirramento da corrida eleitoral nessa reta final. No plano nacional, os números do Instituto Sensus indicam que a recuperação do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e a queda da candidata Marina Silva (PSB) já levam os dois adversários para um empate técnico na disputa pelo segundo lugar.

De acordo com a pesquisa do Instituto Sensus divulgada na última sexta-feira, a ex-senadora Marina Silva tem 25% dos votos, contra 20,7% do ex-governador de Minas Aécio Neves. Considerada a margem de erro de 2,2 pontos, eles já se encontram em empate técnico. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) se mantém na liderança, com 35% das intenções de voto. A essa disputa acirrada, soma-se a dúvida do eleitor. “Pela pesquisa, 32% dos eleitores já definiram voto, mas podem mudar”, afirma o diretor do Sensus, Ricardo Guedes.

ACUSADOS DA MORTE DE RUBEM PAIVA SÃO INOCENTADOS PELO STF

 Ex-deputado Rubens Paiva, na cabine de um avião ( Crédito: Arquivo Pessoal)
Ex-deputado Rubens Paiva, na cabine de um avião


O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje (29) a suspensão das ações penais contra cinco militares acusados da morte do ex-deputado Rubens Paiva, durante o período da ditadura no Brasil. Atendendo a um pedido dos advogados dos militares, o ministro também suspendeu das audiências dos réus, marcadas para os dias 7, 8 e 9 de outubro, na Justiça Federal do Rio de Janeiro. A decisão do ministro ainda não foi divulgada.

Os militares reformados recorreram ao Supremo para contestar a decisão Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que rejeitou outro pedido de trancamento da ação penal. Eles alegam que não podem ser punidos por causa da Lei da Anistia (6.683/1979), cuja abrangência, segundo eles, alcança os crimes cometidos durante o período da ditadura no Brasil.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, José Antônio Nogueira Belham, Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos, Jurandyr Ochsendorf e Jacy Ochsendorf são acusados de envolvimento na morte de Rubens Paiva, em janeiro de 1971, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações do Exército, no Rio de Janeiro.

Em 2010, no julgamento da primeira ação da Ordem dos Advogados do Brasil contra a lei, o STF manteve a validade da anistia a torturadores.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

DEBATE NA RECORD NÃO APRESENTA NOVIDADES


A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, recebe orientações de seus assessores durante o intervalo do debate promovido pela Rede Record, em São Paulo
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, recebe orientações de seus assessores durante o intervalo do debate promovido pela Rede Record, em São Paulo - Felipe Cotrim/VEJA.com
Saiba como foi o debate da TV Record com os presidenciáveis

Tiro no pé – A despeito dos discursos de que o seu candidato "ganhou" o debate, integrantes das três campanhas saíram dos estúdios da TV Record com avaliações similares: a estratégia de Dilma Rousseff (PT) em tentar virar o jogo, levando a Petrobras para o centro das discussões, foi arriscada e abriu a guarda da petista – que mostrou-se visivelmente irritada durante todo o debate. “Fui o centro do debate, então nada mais justo que eu tivesse direito de responder às críticas feitas ao meu governo", disse ela.

Jogo combinado – Os petistas também se queixaram especialmente que os nanicos Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) atuaram sem cerimônia como linha auxiliar de Aécio Neves (PSDB). Um dos quatro pedidos de resposta que Dilma reclamou foi justamente num diálogo entre Everaldo e o candidato do Aerotrem. Aécio, aliás, chegou a brincar no final do debate quando Eduardo Jorge, do PV, previu o segundo turno entre Dilma e Marina Silva (PSB): "Eu pedi direito de resposta"

PIB ENCOLHE E O PAÍS ESTÁ EM RECESSÃO

Relatório Trimestral de Inflação foi divulgado nesta segunda-feira
Relatório Trimestral de Inflação foi divulgado nesta segunda-feira (Mario Rodrigues/VEJA)
O Banco Central (BC) reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano de 1,6% para 0,7%, ao mesmo tempo em que praticamente manteve sua visão sobre a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A recuperação tende a ser comedida. Em 12 meses até o segundo trimestre de 2015, a estimativa do BC é de que a atividade cresça 1,2 por cento. As informações constam no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta segunda-feira.
A previsão central associada ao cenário de referência (considerando Selic a 11% ao ano e dólar a 2,25 reais) está agora em 6,3%, ante 6,4% na estimativa anterior, do relatório de junho. Mesmo assim, ela continua muito próxima do teto da meta oficial do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,5%. A meta em si é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos (2,5% a 6,5%).
“A projeção parte de 6,6% no terceiro trimestre de 2014 e encerra o ano em 6,3%. Para 2015, a projeção recua para 6,0% no primeiro trimestre, desloca-se para 5,6% e 5,8% no segundo e terceiro trimestres, respectivamente, e encerra o ano em 5,8%. Para o primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2016, a projeção encontra-se em 5,6%, 5,3% e 5,0%, respectivamente”, espera o BC

CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS ESQUENTA DEBATE NA RECORD

A TV Record realizou neste domingo (28), na sede da emissora em São Paulo (SP), o debate com os candidatos à Presidência da República
A TV Record realizou neste domingo (28), na sede da emissora em São Paulo (SP), o debate com os candidatos à Presidência da República - Felipe Cotrim/VEJA.com
A uma semana das eleições, os três principais candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), protagonizaram o mais tenso debate na televisão até agora, promovido pela TV Record, com embates diretos e os escândalos de corrupção na Petrobras no centro das discussões. 
Visivelmente irritada, Dilma pediu direito de resposta quatro vezes e reclamou que estava impedida de rebater ataques laterais dos adversários. A emissora acatou somente uma queixa. A petista tentou usar seus trinta segundos extras dizer que demitiu o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que revelou em delação premiada um esquema de propina e desvios da estatal para políticos e partidos – inclusive a campanha de Dilma em 2010, conforme revelou a edição de VEJA desta semana. Dilma, entretanto, não conseguiu completar seu raciocínio porque estourou o tempo

AÉCIO NEVES PODE CHEGAR AO SEGUNDO TURNO

Aécio fez campanha ontem ao lado de Ronaldo Fenômeno e disse que só o PSDB tem condições de derrotar o PT (Paulo Whitaker/Reuters)
Aécio fez campanha ontem ao lado de Ronaldo Fenômeno e disse que só o PSDB tem condições de derrotar o PT

A uma semana das eleições, tucanos estão tomados pelo entusiasmo e confiantes na participação da legenda no segundo turno da disputa presidencial. O ânimo vem de resultados das últimas pesquisas, que mostram um acirramento da corrida eleitoral nessa reta final. No plano nacional, os números do Instituto Sensus indicam que a recuperação do presidenciável Aécio Neves (PSDB) e a queda da candidata Marina Silva (PSB) já levam os dois adversários para um empate técnico na disputa pelo segundo lugar.

De acordo com a pesquisa do Instituto Sensus divulgada na última sexta-feira, a ex-senadora Marina Silva tem 25% dos votos, contra 20,7% do ex-governador de Minas Aécio Neves. Considerada a margem de erro de 2,2 pontos, eles já se encontram em empate técnico. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) se mantém na liderança, com 35% das intenções de voto. A essa disputa acirrada, soma-se a dúvida do eleitor. “Pela pesquisa, 32% dos eleitores já definiram voto, mas podem mudar”, afirma o diretor do Sensus, Ricardo Guedes.

Segundo ele, a análise do compilado dos últimos resultados de todas as pesquisas eleitorais já divulgadas até então mostra tendência de queda de Marina e ascensão de Aécio. “Quando Marina chega ao ápice da popularidade, ela passa a ter problemas de imagem devido aos ataques e devolve pontos para Dilma e Aécio, que começa a subir. A tendência é de que as curvas (de intenção de voto) de Marina e Aécio se cruzem, matematicamente, no próximo fim de semana”, afirma Guedes.

Ao lado do ex-jogador Ronaldo Fenômeno e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves fez campanha ontem na Região Metropolitana de São Paulo, nos municípios de Osasco e Carapicuíba, e falou em “hora da arrancada” e “virada”. “Estamos em uma rota de crescimento e estaremos no segundo turno porque quem quer derrotar o PT cada vez mais percebe que a nossa candidatura é a que tem condições de enfrentá-lo”, afirmou

PALOCCI PODE SER CONVOCADO PELA CPI DA PETROBRÁS


 (Carlos Moura/CB/D.A Press - 7/6/11)

Novas denúncias envolvendo a Petrobras, alvo de duas CPIs no Congresso, tumultuaram a campanha neste fim de semana. O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa teria afirmado, em depoimento sob condição de delação premiada aos investigadores da Operação Lava-Jato, que o ex-ministro Antonio Palocci pediu a ele R$ 2 milhões para o caixa da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2010. Paralelamente, documentos internos da estatal mostram que um subordinado de Paulo Roberto desviou R$ 57,4 milhões no ano eleitoral de 2008, sendo demitido apenas depois que o chefe deixou o cargo. A oposição promete pedir ao menos duas convocações na CPI nesta semana e requerer cópias de documentos. A base aliada se irritou. A própria presidente Dilma classificou a acusação de “factoide” às vésperas da eleição.

No depoimento que presta ao Ministério Público e à Polícia Federal, Paulo Roberto Costa teria dito que foi procurado por Palocci há quatro anos a fim de obter uma doação para a campanha do PT. Ele repassou o caso ao doleiro Alberto Youssef, um dos quatro pivôs da Lava-Jato. O dinheiro foi pago? “Aparentemente, sim”, afirmou Costa, segundo a revista Veja, porque não foi mais procurado pelo ex-ministro.

Neste fim de semana, também veio à tona o resultado de uma sindicância interna da Petrobras que constatou que um subordinado do ex-diretor, o então gerente de Comunicação de Abastecimento Corporativo Geovane de Morais, desviou milhões de reais em 2008. Mas ele só foi demitido por justa causa no ano passado, quando Paulo Roberto Costa não integrava mais a empresa. Para se defender, Geovane foi à Justiça do Trabalho e afirmou que apenas cumpria ordens de “escalões superiores” para atender políticos em campanha eleitoral, segundo noticiou a revista Época

MARINA ACUSA DILMA DE FINANCIAR FALIDOS

A candidata Marina Silva (PSB) aproveitou uma pergunta de Dilma Rousseff (PT) sobre o crédito subsidiado dos bancos públicos para acusar a gestão petista de financiar “meia dúzia de empresários” por meio do BNDES e de outros bancos públicos. “Essas pessoas não terão vez no meu governo”, disse Marina. “O que nós vamos evitar é aquele subsídio que vai para empresários falidos, para meia dúzia que são escolhidos como ‘campeões nacionais’. Essas pessoas não terão vez no meu governo”, disse a candidata do PSB. Entre outras empresas, o BNDES investe fortemente em empresas como o frigorífico JBS e a empreiteira Odebrecht.

“Candidata, não se pode usar dois pesos e duas medidas. Qual é realmente a posição da senhora sobre os créditos fornecidos pelos bancos públicos?”, havia perguntado Dilma, citando o programa de governo de Marina. “É interessante porque, no seu programa de governo consta justamente que a senhora vai reduzir o papel dos bancos públicos. Eu sei que a senhora não sabe o montante desse crédito. É de R$ 1,34 trilhão. Significa que toda a estrutura do Brasil – a produtiva e a social – está ligada a esse crédito”, disse a candidata petista na réplica.

Marina, por sua vez, classificou a réplica como “boato”, e “calúnia” contra sua campanha. “Eu não só vou manter o crédito dos bancos públicos para o ‘Minha Casa, Minha Vida’, para a agricultura, como vou fortalecer os bancos públicos. Isso é mais um boato que está sendo dito, de que nós vamos enfraquecer os bancos públicos. Vamos sim fortalecer”, disse a candidata do PS

domingo, 28 de setembro de 2014

PRESIDENCIÁVEIS ESQUECEM PRIORIDADES DOS ELEITORES

A Escola Municipal Cel. Araújo Chaves
A Escola Municipal Cel. Araújo Chaves, no Ceará: educação é uma das prioridades para o eleitor brasileiro (Ivan Pacheco/VEJA)
Sucessivas pesquisas de opinião feitas nos últimos anos apontam a saúde, a segurança e a educação como as maiores prioridades do eleitor. Mas, em um país com dimensões continentais como o Brasil, a inevitável limitação do debate eleitoral pode esconder necessidades muito mais complexas – e nem sempre captadas pelos candidatos. O site de VEJA analisou números e ouviu moradores de todas as regiões do páis nos últimos três meses para identificar os principais desafios que aguardam os próximos governantes nas 27 unidades da federação. Apesar das diferentes demandas, uma conclusão é clara: temas como a independência do Banco Central, o casamento gay e a política externa, debatidos à exaustão nas propagandas dos candidatos à Presidência, não estão entre as prioridades do eleitor. 
Moldado por marqueteiros, formatado para evitar deslizes e elaborado em escritórios distantes do Brasil profundo, o discurso dos candidatos muitas vezes não tem conexão com as prioridades da vida real. Um exemplo desse descompasso é a redução da maioridade penal: mais de 80% da população apoiam a mudança; os candidatos, entretanto, dão pouca atenção ao tema. Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) são contra a alteração; Aécio Neves (PSDB) é a favor de uma mudança tímida na legislação e dá pouca atenção ao tema

PSDB TERÁ QUE SE REPENSAR SE NÃO FOR AO SEGUNDO TURNO

Arthur Virgílio Neto
MATA-MATA – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB): 'Sou flamenguista e não tenho vocação para Vasco da Gama. E o PSDB vem dando uma de Vasco há três eleições, quando vai para o segundo turno e não ganha'.(PSDB/Divulgação)
Nos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Senado Federal foi a trincheira da oposição no Congresso Nacional. Conhecido pela verve fácil e pelos discursos ácidos, o ex-senador Arthur Virgílio Neto, do PSDB, é até hoje lembrado como um dos mais ferrenhos críticos da administração petista, especialmente nos meses em que o país descobriu que o governo Lula operava um esquema de compra de votos no Legislativo, eternizado como mensalão. O fervor custou caro: em 2010, Virgílio foi um dos alvos da mobilização de Lula para fazer do Senado uma Casa mais governista e impedir a reeleição dos seus principais oponentes – como Tasso Jereissati (PSDB) e Heráclito Fortes (ex-DEM). Na época, Virgílio usou da mesma intrepidez com que disparava contra adversários para criticar seu próprio partido: "Houve uma falta clara de solidariedade. Eu era inimigo número um do Lula e a ordem dele era me eliminar. O pessoal dele seguiu a ordem à risca e o meu partido simplesmente ignorou isso". Virgílio admite que pensou em deixar o PSDB. Mas ficou e, dois anos depois, foi eleito prefeito de Manaus (AM). Fora das urnas nas eleições deste ano, o tucano diz que o PSDB "precisará se repensar" se Aécio Neves, a quem ele elogia como "faixa preta em estabilidade econômica" – Virgílio é praticante de jiu-jitsu –, não chegar ao segundo turno

DISPUTA ACIRRADA ENTRE AÉCIO E MARINA PELO SEGUNDO TURNO

A divulgação das pesquisas Sensus e Datafolha na sexta-feira (27/9) mostrou o acirramento da corrida por uma vaga no segundo turno das eleições presidenciais. Segundo os dois levantamentos, os próximos dias serão decisivos para os comitês de campanha de Marina Silva (PSB) e de Aécio Neves (PSDB). A diferença entre os dois chega à situação de empate técnico na Sensus, com a ex-senadora à frente do ex-governador mineiro por 25% a 20,7% — a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. No Datafolha, a diferença da acriana é maior: 27% a 18%. Dilma Rousseff (PT) lidera as duas pesquisas, com 35% no Census, e 40% no Datafolha.

Além da ampliação da vantagem da petista sobre Marina, a análise de levantamentos recentes dos dois institutos também mostra o crescimento gradual de Aécio. Na Census, a vantagem, que chegou a 14,3 pontos percentuais, caiu para 4,3 pontos. No Datafolha, pela quarta vez seguida, o tucano aumentou a intenção de votos. A distância da ambientalista para o tucano, que foi de 20 pontos no início de setembro, caiu para nove. No mesmo período, de acordo com o instituto, a ex-senadora também viu a distância para a petista saltar de 1 para os atuais 13 pontos percentuais.
No segundo turno, Dilma tomou a dianteira contra a candidata do PSB, no Datafolha, com 47% das intenções de voto, contra 43% de Marina. A diferença está dentro da margem de erro da pesquisa (que é de 2%), o que indica a existência de um empate técnico entre as duas candidatas. O mesmo resultado, de igualdade técnica, é verificado pelo Census: 40,5% de Dilma contra 40,4% da socialista. Em um eventual embate contra Aécio no segundo turno, a petista ficaria com exatamente metade dos votos (50%), enquanto o ex-governador de Minas Gerais conseguiria 39%, segundo o Datafolha. Na pesquisa Census, a distância é menor: 43,4% a 38,2% para a presidente. Nos índices de rejeição, Dilma amealha 31% no Datafolha e 39,6% no Census. Marina, 23% e 33%, respectivamente. Aécio é rejeitado por 20% dos eleitores no Datafolha e 31,9% no Census.

As duas pesquisas também mostram que nenhum dos outros candidatos ultrapassou 1% das intenções de votos. Segundo o Datafolha, Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSol) somam 1% cada. José Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB) e Rui Primenta, juntos, têm 1%. No Census, todos os oito candidatos, somados, chegam a 2,8%. Os eleitores que declararam votos em branco, nulo ou não responderam à pesquisa chegam a 16,7% no Census e 11% no Datafolha.

O Datafolha entrevistou 11.474 eleitores em 402 municípios, entre os dias 25 e 26 de setembro. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo. A Census ouviu 2 mil pessoas em 24 estados, em pesquisa encomendada pela revista Isto
é

POLÍCIA PRENDE CORONEL DO EXERCITO COM 350 QUILOS DE MACONHA


 (Polícia Federal/Divulgação)


Um coronel reformado do Exército foi preso na Rodovia BR-040, no trecho da Rio-Petrópolis, altura do pedágio de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense por agentes da Polícia Federal (PF). A informação é da PF e do Comando Militar do Leste (CML). A prisão foi ontem (26), por volta das 23h30. De acordo com a PF, o coronel, de 56 anos, estava na companhia da mulher e o casal transportava cerca de 351 quilos de maconha. Ele mora na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro e a mulher, de 49 anos, em Jacarepaguá, também na zona oeste.

O militar também estava com uma pistola calibre 380 sem registro e foi atuado também por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A PF disse que o entorpecente seria proveniente do Paraguai e que investiga a suspeita de que seria distribuída em comunidades do Rio e também de Niterói.

Conforme informou a PF, a droga estava escondida em um fundo falso dentro de um veículo utilitário usado pelo casal e o militar costumava deixar uma farda pendurada num cabide no interior do furgão com o objetivo de inibir possíveis revistas policiais.

Ainda conforme o CML, após fazer exames, o coronel da reserva será encaminhado para uma unidade prisional subordinada ao Comando, onde permanecerá à disposição da Justiça comum. Já a mulher, de acordo com a PF, foi encaminhada ao Presídio Nélson Hungria, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste

AÉCIO QUER CONQUISTAR ELEITORA DE RENDA ATÉ 3 SALÁRIOS MÍNIMOS

o candidato Aécio Neves acena para apoiadores durante campanha em Osasco, São Paulo.  (REUTERS/Paulo Whitaker)
o candidato Aécio Neves acena para apoiadores durante campanha em Osasco, São Paulo.


O candidato à presidência da República Aécio Neves anunciou, na manhã de hoje (27), em Osasco, na Grande São Paulo, sua proposta para o setor de habitação no país. “Quero reafirmar aqui o compromisso em fazer um enorme programa habitacional no Brasil focado na faixa de até três salários mínimos, onde não avançamos ao longo destes últimos anos. Tínhamos um déficit de 4 milhões de moradias e temos hoje em torno de 3,9 milhões”, disse, antes de participar de uma caminhada na cidade.

Aécio disse também que seu programa de governo, que deve ser divulgado na próxima segunda-feira (29), tratará da questão do saneamento. “Quero reafirmar meu compromisso de desonerar as empresas de saneamento do PIS/Confins. É essencial que isso ocorra para que elas possam ter mais recursos para investir em uma das maiores carências sobretudo da população de mais baixa renda que é o saneamento básico. Seriam R$ 2 bilhões a mais em investimentos. Hoje, mais de 50% da população brasileira não tem saneamento adequado nas suas casas”, falou o candidato.

POLÍCIA PRENDE EX SENADOR LUIZ ESTEVÃO EM BRASÍLIA

O ex-senador Luiz Estevão foi preso  por agentes da Polícia Federal por volta das 6h deste sábado (27/9) em sua casa no Lago Sul e está sendo levado para São Paulo. Antes de embarcar, o ex-senador passou por exames no Instituto Médico Legal, em Brasília. 

O advogado de Luiz Estevão, Marcelo Bessa, também embarcou para a capital paulista na tentativa de transferir o cliente para Brasília. A lei de execuções penais brasileira prevê que o preso cumpra a pena próximo da família e no local de residência. Por isso, o advogado está levando para São Paulo o comprovante de endereço do senador, a certidão de casamento, o título de eleitor e as certidões de nascimento dos filhos e netos.

A defesa afirmou que vai recorrer da decisão.

Na última quinta-feira, ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a cumprir três anos e meio de pena por falsificação de documentos.

Luiz Estevão deve ser levado ainda hoje para a Superintendência da PF em São Paulo, já que a responsabilidade pela execução da pena é da Justiça Federal paulista.

Embora tenha sido cassado do Senado em 2000, o político ainda mantém grande influência política na capital. Estevão é o homem forte do PRTB no DF, e responsável pela migração para a legenda de Joaquim Roriz. Quatro parentes do ex-governador, candidatos este ano, também são filiados à sigla. Estevão também é conhecido por comandar o Brasiliense, time que disputa a Série D do campeonato brasileiro de futebol
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PRESIDENCIÁVEIS ADORAM BRASÍLIA


Quem mora em Brasília já pode ter esbarrado com o próximo presidente do Brasil em situações nem um pouco oficiais. Nas horas de lazer, os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas gostam de fazer programas corriqueiros, esportivos e gastronômicos em endereços tradicionais da capital. Antes de assumir o Palácio do Planalto, Dilma Rousseff (PT), por exemplo, era assídua de um salão de beleza no Setor Hoteleiro Norte. Desde que era senadora, a candidata Marina Silva (PSB), 56 anos, tem o costume de comprar pão integral em uma padaria na Asa Sul. Já faz dois anos que o senador Aécio Neves (PSDB), 54 anos, aproveita para malhar em uma academia no Lago Sul, às terças e quartas, logo após as sessões do Congresso. Apesar de ser o mais novo dos candidatos, o tucano é quem tem mais longa vivência em Brasília, 30 anos. A ambientalista mora na cidade há 20 e Dilma, há 12, desde o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Os três estão longe de aproveitar a cidade com a mesma intensidade do general João Baptista Figueiredo (1918-1999) durante o seu mandato (1979-1985) no regime militar. Além de fugir diversas vezes da segurança para andar de moto, há relatos de que o presidente saía com o próprio carro para levar uma namoradinha à matinê. Na era das redes sociais e smartphones, em que a privacidade dos políticos está suscetível a um pedido de selfie ou a um clique indesejado, os candidatos são reservados em contraste ao general. Contudo, o Correio conferiu que os presidenciáveis também sabem desfrutar Brasília fora do circuito do Poder.

No salão da Conceição
“Conceiçãooo, eu me lembro muito bem”, cantava Dilma Rousseff com voz rouca à la Cauby Peixoto, em homenagem à manicure mais antiga de um salão no Setor Hoteleiro Norte. Conceição Calixto, 57 anos, conta que era a única a ter aprovação para lixar e cortar as unhas das mãos e dos pés da atual presidente. “Ela gosta de gente que tem firmeza para trabalhar.”
Conceição era a única que tinha a aprovação para lixar as unhas de Dilma  (Janine Moraes/CB/D.A Press-23/9/2014)
Conceição era a única que tinha a aprovação para lixar as unhas de Dilma

Segundo a profissional, Dilma tem bastante sensibilidade nos pés por causa de lembranças da época que foi torturada na ditadura. “O negócio da tortura ela falou uma vez para mim porque ela tinha os pés sensíveis, só que ela não falou detalhes. Eu fiquei sabendo depois por meio da mídia.

sábado, 27 de setembro de 2014

CAMPANHA SUJA DO P.T. SURTE EFEITO CONTRA MARINA SILVA


Datafolha: campanha suja do PT ajuda Dilma a abrir vantagem no 1º turno; no 2º, petista e Marina seguem em empate técnico

pesquisa Datafolha
Segundo Pesquisa Datafolha divulgada há pouco pela TV Folha, a situação de Dilma Rousseff na disputa melhorou consideravelmente. Se a eleição fosse hoje, a candidata do PT teria 40% das intenções de voto. Marina Silva, do PSB, aparece com 27%. O tucano Aécio Neves tem 18%. Há uma semana, esses números eram, respectivamente, 37%%, 30% e 17%; há 15 dias, 36%, 33% e 15%. Assim, no intervalo de duas semanas, Dilma ganhou quatro pontos, Marina perdeu seis, e Aécio ganhou três. Descontados os brancos e nulos, a petista tem 45% dos votos válidos; a peessebista, 31%, e o tucano, 21%. O Datafolha informa que a principal alteração no quadro se deu no Nordeste: em uma semana, a presidente ganhou seis pontos na região, e a candidata do PSB perdeu 9. Parece que o terrorismo petista está surtindo efeito por lá.
No segundo turno, embora tenha havido uma troca de posições na liderança, a disputa segue tecnicamente empatada: Dilma aparece com 47% das intenções de voto (há uma semana, tinha 44%); Marina tem 43% — 46% na pesquisa passada. Quando computados os votos válidos, a petista tem 52%, e a peessebista, 48%. Trata-se de um empate técnico, já que dentro da margem de erro.
O que eu acho
É evidente que, quando se olha a trajetória dos votos, Dilma está em ascensão, e Marina, em declínio. A pergunta óbvia é esta: faz sentido que assim seja? Faz. O PT mobilizou a sua máquina para demonizar a candidata do PSB com uma violência como raramente se viu.
Na televisão, o embate é absolutamente desigual: mais de 11 minutos contra 2 minutos. O PSB, neste momento, tem pouco a fazer. O seu principal canal para falar com o público é o horário eleitoral. O negócio será torcer para estancar o crescimento de Dilma, evitando que ela ganhe ainda no primeiro turno — isso poderia acontecer se atingisse 45% ou 46% dos votos. Havendo o segundo, aí, como se percebe, a situação segue indefinida.
Numa eventual segunda etapa, Marina terá um ativo de que não dispõe hoje: tempo na TV para se defender e para atacar também. Insisto numa conta que considero relevante: na semana anterior ao início do horário eleitoral, Dilma tinha 36% dos votos — agora, tem 40%. Está dentro da margem de erro. Marina tinha 21% e, na pesquisa de hoje, 27%; Aécio marcava 20% e, desta vez, surge com 18%. O latifúndio petista na TV não deu o resultado esperado. Isso faz supor que, com tempos iguais, Marina, potencialmente, tenha mais a ganhar do que Dilma. A situação da petista melhorou, e a da peessebista piorou, isso é evidente. Mas o fato não é surpreendente.  Se querem saber, reitero, o que chega a surpreender é a resistência de Marina. O PT pode comemorar com discrição. É cedo para o foguetório. (conteúdo Reinaldo Azevedo)

COMO O PRÓXIMO PRESIDENTE PODE MELHORAR A SAÚDE NO BRASIL

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SUS: faltam planejamento, recursos, critérios e dedicação à atenção básica. Sobram desorganização e politicagem(Thinkstock/VEJA)
O próximo presidente terá o desafio de melhorar o que a população considera o problema número 1 do Brasil: a má qualidade do serviço de saúde. De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada em agosto, 93% dos eleitores consideram o serviço, público e privado, péssimo, ruim ou regular. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a taxa de insatisfação é de 87%.
Não será tarefa fácil alcançar os objetivos previstos na Constituição — oferecer um serviço de saúde universal, igualitário e integral à população. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 75% dos 200 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS. Os outros 25%, clientes de planos de saúde, recorrem ao sistema público em algum momento da vida, como para obter vacinas, atendimento de emergência e acesso a procedimentos de alta complexidade não cobertos pelo plano.

Desde que foi criado, em 1988, o SUS trouxe inegáveis avanços à saúde do país. Entre seus pontos fortes estão os programas de imunização, transplantes de órgãos e controle de HIV/aids. Ainda há, no entanto, um longo caminho a ser percorrido para o sistema prestar um serviço de qualidade. Faltam planejamento, recursos, critérios e maior dedicação à atenção básica. Sobram desorganização e politicagem

MARINA PROMETE ACABAR COM A CRISE ENERGÉTICA NO PAÍS


A candidata Marina Silva cumpriu agenda de campanha em Minas Gerais hoje (26). Em Varginha (MG) ela visitou o Lago de Furnas e falou de suas propostas para resolver a crise energética vivida pelo país. Segundo ela, desde 2002 o Brasil vive a ameaça de um "apagão".


Marina disse que sua principal preocupação é fazer com que o país tenha uma matriz energética que dê conta de fornecer energia suficiente para acompanhar a retomada do crescimento econômico. Ela lembrou que a previsão é que o país cresça 0,9% este ano e que alguns economistas dizem que o crescimento será 0,3%. “Se o Brasil estivesse crescendo como cresceu em governos anteriores, nós já estaríamos em uma grave crise energética”, disse.


Para isso, a candidata disse que a solução é diversificar a matriz, de modo a não passar por crises como a atual em momentos de escassez de chuvas. “Nosso compromisso é ter uma matriz energética limpa, diversificada e segura, combinando várias fontes de geração de energia. Nós temos um grande potencial de hidroeletricidade, nós temos um grande potencial de energia solar, eólica, de biomassa. E nós vamos combinar essas fontes de geração de energia”, disse a candidata.

Questionada sobre a polêmica em torno de sua promessa de autonomia para o Banco Central (BC), Marina disse que a proposta para garantir que o BC não fique à mercê de “um projeto político de quem quer o poder pelo poder”. “A inflação voltou a crescer, o que prejudica o salário dos trabalhadores. Os juros estão altíssimos. Nunca aqueles que especulam com o capital financeiro ganharam tanto como no atual governo. Nós queremos a estabilidade econômica do país, credibilidade para que o país volte a crescer”, disse.

A candidata disse que seu programa de governo prevê atenção à agricultura familiar, aos médios produtores e ao agronegócio. Para isso, ela disse que irá aumentar os recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e fazer investimentos em assistência técnica, infraestrutura para escoamento da produção e armazenamento. “Hoje 30% da nossa produção agrícola é perdida em função da infraestrutura”, disse Marina.

Depois de Varginha, a candidata seguiu para Juiz de Fora (MG), onde fez ato público e comício. Ainda esta noite ela fará comício na cidade de Lagoa Santa (MG)
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DILMA PROMETE TRANSFORMAR O CAIXA DOIS EM CRIME GRAVE

A candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, anunciou medidas que pretende implantar contra a impunidade em um eventual segundo mandato. Em entrevista a jornalistas, ela enumerou promessas como a criminalização do caixa 2 e a perda da posse de bens adquiridos de forma ilícita, como ações de combate à corrupção pois, segundo ela, as “pessoas ao se acharem impunes, têm mais incentivos a praticá-los”.


O caixa 2 é um ilícito eleitoral, e atualmente não é considerado um crime. Trata-se da utilização de recursos materiais para campanhas de candidatos sem a devida declaração à Justiça Eleitoral na prestação de contas. Sobre a necessidade da perda da propriedade adquirida sem comprovação de procedência lícita, Dilma declarou que, hoje em dia, “as pessoas que adquirem os bens de forma ilícita podem ficar com eles, desde que paguem Imposto de Renda. Cria-se sempre algumas formas e subterfúgios para aliviar a situação”.


“Esse combate [à corrupção] tem sido um compromisso do meu governo, mas eu não tenho dúvidas de que precisamos avançar. Então no meu segundo mandato, uma das coisas que quero de fato atacar é a impunidade”, disse.

Outra medida anunciada por Dilma, se reeleita, é a aprovação por lei de um novo crime que puna agentes públicos que apresentarem enriquecimento sem justificativa ou que não demonstrarem a origem de seus ganhos patrimoniais. Lendo as promessas, a candidata defendeu também a alteração da legislação para agilizar o julgamento de processos sobre desvio de recursos públicos.

Para que esses processos se tornem mais ágeis, ela apresentou a última proposta, de criar uma estrutura no Poder Judiciário nos Tribunais Superiores com o objetivo de conferir mais eficácia às investigações contra agentes que tenham foro privilegiado. Citando o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, Dilma avaliou que a meta é que essa estrutura “possa permitir que seja mais ágil do que sempre foi”.

“É bom que fique claro que a agilização e o rigor não significam justiça primária, prejulgamento ou qualquer outra atitude que não seja a prevista na Constituição de respeito à Justiça e ao amplo direito de defesa”, disse. Após enumerar as medidas, Dilma disse que elas devem ser debatidas com o Congresso, o Poder Judiciário e as pessoas que quiserem contribuir. “O fundamental é que todos esses atos não são todos originais, muitos ou estão no Congresso ou são iniciativas discutidas já dentro do Judiciário. Outros são originais”, informou
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VITÓRIA DE AÉCIO PODE ACALMAR MERCADO DE CAPITAIS

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse ontem que uma eventual vitória tucana nas urnas vai proporcionar a retomada da confiança na economia brasileira, o que permitirá a volta da inflação para o centro da meta, que é de 4,5%, um cenário muito mais alentador do que o indicador de hoje, que tem oscilado em torno do teto de 6,5% . “Economia é expectativa, e nossa eleição sinaliza positivamente, com a diminuição da taxa de juros no longo prazo e o resgate de investimento. Com esse resgate, não acho que esses números ficarão aí. A inflação voltará ao centro da meta em dois ou três anos”, disse. 
Aécio reforçou as críticas às duas principais adversárias: a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB). Segundo o tucano, a socialista volta atrás em suas posições políticas “porque precisa dar satisfações ao mercado financeiro e ao agronegócio”. Já Dilma foi acusada de ser complacente com a corrupção. 

Ao analisar a economia, em entrevista à Rádio Bandeirantes, em São Paulo, o presidenciável reafirmou que, se ele vencer o pleito, o efeito no mercado será o oposto do registrado em 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou seu primeiro mandato. “Quando Lula foi eleito, o dólar disparou e a inflação subiu. Lula, felizmente, esqueceu o discurso, assumiu os pilares do PSDB e trouxe o Henrique Meirelles (então deputado federal eleito pelo PSDB) para o Banco Central”, comentou. 

Segundo a análise do candidato tucano, além dos preços, a crise econômica e o cenário pessimista contaminaram o setor produtivo e os consumidores. “As indústrias estão em processo de pré-demissão, com lay-offs (suspensão de contratos de trabalho), e a inflação de alimentos está em dois dígitos há mais de um ano, um tormento na mesa de trabalhador”, afirmou o tucan
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