domingo, 29 de junho de 2014

SOFRIMENTO CONTRA O CHILE PODE SER BOM PARA A SELEÇÃO BRASILEIRA

 
Felipão abraça Thiago Silva após vitória do Brasil sobre o Chile
Felipão abraça Thiago Silva após vitória do Brasil sobre o Chile - Ricardo Corrêa
“Quando se vence dessa forma, também é possível fazer disso tudo uma coisa boa. Dá para valorizar uma classificação assim”, acredita Scolari
Garantida nas quartas de final da Copa do Mundo, a seleção brasileira está de folga neste domingo – uma boa chance para que os atletas se recuperem do desgaste físico e emocional sofrido no dramático duelo com o Chile, decidido só nos pênaltis, no sábado, no Mineirão. Aliviado com a classificação, o técnico Luiz Felipe Scolari tentou encontrar a parte positiva desse sofrimento todo. “Como a seleção tem muita gente nova, situações difíceis como as que vivemos contra o Chile vão acrescentando experiência a eles. O Willian, por exemplo, errou o pênalti, mas isso vai somar algo para ele no futuro”, afirmou Felipão. Ele reconheceu que o time tem tido problemas para lidar com o nervosismo e que se assustou com alguns lances da duríssima partida de sábado. “É claro que preocupa um pouco, pois mesmo os jogadores mais experientes sentem o peso de uma Copa do Mundo. E quem disser que não sente está mentindo, pois esses não são jogos comuns.”

P.S.D.B. TENTA MANTER HEGEMONIA EM SÃO PAULO

 
Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo
Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo - José Luis da Conceição/Divulgação/PSDB
Há vinte anos, o Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, é administrado pelo PSDB. No campo político, é a mais duradoura hegemonia de um partido no comando de um governo estadual. Neste domingo, a sigla realizará sua Convenção Estadual para oficializar a candidatura de Geraldo Alckmin à reeleição, numa campanha cujo principal adversário, por enquanto, é mostrar que os tucanos têm capacidade de renovar o fôlego para continuar à frente do Palácio dos Bandeirantes.
A última rodada de pesquisas feita pelo instituto Datafolha, divulgada no dia 7 de junho, mostra que Alckmin tem 44% das intenções de voto e mais uma vez venceria a disputa no primeiro turno. Segundo o instituto, 41% dos paulistas aprovam sua gestão. São números animadores para qualquer candidato que inicie uma corrida eleitoral. Porém, segundo avaliação dos próprios tucanos, Alckmin enfrentará uma campanha muito mais dura do que as anteriores, com pontos frágeis para defender, como índices de segurança pública, a ameaça de uma crise de abastecimento de água e denúncias de corrupção envolvendo tucanos em licitações de trens e metrô.
Segundo o Datafolha, o principal opositor de Alckmin neste momento é o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), que marca 21% das intenções de voto. Mas o bombardeio esperado deverá partir do candidato do PT ao governo, o ex-ministro Alexandre Padilha, que aparece com 3%. Conquistar o Palácio dos Bandeirantes é uma obsessão pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e algo inédito para o PT, que enfrenta resistência história no interior do Estado – 22,8 milhões de votos. Assim que deixou o Ministério  da Saúde, em janeiro, Padilha dedica-se a percorrer cidades do interior – ele esteve em 126 municípios. Petistas afirmam que Padilha, chamado de "terceiro poste de Lula", foi escolhido pelo ex-presidente justamente por "ter cara de tucano". O discurso do PT, aliás, baterá justamente no ponto que há um esgotamento de gestões do PSDB em solo paulista.

Para rebater o discurso petista, os tucanos miram a gestão federal, comandada pelo PT há doze anos. “A melhor opção nessa campanha será comparar os dados de São Paulo com os dados do Brasil. Assim mostraremos como o governo estadual é mais eficiente do que o governo federal. Ajudará a derrubar o discurso do adversário de que São Paulo está em crise”, afirma o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, um dos futuros coordenadores da campanha de Alckmin.
Alianças e palanques – Nas últimas negociações para fechar a chapa, Alckmin obteve uma vitória e uma baixa na última hora. De um lado, conseguiu a adesão do PSB, que deverá indicar o deputado Márcio França como vice. A seção estadual do PSB esbarrava na resistência do comando nacional, já que a sigla terá um candidato á Presidência da República, Eduardo Campos, e o palanque de Alckmin será do tucano Aécio Neves. Além disso, a vice de Campos, a ex-senadora Marina Silva, também não aceitava a aliança com os tucanos. Já a baixa foi o apoio do PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, à candidatura rival de Paulo Skaf (PMDB). De olho nos minutos do PSD na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, os tucanos chegaram a negociar o nome de Kassab para vice ou ao Senado.
Com a coligação montada, a única definição no ninho tucano que ficará pendente é se o ex-governador José Serra concorrerá ao Senado ou entrará na disputa como puxador de votos para a Câmara dos Deputados

MARINA E CAMPOS ENFRETAM DIFICULDADES NOS ESTADOS

PPS realizou convenção nacional para oficializar as candidaturas do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República e da ex-senadora Marina Silva à Vice-Presidência
PPS realizou convenção nacional para oficializar as candidaturas do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República e da ex-senadora Marina Silva à Vice-Presidência (Pedro França/Futura Press)
A promessa era ousada. No dia 5 de outubro, a ex-senadora Marina Silva e o então governador de Pernambuco Eduardo Campos prometeram quebrar a polarização partidária que dominou as últimas eleições presidenciais no Brasil. “Estamos quebrando uma falsa polarização da política”, disse Campos. Era dia de comemorar a surpreendente filiação de Marina ao PSB. Nove meses depois, com a oficialização da candidatura da dupla neste sábado, a promessa de terceira via enfrenta, no mundo real da política, as dificuldades do processo eleitoral no país, com necessidade de composição de alianças nem sempre coerentes em favor da criação de espaços em palanques regionais. O partido chega ao começo oficial da campanha, no dia 5  de julho, com apenas 11 candidatos a governador.
A “nova política” sucumbiu a velhos políticos. O PSB apoia coligações majoritárias lideradas pelo PMDB, um alvo constante de críticas de fisiologismo, em seis estados. Candidaturas a governos estaduais do PT, de quem Campos buscou se divorciar no governo federal, são apoiadas em dois estados. O PSDB, outro adversário na corrida presidencial, conseguiu apoio dos socialistas para pretendentes ao governo em quatro estados. Solidariedade, PP, PDT e PCdoB também atraíram apoio dos pessebistas para suas respectivas candidaturas próprias em quatro estados.
Essa esquizofrênica nova política tornou-se o principal ponto de crítica de adversários e de dissidentes do partido. No lançamento da sua candidatura, estranhamente, Campos criticou o "fisiologismo" do PSDB, porque, na última semana, o presidenciável tucano Aécio Neves provocou o governo federal ao dizer que partidos aliados deviam "sugar mais" antes de abandonar o PT e aderir à campanha tucana. Em diversas ocasiões, Marina e o ex-governador defenderam as confusas alianças regionais, sob argumento de que possuem motivações particulares. Em alguns dos Estados sem candidatos a governador, como o Rio de Janeiro e São Paulo, havia quem defendesse o lançamento de um correligionário socialista. Ainda assim, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, critica justamente o PMDB, o alvo favorito para apontar alianças fisiológicas, com o argumento de que no PSB os dirigentes regionais não fazem o que querem.
"Nosso partido não é o PMDB em que cada um faz o que quer nos seus estados", afirmou Siqueira

PAPA FRANCISCO FAZ APELO DE PAZ AO IRAQUE


'A violência gera violência, o diálogo é o único caminho para a paz', acrescentou ( REUTERS/Riccardo De Luca/Pool)
'A violência gera violência, o diálogo é o único caminho para a paz', acrescentou

Cidade do Vaticano
- O Papa Francisco fez um apelo aos líderes iraquianos para que façam de tudo para "preservar a unidade nacional e evitar a guerra", durante o Angelus deste domingo (29/6).

O pontífice apoiou um pedido feito pelos bispos do Iraque para a formação de um governo de unidade nacional, com o objetivo de evitar um êxodo contínuo de cristãos, enfraquecidos por uma inédita ofensiva dos rebeldes sunitas liderados pelo Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL).

"As notícias recebidas do Iraque são, infelizmente, muito dolorosas", lamentou o papa.

"Uno-me aos bispos do país em seu apelo aos governantes para que, por meio do diálogo, preservem a unidade nacional e evitem a guerra", acrescentou, falando a uma multidão da janela do palácio Apostólico.

O Papa expressou sua proximidade com as "milhares de famílias, especialmente cristãs, que tiveram que abandonar suas casas e estão em grave perigo."

"A violência gera violência, o diálogo é o único caminho para a paz", acrescentou a milhares de fiéis.

Reunidos em sínodo em Erbil, capital do Curdistão iraquiano, de 24 a 28 de junho, os bispos da Igreja Caldéia, rito majoritário entre os cristãos do país, desejou a rápida formação de um governo de unidade nacional.

PLANO REAL A VINTE ANOS MUDA HABITOS DOS BRASILEIROS

 (Reprodução)


Nos últimos 20 anos, os brasileiros usufruíram de um bem imprescindível: a estabilidade de preços. Com o Plano Real, editado em 1994, e a derrota da hiperinflação, que havia tirado do país duas décadas de crescimento, puderam , enfim, planejar o futuro. Em vez da corrida aos supermercados, para fugir de uma inflação de 2% ao dia, passaram a comprar a casa própria financiada em até 35 anos. Em vez do medo de perder o emprego no dia seguinte, vêm contabilizando ganhos reais médios nos salários de 9% ao ano. Se, há 20 anos, muitos cidadãos se vangloriavam de, pela primeira vez, poderem tomar um iogurte, hoje os objetos de desejo de milhões são os smartphones e os tablets. Mais escolarizados e conscientes de seu poder, tomaram as ruas para exigir do governo serviços públicos melhores.

Para mostrar essa transformação espetacular do Brasil nesse período, o Correio percorreu 14,5 mil quilômetros de Norte a Sul. Da mesma forma que, em 1994, acompanhou a chegada do real a São Gabriel da Cachoeira (AM), ao Chuí (RS), a Altamira (PA), a São Raimundo Nonato (PI) e a São Braz do Piauí (PI), então o município mais pobre do país, pôde traçar um retrato profundo da realidade brasileira, tão diversa quanto complexa, trabalho que será apresentado a partir de hoje em uma série de reportagens.

AÉCIO ANUNCIA O VICE ATÉ SEGUNDA FEIRA


Aécio com Perillo durante a convenção tucana que homologou a candidatura à reeleição do governador goiano ( Gerdan Wesley/ObritoNews)
Aécio com Perillo durante a convenção tucana que homologou a candidatura à reeleição do governador goiano


O senador Aécio Neves (PSDB) anuncia amanhã quem o acompanhará, como vice, na disputa pela Presidência da República. Durante passagem por Pernambuco, o tucano disse que a escolha poderá trazer surpresa e que pode até mesmo optar por uma mulher, mas não quis antecipar o nome. Ontem, Aécio participou da convenção do PSDB de Goiás que oficializou a candidatura à reeleição do governador Marconi Perillo e afirmou estar confiante no desejo de mudança dos brasileiros.

Segundo Aécio, as alternativas para vice estão dentro e fora do partido. Entre os nomes cotados, estão os tucanos Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará; a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie; e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em Caruaru (PE), onde Aécio participou até a madrugada de ontem da festa de são-joão, Aécio disse que é difícil ter um vice que decida a eleição. Afirmou ainda que o problema do PSDB é ter muitas opções.

De acordo com o senador mineiro, a jurista Ellen Gracie agrega vários setores do partido e tem grande conhecimento nas questões de segurança. Tasso Jereissati, por sua vez, tem origem nordestina, onde o partido apresenta a pior votação. Já Aloysio Nunes representa a ala paulista do PSDB. “Na segunda-feira vamos identificar e anunciar nosso ou nossa vice. Pode ser um homem ou uma mulher”, afirmou.v

quinta-feira, 26 de junho de 2014

QUEM É MELHOR, MESSI OU NEYMAR?

Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Brasília
Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Brasília - Ivan Pacheco/VEJA.com

Faltando apenas quatro partidas para a conclusão da fase de grupos, a Copa do Mundo já apresenta dois candidatos extraordinários ao título de melhor jogador da competição. Ainda é muito cedo, obviamente, para tentar eleger um vencedor – de pouco terá adiantado uma performance magnífica nos três primeiros jogos se suas seleções caírem logo na primeira partida eliminatória. Mas é inegável que as atuações incríveis de Neymar e Lionel Messi – somadas à rivalidade entre Brasil e Argentina, ao fato de serem colegas de clube e à expectativa por um duelo direto entre eles numa possível final – colocam os craques no topo da lista de destaques do torneio. Antes da estreia na segunda fase, em que o Brasil pega o Chile em Belo Horizonte e a Argentina enfrenta a Suíça em São Paulo, os números da dupla mostram equilíbrio numa comparação direta de seus desempenhos individuais. Conforme as estatísticas, Neymar, de 22 anos, em sua primeira Copa, parece estar praticando um jogo mais contundente e direto, enquanto Messi, que completou 27 anos na segunda-feira e está no seu terceiro Mundial, participa mais da articulação de jogadas de sua equipe. Cada um à sua maneira, ambos foram absolutamente decisivos para a classificação de suas seleções às oitavas de final.

Cada um tem quatro gols, mas Neymar jogou alguns minutos a mais: 249 contra 243. O brasileiro marca um gol a cada 62,3 minutos, em média, enquanto o argentino balança as redes a cada 60,8 minutos. Cada um tem um gol de bola parada: Neymar de pênalti, Messi de falta. No registro das tentativas de gol, o brasileiro arrisca mais e melhor: são oito arremates que acertaram o gol contra cinco de Messi, com uma precisão de chute bem maior do brasileiro (Neymar só mandou para fora uma vez, e sua taxa de acerto foi de 88%; no caso do colega de Barcelona, foram seis arremates que saíram pela linha de fundo, só 45% de precisão). Messi distribuiu mais passes (138 a 102), e de forma mais precisa (85% de acerto contra 82%). Também criou mais oportunidades de gol para os companheiros (dez a seis), ainda que nenhum deles tenha completado uma assistência até agora. O argentino ganhou 24 disputas de bola contra 21 do brasileiro. Neymar, porém, é bem melhor nas recuperações de bola, dezenove a cinco. Ele sofreu mais faltas (nove a seis) e também cometeu mais infrações (três contra uma), inclusive levando um cartão amarelo. Que o camisa 10 do Brasil, pendurado, passe sem nova punição pelas oitavas, em caso de vitória do Brasil contra o Chile – afinal, o duelo para ver quem é o melhor da Copa precisa continuar

LULA DIZ QUE JORNALISTAS NÃO TÊM CULPA DA VAIA EM DILMA

      
Ai, ai… José Trajano, aquele senhor da ESPN que comanda os melancias às avessas — vermelhos por fora e verdinhos por dentro —, cuja existência descobri quando me atacou — e a mais três — de maneira vergonhosa, vai ficar chateado. Eles estavam convictos por lá, na emissora “estadunidense” (que é como devem falar esquerdistas autênticos como eles, certo?), que as vaias e os xingamentos a Dilma eram coisa dos leitores de Reinaldo Azevedo, entre outros. Coisa, como vituperaram por lá, da “elite branca de São Paulo”. Até cheguei a procurar por esses dias se a ESPN já havia emitido um comunicado renunciando a todos os seus assinantes da “elite branca de São Paulo”. Até agora, nada! Parece que se acovardaram. Eu entendo quando esquerdistas “autênticos” ficam de olho no caixa do Grupo Disney — e no Ibope. Até onde sei, parece que as acusações caíram como uma bomba na audiência. Que peninha! A do meu blog subiu pra caramba! Já bati o recorde antes de o mês acabar. Obrigado, Trajano e melancias às avessas amestradas! Bate que eu cresço! Adiante.
Quem também se acovardou foi Lula. Ora, ora, ora… Tão logo a tese da elite branca surgiu naquela “emissora estadunidense”, o Apedeuta saiu a repeti-la pelos cotovelos. Seria tudo coisa de reacionários. O jornalismo áulico reproduziu a patacoada segundo a qual as vaias e os xingamentos tinham sido uma beleza para Dilma. Na minha coluna na Folha de sexta-feira, tirei o sarro dessa mentira. Escrevi lá: “É evidente que o lado positivo da vaia é cascata. Essa versão é obra de ‘spin doctors’, cujo trabalho só é efetivo quando conta com a opinião abalizada de ‘especialistas’ e com a sujeição voluntária ou involuntária da imprensa”.
O primeiro a perceber a armadilha foi Gilberto Carvalho, que correu para negar a tese da elite branca. Pesquisas do Palácio do Planalto apontam que, ao contrário da versão que tentaram emplacar, o evento tinha sido ruim para a presidente, e a versão  tornava tudo pior.
Em entrevista nesta quarta ao “Jornal do SBT”, o ex-presidente mudou o tom — e sem combinar nada com Trajano, santo Deus! Agora ele afirma que “o governo, possivelmente, tem culpa” por não ter “cuidado com carinho” das insatisfações da população. Ah, bom!!! Com aquela sua inclinação natural para o pensamento de cunho filosófico, afirmou: “Eu digo sempre que a vaia e o aplauso é só começar que acontecem. Agora, aqueles palavrões me cheirou a coisa organizada, o preconceito, a raiva demonstrada. Possivelmente a gente tenha culpa. Vou repetir: que a gente tenha culpa de não ter cuidado disso com carinho”.
A fala é ainda um tanto confusa, e não se pode esperar nada melhor do que isso. Ou bem os palavrões “são coisa organizada” ou bem “o governo tem culpa”. De qualquer modo, trata-se de uma mudança de tom. Quem também foi desautorizado é o sr. Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, segundo quem os xingamentos eram consequência da pregação de pessoas como “Reinaldo Azevedo (este criado que escreve), Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Demétrio Magnoli, Danilo Gentili, Guilherme Fiuza, Marcelo Madureira e Arnaldo Jabor.”
Não deixa de ser divertido. Os petistas não perceberam que algo está mudando no país e que a eterna guerra promovida pelo PT do “nós”, que são eles, contra “eles”, que somos nós, não funciona mais. O petismo botocudo achou que poderia usar o episódio do Itaquerão para promover um arranca-rabo de classes e, se necessário, até um conflito racial, opondo branco a negros, ricos a pobres, paulistas ao resto do país.
Deu-se mal. O tiro saiu pela culatra. Os que embarcaram nessa canoa furada colheram o óbvio: a embarcação virou porque fez água. A versão de que a vaia era coisa da “elite branca” tornou pior para Dilma o que já estava ruim.
Eu bem que adverti aqui, como sabem, que não foi promovendo a guerra de todos contra todos que o PT chegou ao poder em 2003. Ao contrário: aquela linguagem beligerante era coisa do tempo em que o partido só perdia eleições. Lula está tentando consertar o estrago que ele próprio fez com a ajuda do jornalismo idiota ou comprado. 
De vítima, a gente sente pena, mas não lhe dá voto. Lula só foi eleito quando parou de posar de coitado e deixou que toda a sua autoestima, que é gigantesca, viesse à flor da pele, não é mesmo? O PT aprendeu a lição. E o jornalismo?

PAGANDO FIANÇA DE DOIS MILHÕES DOLEIRO DEIXA A CADEIA

O doleiro Alberto Youssef, chefe da operação desmontada pela Lava-Jato
O doleiro Alberto Youssef, chefe da operação desmontada pela Lava-Jato (Folhapress)
Um dos doleiros presos na operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF) foi solto pela Justiça mediante pagamento de 2 milhões de reais, informa nesta quinta-feira o jornal O Estado de S. Paulo. Raul Henrique Srour, segundo acusação do Ministério Público do Paraná, integra o bando formado pelo também doleiro Alberto Yousseff, acusado de chefiar o esquema, e liderava o grupo que fraudava identidades para realizar operações no mercado negro de câmbio. A liberdade havia sido concedida no início desta semana pelo juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, mediante fiança de 7,2 milhões de reais. De acordo com a publicação, a Justiça reduziu o valor do caução e Srour já depositou 200.000 reais. O restante será pago em 18 parcelas de 100.000 reais.

Ao estipular liberdade sob fiança a Srour, Moro impôs restrições ao acusado: ele não poderá mudar de endereço sem autorização da Justiça, deixar a cidade de origem por mais de 20 dias, e deve entregar o passaporte. O doleiro também está proibido de manter contato com Yousseff. Srour está ainda impedido de seguir no comando da Districash, empresa que usou contas em nome de laranjas na movimentação financeira na área de câmbio. O juiz estabeleceu, de acordo com a publicação, que o doleiro tem 30 dias para “contratar profissional e gestor com reputação ilibada e idônea para substituí-lo na gestão da empresa, informando a Justiça”.
Srour estava preso preventivamente desde 17 de março. O juiz Moro decidiu substituir a prisão por outras medidas cautelares, entre elas a fiança. Segundo O Estado de S. Paulo, o magistrado afirma em seu parecer que a imposição de fiança é imprescindível. “O próprio acusado revelou que já esteve foragido, durante a Operação Farol da Colina da PF, utilizando identidade falsa. A fiança, embora não possa assegurar em sua plenitude a aplicação da lei penal, servirá para vinculá-lo ao processo, visto que nova fuga levará à perda da caução”. E advertiu o doleiro: “O descumprimento das medidas cautelares poderá ensejar na renovação da prisão cautelar”.
A Lava-Jato foi deflagrada em março deste ano pela PF e identificou um esquema complexo de lavagem de dinheiro e evasão de divisas operado por quatro doleiros, que movimentou cerca de 10 bilhões de reais. O cabeça do esquema era o doleiro Alberto Youssef. As investigações revelaram que empresas-fantasma controladas por Youssef recebiam em suas contas inexplicáveis depósitos milionários de algumas das mais importantes empreiteiras do país. O dinheiro que entrava através de contratos simulados de consultoria saía sob a forma de repasses a políticos e partidos – os mesmos políticos e partidos que indicavam os apadrinhados que contratavam as empreiteiras pagadoras

PSD APOIA E PP FAZ MANOBRA PARA APOIAR DILMA


Vaiado na convenção petista, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab confirmou o apoio do PSD a Dilma, ontem (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Vaiado na convenção petista, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab confirmou o apoio do PSD a Dilma, ontem


Na disputa para assegurar o apoio político dos aliados e não perder minutos preciosos na propaganda eleitoral a dez dias do início da campanha presidencial, o Palácio do Planalto ainda corre para aparar arestas e amenizar a pressão da base com o objetivo de evitar novas defecções. Na manhã de ontem, após garantir de maneira tranquila o apoio do PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, a convenção nacional do Partido Progressista (PP) foi bastante turbulenta. Para manter o apoio a Dilma, o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), precisou de uma manobra para que a presidente garantisse um minuto e vinte segundos de tempo na tevê. Como um trator, passou por cima das normas da convenção partidária. Não autorizou a votação e transferiu a decisão para a Executiva da sigla, que só confirmou o apoio à chapa encabeçada pela petista, sob protestos, na tarde de ontem.
                    A costura eleitoral prosseguiu durante todo o dia. Para não deixar escapar mais um minuto e dois segundos de propaganda eleitoral, a presidente atendeu ao PR e exonerou o ministro dos Transportes, César Borges. A concessão ao PR e a convenção do PP são mais um capítulo que expõe a dificuldade da presidente de manter a sua coligação. O evento, ocorrido na manhã de ontem no Senado Federal, terminou em confusão. O tumulto se instalou depois de o senador Ciro Nogueira apresentar e aprovar uma resolução transferindo a decisão sobre a aliança nacional para a Executiva do partido. A portas fechadas, ela fechou o apoio a Dilma.

Decisão relâmpago
O documento, entretanto, não foi votado, o que gerou revolta entre os que defendiam a neutralidade da legenda — posição dos diretórios do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Os descontentes ingressaram com ação cautelar para cassar os efeitos do encontro. Em nota, a direção da sigla liberou acordos diferentes nos estados. Opositora do apoio a Dilma, a senadora e pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul Ana Amélia disse que a decisão foi tomada em uma “reunião relâmpago”. “Como se pode tomar uma decisão dessa magnitude numa reunião relâmpago, a portas fechadas?”, questionou.

S.T.F. LIBERA ZÉ DIRCEU PARA TRABALHAR EM ESCRITÓRIO


Por nove votos a um, plenário derrubou decisões do presidente Joaquim Barbosa, que se declarou impedido de participar da sessão (GERVÁSIO BAPTISTA/DIVULGAÇÃO)
Por nove votos a um, plenário derrubou decisões do presidente Joaquim Barbosa, que se declarou impedido de participar da sessão

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), ao contrário de decisão anterior do presidente da Corte e ex-relator do mensalão, Joaquim Barbosa, liberou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado na Ação Penal 470, para trabalhar fora do Complexo Penitenciário da Papuda. Barbosa havia negado o benefício a Dirceu, além de ter suspendido a permissão concedida a outros sete presos. Entretanto, ontem, por nove votos a um, a maioria dos ministros entendeu que não é preciso cumprir um sexto da pena em regime semiaberto para ter o direito ao benefício. Outros recursos que pedem a revogação das decisões de Barbosa serão julgados pelo novo relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso. O plenário do Supremo também negou ontem o pedido de prisão domiciliar do ex-presidente do PT José Genoino.

Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa no mensalão, esquema de compra de votos no Congresso deflagrado em 2005. Com a autorização, Dirceu está liberado para trabalhar na biblioteca do escritório do amigo e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Gerardo Grossi, com salário de R$ 2,1 mil. Cabe ao Supremo avisar a Vara de Execuções Penais (VEP) da decisão. Em seguida, o Tirbunal de Justiça do DF comunicará à Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), que providenciará a transferência de Dirceu ao Centro Progressão Penitenciária (CPP) — local onde os condenados em regime semiaberto que trabalham cumprem pena. Como hoje é ponto facultativo no serviço público federal — por causa da partida Portugal e Gana no Estádio Mané Garrincha —, a mudança para o CPP deve ocorrer só amanhã. Dirceu deve começar a trabalhar na semana que vem.

A maioria dos ministros — somente Celso de Mello foi contrário — acompanhou o relator, Luís Roberto Barroso. Eles julgaram improcedente a tese de que é necessário o cumprimento de um sexto da pena pelo apenado em regime semiaberto para concessão do trabalho externo. O argumento foi usado por Barbosa para negar a autorização do benefício a Dirceu e suspender a permissão de outros sentenciados, apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ir contra o entendimento. “Não vejo fundamento legítimo que justifique dar tratamento desigual aos condenados na Ação Penal 470 ou, pior, promover um retrocesso geral no sistema carcerário e restringir as perspectivas já limitadas dos apenados”, alegou Barroso. O ministro também argumentou que o sistema penitenciário do país está superlotado e as decisões iriam sobrecarregá-lo ainda mais.

AÉCIO ESPERA APOIO DE DISSIDENTES DO P.T.B.


Na aliança com o PTB, a tendência é o senador Aécio Neves ficar com o tempo de televisão do partido (Pedro França/Agência Senado)
Na aliança com o PTB, a tendência é o senador Aécio Neves ficar com o tempo de televisão do partido


Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) criticava a “esperteza” da Executiva Nacional do PTB ao presidenciável Aécio Neves (PSDB), o senador mineiro discutia as articulações eleitorais com o presidente nacional da sigla, Benito Gama. A proposta do partido será apresentada na convenção nacional de amanhã, mas não terá apoio integral da legenda.
O líder da sigla na Câmara, Jovair Arantes (GO), avisou que a bancada de deputados deve permanecer ao lado de Dilma Rousseff. Aécio, porém, espera a adesão de mais aliados. “Eu digo: façam isso mesmo. Suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado”, disse o presidenciável, afirmando “ter novidades no Nordeste nas próximas 48 horas”. O senador mineiro refere-se ao Ceará, onde pode conseguir uma possível aliança com o senador Eunício Oliveira (PMDB).

Na aliança com o PTB, a tendência é o senador Aécio Neves ficar com o tempo de televisão do partido, devido à aliança nacional, e a presidente Dilma Rousseff deve ter o apoio dos deputados nos estados, com alianças estaduais. Jovair adiantou que a posição será discutida nas convenções estaduais da sigla, na segunda-feira. Na quarta, a bancada volta a se reunir para definir o futuro dos deputados. Para o líder, a decisão de Benito Gama , de apoiar Aécio, não será alvo de queda de braço na convenção nacional. “A Executiva desistiu de apoiar Dilma, mas a bancada não”, afirmou Jovair

quarta-feira, 25 de junho de 2014

BRASIL ENFRENTARÁ SUL AMERICANOS ANTES DA SEMI FINAL

  • Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Brasília
    Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Brasília - Ivan Pacheco/VEJA.com
    O balanço da participação sul-americana até agora é excelente: foram doze vitórias, um empate e três derrotas, com 21 gols marcados. Os melhores números são os da Colômbia, com nove pontos e nove gols
    O histórico das demais Copas do Mundo disputadas em países sul-americanos já indicava que as seleções do continente poderiam se destacar neste ano, no Mundial do Brasil. Nas quatro edições do torneio realizadas na região antes de 2014, foram quatro campeões, dois vices e dois terceiros colocados sul-americanos. Esse retrospecto extremamente positivo para os anfitriões e seus vizinhos tem se confirmado, pelo menos por enquanto. Entre as dez equipes já garantidas na próxima fase da competição, cinco são sul-americanas: Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia e Chile. O continente tem vaga assegurada desde já nas semifinais – e a seleção brasileira pode enfrentar uma fase eliminatória com clima de Libertadores até chegar entre os quatro melhores do torneio. Se passar pelo Chile, no sábado, em Belo Horizonte, a equipe do técnico Luiz Felipe Scolari encara o ganhador da dura partida entre Colômbia e Uruguai, que jogam no mesmo dia, no Rio de Janeiro

    BLINDADO GABRIELLI VAI A CPI MISTA DA PETROBRÁS

    NADA ESCLARECIDO - CPI da Petrobras no Senado ouve Sérgio Gabrielli
    NADA ESCLARECIDO - CPI da Petrobras no Senado ouve Sérgio Gabrielli (Antônio Cruz/Agência Brasil)
    O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli voltará pela terceira vez em três meses ao Congresso Nacional para responder a perguntas de parlamentares sobre detalhes da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e denúncias de superfaturamento em obras de outras refinarias da estatal. Até aqui, Gabrielli tem adotado diante dos congressistas um discurso alinhado com o governo – sem esclarecer coisa alguma. Ao que tudo indica, o ex-chefe da estatal deve ser blindado pela base também nesta quarta, quando será ouvido pela CPI mista da Petrobras, o que reduz as expectativas sobre seu depoimento. Os parlamentares, portanto, andam em círculos nas comissões que apuram – ou deveriam apurar – os desmandos na estatal.
      
    Gabrielli esteve à frente da petroleira entre 2005 e 2011. Foi sob sua administração que a estatal adquiriu a refinaria de Pasadena. Na época, a presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, chefiava o conselho de administração da estatal. A operação foi iniciada em 2006 e concluída em 2012, após a Petrobras perder uma batalha judicial com a empresa belga Astra Oil. A aquisição causou prejuízo de 1,2 bilhão de dólares à petroleira brasileira. Dilma afirmou que o conselho aprovou o negócio porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho" elaborado pelo então diretor da Área Internacional Nestor Cerveró.
    Sob a mira do governo - Na audiência anterior, quando foi ouvido pela CPI do Senado, mantida sob as rédeas do governo, o executivo poupou Dilma. O depoimento foi prestado ainda sob a tensão provocada por uma entrevista concedida dias antes por Gabrielli ao jornal O Estado de S. Paulo, quando o executivo afirmou que Dilma "não pode fugir de sua responsabilidade" sobre Pasadena. ‘Enquadrado’ pelos governistas da comissão, Gabrielli amenizou o tom no Senado, afirmando que a presidente não poderia ser responsabilizada pelo negócio. Embora nesta quarta ele seja ouvido pela comissão de inquérito composta também por parlamentares de oposição, a ida de Gabrielli não causa grandes expectativas: a audiência foi chancelada por aliados ao governo, o que é um prenúncio de que o executivo deve voltar a proteger as transações da estatal

    SUPREMO PODE ALIVIAR PENA DOS MENSALEIROS

    O advogado Luís Roberto Barroso, durante sabatina no Senado
    RELATOR – Ministro Luís Roberto Barroso, segundo quem o julgamento do mensalão 'foi um ponto fora da curva', agora vai comandar a execução das penas dos condenados (ABr)
    A última sessão do semestre, antes do recesso judiciário de julho, poderá deixar uma marca na Suprema Corte brasileira. E, ao que tudo indica, não deverá ser uma marca boa. Sob o comando do ministro Ricardo Lewandowski e a relatoria de Luís Roberto Barroso, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá mudar nesta quarta-feira os rumos da execução das penas dos mensaleiros condenados pelo maior esquema de corrupção do país.
    A pedido de Luís Roberto Barroso, o Supremo vai analisar hoje o pedido de quatro mensaleiros – José Dirceu, Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Rogério Tolentino – para ter direito a sair do presídio imediatamente para trabalhos externos. Alguns mensaleiros condenados a regime semiaberto chegaram a conseguir a permissão de trabalho externo na Vara de Execuções Penais, mas o presidente do STF e relator do mensalão até então, Joaquim Barbosa, revogou o benefício. Por lei – e o artigo 37 da Lei de Execução Penal é claro – serviços fora do presídio dependem de fatores como aptidão, disciplina e responsabilidade, mas, sobretudo, do cumprimento mínimo de um sexto da pena – algo que nenhum deles, por enquanto, alcançou.
    Aos advogados dos condenados defendem uma interpretação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que há mais de dez anos dispensou o cumprimento de uma parcela da sentença para liberar o trabalho externo. A decisão de pautar a análise desses recursos foi anunciada por Barroso um dia depois de ter herdado, por sorteio, a relatoria – na prática, o acompanhamento da execução das penas – dos mensaleiros.  "Quem está preso tem pressa", afirmou, na ocasião, sem rodeios.

    A posição de Barroso não chega a ser mistério na corte: antes de chegar ao STF, ele classificou o julgamento do mensalão como um “ponto fora da curva”. Mais tarde, já no cargo de ministro, foi decisivo para reverter a condenação dos réus pelo crime de formação de quadrilha, o que atenuou as penas.
    Caso o plenário decida pela liberação do trabalho externo, os mensaleiros poderão acelerar o tempo de cumprimento das penas – um dia de pena a cada três trabalhados. Delúbio Soares, por exemplo, deve receber aval para voltar a dar expediente na Central Única dos Trabalhadores (CUT) e José Dirceu deverá começar a trabalhar como assessor do criminalista José Gerardo Grossi, em um escritório de Brasília. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é favorável ao trabalho externo dos mensaleiros.
    Prisão domiciliar – O STF também vai discutir se o ex-presidente do PT José Genoino pode cumprir em regime domiciliar os quatro anos e oito meses de prisão a que foi condenado. Barroso já afirmou no passado “lamentar” a condenação do petista, que foi submetido a uma cirurgia cardíaca. Todos os laudos redigidos por cardiologistas, a pedido do STF e da Câmara dos Deputados, concluíram até hoje que o estado de saúde do petista é estável e não há necessidade de tratamento em casa ou em um hospital

    JOSÉ GENOINO PEDE AO STF PRISÃO DOMICILIAR


    Arquivo: Ex-deputado José Genoíno, condenado e preso no processo do mensalão, é visto na casa alugada onde cumpria prisão domiciliar provisória em janeiro deste ano (Pedro Ladeira/Folhapress)
    Arquivo: Ex-deputado José Genoíno, condenado e preso no processo do mensalão, é visto na casa alugada onde cumpria prisão domiciliar provisória em janeiro deste ano

    Os advogados do ex-deputado José Genoino, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, apresentaram nesta terça-feira (24/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) novos exames médicos para reafirmar que ele deve cumprir prisão domiciliar definitiva. O recurso de Genoino para voltar para casa será julgado amanhã (25) pelo plenário da Corte.

    Na petição, a defesa reafirma que o estado de saúde do ex-deputado piorou depois de ele ter retornado à prisão, por determinação do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Os advogados anexaram ao pedido um laudo de médico particular.

    “Desde seu retorno ao presídio, o sentenciado apresentou alguns episódios de crise hipertensiva, com elevação importante dos níveis pressóricos, que requereram uso de medicação de urgência e perda gradativa do controle terapêutico da anti-coagulação", justifica a defesa no recurso.

    Nesta quarta-feira, além de julgar o pedido de Genoino para voltar a cumprir prisão domiciliar, o Supremo vai julgar os recursos dos condenados na Ação Penal 470, que tiveram o direito a trabalho externo cassado ou negado pelo ministro Joaquim Barbosa.

    No dia 30 de abril, o ex-deputado federal por São Paulo e ex-presidente do PT voltou a cumprir pena no Presídio da Papuda, no Distrito Federal. Genoino foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, mas cumpriu prisão domiciliar temporária, de dezembro do ano passado a 1º de maio deste ano, devido ao seu estado de saúde. Ele tem problemas cardíacos.

    O ex-parlamentar teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a ser levado para o Presídio da Papuda. Mas, por determinação de Barbosa, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária. Durante o período em que ficou na Papuda, Genoino passou mal e foi levado para um hospital particular

    PMDB CONFIRMA: SARNEY NÃO SERÁ CANDIDATO


    A decisão do senador José Sarney (PMDB-AP) de não se candidatar à reeleição ao Senado foi comunicada por ele nesta terça-feira (24/6) ao presidente nacional de seu partido, o também senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Segundo Raupp, Sarney explicou que ele e a mulher, Marly, têm passado por vários problemas de saúde que requerem mais atenção.

    Sarney foi presidente do Senado quatro vezes e tem 59 anos de vida pública (Jefferson Rudy/CB/D.A Press)
    Sarney foi presidente do Senado quatro vezes e tem 59 anos de vida pública

    “Eu conversei com ele hoje pela manhã e ele me disse que já cumpriu a missão dele na política, pelo menos por enquanto. Falou da questão da saúde da família, da dona Marly, dele inclusive, que tem tido muitas dificuldades de saúde nos últimos tempos. Então ele está abrindo mão de disputar a candidatura ao Senado pelo estado do Amapá e o Gilvam Borges deve sair no lugar dele”, disse o presidente do PMDB.

    Segundo Raupp, todos no partido estão “tristes” com a decisão de Sarney, mas acreditam que ele continuará atuando como “conselheiro” e trabalhando pelas alianças eleitorais. Sobre os boatos de que a decisão foi motivada pelo receio de derrota, Raupp disse que pesquisas feitas pelo PMDB demonstram o contrário. “Nós fizemos uma pesquisa no ano passado que apontava que ele tinha 53% [de aprovação]. Ele também aparecia em primeiro lugar como o responsável pelos grandes investimentos do governo federal no Amapá. Sinceramente, se ele fosse para a campanha, acho que ele conseguiria vencer a eleição, sim. Para quem já está consolidado, quanto mais candidatos saírem melhor”, disse.

    Aliados de Sarney evitaram comentar a saída dele da vida pública, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que não quis falar sobre o assunto com a imprensa hoje. Outros, entretanto, disseram esperar que ele reveja a decisão. “Se for real, eu espero que essa decisão possa ser revista”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho

    GOLEAMOS OS PESSIMISTAS CONTRA A COPA


    Dilma: 'o que vemos são voos sem atrasos, hotéis recebendo turistas, vemos festa e segurança'
    Dilma: "o que vemos são voos sem atrasos, hotéis recebendo turistas, vemos festa e segurança"


    A presidente Dilma Rousseff aproveitou a Convenção Nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), no Senado Federal, para rebater os críticos à realização da Copa do Mundo. “O Brasil se coloriu de verde e amarelo, e por toda parte foi enterrado o “não vai ter Copa”. Nas ruas, nos estádios, nas Fan Fests. Ficou clara a imensa capacidade de ser hospitaleiro do povo brasileiro”, discursou a presidente.

    “Os estádios estão prontos. Neles as torcidas comemoram os 109 gols dessa Copa (...). E o que nós vemos? Vemos os vôos sem atrasos, vemos os hotéis recebendo os turistas, vemos festas, vemos a segurança, que é de responsabilidade do governo federal e dos estados, absolutamente sob controle, tanto para as seleções como para os nossos visitantes”, completou ela. "Demos de goleada nos pessimistas", disse. O evento serviu para reafirmar o apoio do PROS à candidatura da petista, que recebeu 94,5% dos votos dos participantes do encontro.

    A presidente também aproveitou para comemorar a classificação do Brasil na fase de grupos da competição. “Hoje é o dia seguinte da retumbante classificação do Brasil para as oitavas de final da Copa do Mundo. A nossa Seleção venceu desafios, derrotou o pessimismo e mais uma vez mostrou que o Brasil está entre os melhores do futebol mundial”, disse ela. Dilma também usou o encontro com os aliados para dar a tônica do discurso a ser utilizado durante a campanha eleitoral. “Nós vamos fazer uma campanha baseada na paz, mas cheia de vigor. (uma campanha) Do otimismo contra esse pessimismo que até algumas semanas atrás era responsável pela visão de que a Copa do Mundo seria um caos”, indicou ela

    terça-feira, 24 de junho de 2014

    BRASIL REVERÁ O CHILE EM MINAS GERAIS


    Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Salvador
    Neymar comemora gol contra Camarões no Mané Garrincha, em Salvador - Ivan Pacheco/VEJA.com
    "Já pude ver bem as dificuldades que nossa equipe enfrenta nesse confronto e as qualidades que os chilenos apresentam. Quero rever os jogos anteriores e observar melhor os atuais”, disse Felipão
    No jogo que inaugura as oitavas de final da Copa do Mundo, no sábado, às 13 horas (de Brasília), no Mineirão, o Chile vai se transformar no adversário mais frequente da seleção brasileira sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Na atual passagem do técnico pelo cargo, será a terceira vez que a seleção treinada por Jorge Sampaoli cruza seu caminho. No ano passado, foram duas partidas contra os chilenos, ambas bastante duras. Uma delas, curiosamente, aconteceu no próprio Mineirão, em abril de 2013, com um empate, 2 a 2. Como o amistoso foi reuniu apenas os atletas que atuavam no futebol sul-americano, há poucos remanescentes daquele encontro na Copa (pelo lado do Brasil, Henrique, Paulinho e Neymar, que marcou um gol). Um teste mais proveitoso foi o amistoso que fechou a temporada, em novembro, em Toronto. O Brasil venceu por 2 a 1, mas teve dificuldades contra os chilenos. Entre os brasileiros que participaram daquela partida, só Robinho e Lucas Leiva não estão na Copa. Do lado chileno, muitos atletas já tiveram a experiência de enfrentar o Brasil – ou seja, os times se conhecem bem, e Felipão espera conseguir superar Sampaoli na hora de aproveitar as lições de 2013

    SECRETÁRIO GERAL DA PRESIDÊNCIA COMETE CRIME

    Carvalho na mesa com o MST: esse é seu lado, digamos, moderado. Ele fez coisa bem pior...
    Carvalho na mesa com o MST: esse é seu lado, digamos, moderado. Ele fez coisa bem pior…
    Há muito tempo, talvez há muitos anos, a imprensa brasileira não publicava uma informação tão importante como a que está na Folha de hoje e foi tornada pública ontem à tarde, quando a Folha Online a colocou no ar. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, esteve no ninho dos black blocs. Ele próprio contou isso à repórter Natuza Nery. Na segunda, o jornal trouxe uma entrevista com o chefão petista — na prática, o mais poderoso no PT depois de Lula. Ele dizia que os xingamentos e vaias a Dilma não partiram só da elite branca de São Paulo — claro que não! Mas aí não havia novidade. Repetia a uma jornalista séria o que já havia dito a gente cuja seriedade é regulada pelo caixa. A revelação de que esteve com os black blocs? Bem, esta, sim, é inédita. E, segundo os meus valores ao menos — e, creio, os de milhões de pessoas —, escandalosa e imoral. Nota-se, no entanto, por sua fala, que ele parece se orgulhar de seu feito. Sua percepção indecorosa da realidade está em cada palavra, em cada linha, em cada detalhe.
    O que Carvalho queria com a turma do quebra-quebra? Segundo ele, conversar para fazer um “diagnóstico”. Ah, bom. O ministro se refere ao grupo segundo o jargão dos baderneiros, chamando-os de “partidários da tática ‘black bloc’”. Tática? Quem tem tática tem também uma estratégia. O método dos arruaceiros é quebrar tudo. O objetivo, eles já deixaram claro, é mudar o poder. Logo, Carvalho está admitindo, por imposição da lógica, que ele reconhece a prática como legítima, embora diga discordar dela. E o faz em tom professoral. Nas reuniões com os mascarados — que certamente estavam de cara limpa quando falaram com o ministro —, o petista tentou convencê-los de que a violência só os isolava. Coitadinhos! O professor Carvalho queria ser didático.
    Mais grave do que isso: na entrevista à Folha, o ministro dá mostras de condescender com os motivos dos black blocs, Diz ele que a tal tática “tem a convicção de uma violência praticada pelo Estado através das omissões nos serviços públicos e denuncia muito a violência policial na periferia, com aquela história de que, na periferia, as balas não são de borracha, são metálicas e letais. E que a única forma de reagir contra essa violência é também com a violência, que eles dizem que não é contra pessoas, mas contra símbolos e objetivos. Por isso escolhem bancos e concessionárias de carros importados”.

    PLANALTO CORRE PARA NÃO PERDER MAIS ALIADOS

    A presidente Dilma Rousseff durante Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília
    A presidente Dilma Rousseff durante Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
    O rompimento do PTB, que decidiu apoiar Aécio Neves nas eleições de outubro, e o revés no Rio de Janeiro acenderam um alerta vermelho no Palácio do Planalto: a cúpula petista avalia que a presidente Dilma Rousseff não pode perder o apoio – e os minutos de propaganda no rádio e TV – de mais nenhuma legenda. Para segurar o PR na base aliada, cogita-se até ceder à pressão do partido, que pede a cabeça do atual ministro dos Transportes, César Borges. As informações são de reportagem desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo.
    O titular dos Transportes no início do governo Dilma era o atual senador e presidente do PR Alfredo Nascimento, demitido em julho de 2011, após VEJA ter revelado um amplo esquema de corrupção e troca de favores envolvendo o ministério e autarquias. Em um gesto de aproximação com a sigla, à qual Borges é filiado, a presidente reconduziu o PR ao comando dos Transportes em abril do ano passado. A indicação de Borges, contudo, desagradou a bancada do PR na Câmara – foi um nome escolhido pessoalmente por Dilma e não tem boa circulação entre os parlamentares da própria legenda.
    Dilma não quer abrir mão de Borges. Segundo o jornal, a orientação no Planalto é negociar com o PR, mas preservar o ministro. Na cúpula do PT, contudo, já há quem defenda a demissão do titular dos Transportes.
    Rebeliões - Além da indefinição do PR, irritou a presidente o apoio do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) ao movimento "Aezão", que começou como uma vingança do PMDB no Rio à campanha da presidente e ganhou corpo, transformando-se em um grande arco de apoio à candidatura de Aécio Neves no Estado. Foi anunciado oficialmente nesta segunda-feira que PSDB, DEM e PPS vão aderir à coligação majoritária para a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que põe a serviço dos tucanos a máquina partidária peemedebista presente nos 92 municípios fluminenses.
    Segundo o jornal O Globo, o comando de campanha de Dilma foi pego de surpresa pela entrada do vereador Cesar Maria (DEM) na chapa de Pezão – e parte dos petistas já não acredita que Cabral, Pezão e Eduardo Paes farão campanha para a presidente. Diante deste cenário, informa a Folha, o Planalto evita até dar como certo o apoio de outros aliados, como PP e PSD

    DEPUTADOS DÃO GOLPE COM FÉRIAS DE SERVIDORES

        
    No centro do poder, em Brasília, parlamentares encontraram um novo esquema para onerar a máquina pública. Em uma canetada, servidores lotados nos gabinetes da Câmara dos Deputados veem os salários aumentarem em até 1.300% poucos dias antes de serem exonerados. Apesar de recente, a alteração no contracheque garante ao funcionário o dinheiro de férias não gozadas, além de um terço desse benefício, calculado em cima do maior e último valor. Nos últimos 12 meses, a prática, que não é ilegal, pode ter causado prejuízo de pelo menos R$ 1.131.443,10 aos cofres públicos.

    Levantamento do Centro de Coordenação e Documentação da Câmara, feito a pedido do Correio a partir da Lei de Acesso à Informação, revela a frequência nas alterações salariais dos servidores antes das demissões. Nos últimos 12 meses, foram registrados 422 casos de funcionários que tiveram vencimentos aumentados, 198 deles foram dispensados num intervalo de dois meses após o reajuste. A saída desses servidores, porém, é momentânea. Passados 90 dias, prazo estipulado pela Casa da recontratação, a maioria retorna para o mesmo gabinete com salários inferiores aos da demissão.

    Lotada no gabinete do deputado Alberto Filho (PMDB-MA), a servidora Áurea Helena Oliveira Matos viu o salário passar de R$ 2.220 para R$ 10.190 em agosto do ano passado. Dois dias após o reajuste de 359%, Áurea foi demitida. Vencido o tempo legal para a recontratação, Áurea voltou para o mesmo gabinete, novamente com salário de R$ 2.220. Lá, outras duas pessoas tiveram aumento, saíram e também retornaram após três meses. Em um dos casos, o reajuste foi de 712%, de R$ 1.470 para R$ 12.940. Em conversa com o Correio, na segunda-feira da semana passada, Áurea justificou a rápida saída do gabinete para “fazer uma cirurgia”. No mesmo dia, o chefe de gabinete, Jaime Ferreira Lopes, confirmou se tratar de um “acordo” para garantir aos servidores uma indenização na demissão porque funcionários comissionados “não têm direito a indenizações trabalhistas”. Jaime prometeu ainda colocar a reportagem em contato com o deputado, mas não atendeu mais às ligações do Correio.

    Regras
    Ao ser exonerado, o servidor tem direito a receber a indenização referente às férias não gozadas, além de um terço de férias, tudo em cima do maior salário. Se no contracheque a remuneração é de R$ 12.940 e o servidor tem dois meses de férias acumuladas, ele recebe R$ 25.880, mais um terço de férias de R$ 4.313, chegando a um total de R$ 30 mil. Acordado com o parlamentar, três meses depois, o servidor é novamente contratado e retorna para as atividades normalmente.

    EX PRESIDENTE SARNEY ENSAIA APOSENTADORIA


     ( Iano Andrade/CB/D.A Press)

    Aliados do senador José Sarney (PMDB-AP) afirmaram ontem que o ex-presidente da República não concorrerá a mais um mandato em outubro, encerrando mais de meio século de vida pública. O jornalista Cleber Barbosa, que trabalha com o peemedebista no estado, afirmou, em nota oficial, que Sarney, aos 84 anos, “confirmou aquilo que seus amigos mais próximos e os aliados em Macapá foram comunicados na semana passada”. O presidente estadual do PMDB, Gilvan Borges, acrescentou que o parlamentar já comunicou a decisão à presidente Dilma Rousseff (PT) durante viagem de ambos a Macapá. Nem o gabinete em Brasília, tampouco a direção nacional do PMDB, confirmam as informações.

    Oficialmente, a justificativa seria o fato de dona Marli Sarney estar doente. “É chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, teria dito Sarney, segundo a nota divulgada pelo assessor local. A presença dele na convenção do PMDB estadual, dia 27, está confirmada pela assessoria em Brasília.

    Sarney já vinha demonstrando sinais de incerteza sobre concorrer a mais um mandato. Na semana passada, ele reuniu-se com integrantes da direção partidária para avaliar o quadro local. “Ele tem a exata noção de que enfrentará uma eleição muito dura, mais ainda do que a que enfrentou em 2006”, disse um dirigente do partido.

    Algumas indicações locais também demonstravam uma mudança de rumos. O deputado federal Davi Alcolumbre (DEM-AP), bastante ligado ao ex-presidente, começou a divulgar a notícia de que pretende concorrer ao Senado. O nome dele, inclusive, aparece nas pesquisas de intenção de voto realizadas por institutos de pesquisa do Amapá

    GOVERNADOR DO RIO TERÁ TRÊS PALANQUES NAS ELEIÇÕES

    Cesar Maia (E) aceitou o convite de Pezão para compor a chapa: 'A minha decisão não demorou mais de 10 segundos' (Gustavo Miranda/Agencia O Globo)
    Cesar Maia (E) aceitou o convite de Pezão para compor a chapa: "A minha decisão não demorou mais de 10 segundos"

    Aliado da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), confirmou, na manhã de ontem, a adesão do PSDB, PPS e DEM a sua candidatura na tentativa de se reeleger. Com a saída de Sérgio Cabral (PMDB), que liderava as pesquisas de intenção de voto na corrida pelo Senado, entra o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM). O movimento “Aezão”, que prega o voto combinado em Pezão e no senador Aécio Neves (PSDB), foi lançado no início do mês pelo presidente do PMDB no Rio de Janeiro, Jorge Picciani.

    Ontem, o governador afirmou que seu palanque contará com três presidenciáveis: Dilma Rousseff, Aécio Neves e o pastor Everaldo (PSC). “Tenho o maior carinho pela presidente Dilma. Nós sabemos que na política há esse dinamismo. Meu palanque no Rio de Janeiro vai ser com os três candidatos”, afirmou.

    Pezão aproveitou a oportunidade para atacar o PT local. “Não fomos nós que rompemos a aliança. O PT participou do governo durante sete anos e três meses. Antes, tinha duas prefeituras. Agora, tem 11. Tem o vice-prefeito da cidade do Rio. Tem um senador eleito na nossa aliança (Lindbergh). Rompeu e abriu essa possibilidade de ter outros palanques”, afirmou.

    Cesar Maia aceitou o convite para disputar o Senado na chapa de Pezão com o objetivo de reforçar o palanque de Aécio Neves no Rio de Janeiro. “A minha decisão não demorou mais de 10 segundos”, brincou. A nova aliança foi selada no domingo, no apartamento de Aécio Neves, em Ipanema, Zona Sul da cidade.

    segunda-feira, 23 de junho de 2014

    TENSA SELEÇÃO TENTA IMPEDIR ELIMINAÇÃO

     
    Seleção Brasileira durante o treino, em Brasília
    Seleção Brasileira durante o treino, em Brasília - Ivan Pacheco
    “Entraremos no jogo sabendo que temos dois de três resultados, o empate e a vitória. A ansiedade é normal, mas ela não pode levar o jogador a cometer mais erros.”
    É um cenário que o torcedor brasileiro não quer nem imaginar. No início da noite desta segunda-feira, 12 dia de Copa do Mundo, a seleção brasileira de futebol pode estar eliminada da competição. A chance é pequena, diga-se. Afinal, ao Brasil basta uma vitória ou um empate contra Camarões, às 17 horas (de Brasília), no Estádio Nacional Mané Garrincha, para avançar às oitavas de final. O time do técnico Luiz Felipe Scolari está completo, sem atletas suspensos ou lesionados, e o adversário da partida na capital federal concorre a outro título neste Mundial, o de pior equipe do torneio. Ainda assim, Felipão tenta enxergar um lado positivo na tensão que antecede a partida, dizendo que esse risco deixará o time mais concentrado e focado, mais atento a erros que possam complicar a partida. “Já tivemos o exemplo de grandes seleções que não se classificaram nesta Copa”, lembrou ele na véspera do jogo em Brasília. “Sabemos que nós também precisaremos entrar com alto nível de atenção na partida, pois também não estamos já garantidos na segunda fase.”

    CONSELHOS POPULARES SÃO FRACOS NO BRASIL


    O ministro Gilberto Carvalho: participação por decreto
    O ministro Gilberto Carvalho: participação por decreto (Pedro Ladeira/Folhapress)
    Um dos argumentos de quem defende o decreto bolivariano de Dilma Rousseff – o de número 8.243, que estimula todos os órgãos da administração federal a abrigar conselhos de "representantes da sociedade civil" – é que o Brasil já conta com milhares de entidades desse tipo, em todas as camadas de governo. É verdade. Mas a experiência acumulada nesses fóruns não é nada animadora: eles têm muito pouco de "democrático" e um conceito bem particular do que seja "sociedade civil".
    O decreto foi assinado por Dilma há um mês. A pretensão de que uma "política nacional de participação social" pudesse ser implementada pelo Executivo numa canetada causou forte reação no Congresso. Oposição e base aliada ameaçaram barrar o decreto, mas o governo promete resistir. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e czar dos movimentos sociais no Planalto, alega questões de princípio (o desejo de "fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas"), mas, num ano eleitoral, é evidente o propósito de cooptar ou recooptar sindicatos, ONGs e outras organizações sociais para o projeto petista

    P.T. REFORÇA CAMPANHA COM DISCURSO "NÓS CONTRA ELES"

    Lula e a presidente Dilma Rousseff durante a Convenção Nacional do PT, em Brasília
    Lula e a presidente Dilma Rousseff durante a Convenção Nacional do PT, em Brasília (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)
    Depois da convenção que oficializou a candidatura de Dilma Rousseff ao segundo mandato, a cúpula do PT quer ampliar a influência na campanha da presidente. O partido já decidiu criar um grupo de trabalho, formado por cinco dirigentes, para fazer a "ponte" entre a Executiva Nacional e o comitê de Dilma. Duas correntes internas, consideradas mais radicais, também reivindicam espaço na coordenação da campanha. O PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva querem, na prática, imprimir um tom mais à esquerda na disputa. É por isso que temas como a regulação dos meios de comunicação e a reforma política terão papel de destaque, reforçando o discurso do "nós contra eles" que tem sido adotado pela sigla.

    Com a popularidade em queda, Dilma aceitou sugestões para incorporar em seu programa de governo assuntos dos quais preferia manter-se afastada, como o projeto petista de "democratização da mídia" - termo utilizado pela sigla para mascarar uma intenção bastante clara: controlar o que é veiculado pela imprensa no país. Um projeto sobre o tema foi preparado pelo então titular da Comunicação Social, Franklin Martins, no governo Lula, mas acabou engavetado por ordem de Dilma. O ex-ministro hoje integra o núcleo da campanha dilmista. Atualmente, o comando responsável pela estratégia da disputa abriga só o PT. A coligação de apoio à presidente, no entanto, deve reunir dez partidos. Todos cobram assento na coordenação da campanha, em especial os dirigentes do PMDB.
    Na quinta-feira, a Executiva petista vai decidir se inclui ou não mais dois secretários do PT no grupo de trabalho que atuará como uma espécie de "comitê operacional". Os indicados de correntes radicais são Bruno Elias (Movimentos Populares), da Articulação de Esquerda, e Maristella Mattos (Mobilização), da Militância Socialista. Os outros cinco nomes já aprovados, de tendências moderadas, são Geraldo Magela (secretário-geral do PT), Carlos Henrique Árabe (Formação Política), Florisvaldo Souza (Organização), Mônica Valente (Relações Internacionais) e Alberto Cantalice (vice-presidente). O PT também quer que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho - responsável pelo diálogo com movimentos sociais -, integre a coordenação da campanha. Até o fim da Copa, porém, ele fica no Planalto.
    Estratégia - Tanto o governo quanto o PT trabalham com a polarização da disputa contra o candidato do PSDB, Aécio Neves. O partido vai insistir na comparação entre as duas siglas e tentar associar o tucano às hostilidades contra o governo Dilma. A estratégia já ficou clara na convenção de sábado, quando a sigla deu uma amostra do que será o tom da campanha: como se o PT fosse oposição e não governo, os membros do partido gastaram mais tempo atacando os adversários e os governos do PSDB do que falando dos méritos da gestão Dilma.
    O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, reforça a tese da comparação ao destacar o "processo intenso de disputa política entre dois projetos". "Um que vem transformando a realidade da maioria do povo e outro que, quando governou o Brasil, expressou aquilo que o brasileiro menos gosta: desemprego, salário sem aumento e arrocho tributário."
    A candidatura de Eduardo Campos (PSB) tem sido tratada com certo desdém pelo PT. "Acho que a terceira via precisa se expressar. Não se expressou até agora", ironizou Berzoini. Aécio, por sua vez, rebate as comparações e diz que os petistas estão "desesperados" e não sabem qual estratégia adotar. "Até eles agora resolveram falar em mudanças. É um governo que está nos seus estertores."

    SUPREMO JULGA NA QUARTA RECURSOS DOS MENSALEIROS


     (Gervásio Baptista/SCO/STF)

    O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para quarta-feira (25) o julgamento dos recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que tiveram o trabalho externo cassado pelo presidente da Corte, Joaquim Barbosa. A próxima semana também será marcada pela despedida de Barbosa, que vai se aposentar e deixar a Corte.

    Com a liberação dos recursos para julgamento pelo novo relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, o plenário vai julgar os recursos do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-deputado federal Romeu Queiroz e do ex-advogado Rogério Tolentino. Também será julgado o pedido do ex-deputado José Genoino para voltar a cumprir prisão domiciliar.

    Na terça-feira (17), Barbosa renunciou à relatoria da Ação Penal 470. O ministro alegou que os advogados dos condenados passaram a atuar politicamente no processo, por meio de manifestos e insultos pessoais. O presidente do Supremo citou o fato envolvendo Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoino. Na semana passada, Barbosa determinou que seguranças do STF retirassem o profissional do plenário. Os recursos só chegaram ao plenário depois de redistribuídos para Barroso.
     
    A defesa dos condenados que tiveram trabalho externo cassado aguarda o julgamento dos recursos protocolados contra a decisão de Barbosa pelo plenário do STF. No início deste mês, em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a revogação da decisão que cassou o benefício de Dirceu e Delúbio Soares.

    O procurador considerou acertado o entendimento de que não é necessário o cumprimento de um sexto da pena, firmado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para Janot, não há previsão legal que exija o cumprimento do lapso temporal para concessão do trabalho externo a condenados em regime semiaberto.

    No mês passado, para cassar os benefícios, Barbosa entendeu que Dirceu, Delúbio e outros condenados no processo não podem trabalhar fora da prisão por não terem cumprido um sexto da pena em regime semiaberto. Com base no entendimento, José Dirceu nem chegou a ter o benefício autorizado para trabalhar em um escritório de advocacia em Brasília.

    De acordo com a Lei de Execução Penal, a concessão do trabalho externo deve seguir requisitos objetivos e subjetivos. A parte objetiva da lei diz que o condenado deve cumprir um sexto da pena para ter direito ao benefício. "A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de um sexto da pena", diz o Artigo 37.

    Porém, a defesa dos condenados no processo do mensalão alega que o Artigo 35 do Código Penal não exige que o condenado a regime inicial semiaberto cumpra um sexto da pena para ter direito ao trabalho externo.

    Desde 1999, após uma decisão do STJ, os juízes das varas de Execução Penal passaram a autorizar o trabalho externo ainda que os presos não cumpram o tempo mínimo de um sexto da pena para ter direito ao benefício. De acordo com a decisão, presentes os requisitos subjetivos, como disciplina e responsabilidade, o pedido de trabalho externo não pode ser rejeitado.

    No entanto, afirma que o entendimento do STJ não vale para condenações em regime inicial semiaberto. Para justificar a aplicação integral do Artigo 37, Barbosa cita decisões semelhantes aprovadas em 1995 e em 2006, no plenário da Corte

    PLANALTO TENTA ACABAR COM DEBANDADA DE ALIADOS


    Reunião de Dilma Rousseff com líderes da base aliada, no início do governo: o Planalto teme perder o apoio de três partidos (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 2/3/11)
    Reunião de Dilma Rousseff com líderes da base aliada, no início do governo: o Planalto teme perder o apoio de três partidos


    Três partidos, totalizando quase oito minutos de propaganda eleitoral diária de rádio e televisão, decidirão, até o dia 30 deste mês, se apoiarão a reeleição da presidente Dilma Rousseff. PP e PSD têm convenções partidárias marcadas para esta quarta-feira, dia 25. O PR decidiu transferir a decisão para a reunião da Executiva Nacional, em 30 de junho — algo que poderá acontecer também com o PSD, se o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, decidir por um tempo maior para pensar o futuro da legenda.

    A princípio, todos eles devem coligar-se com Dilma. Mas essa também era a expectativa em relação ao PTB, até os petebistas mudarem de ideia e decidirem apoiar a candidatura de Aécio Neves (MG) ao Palácio do Planalto, transferindo para o senador mineiro um minuto e 16 segundos diários de propaganda eleitoral. “O PTB fez a mesma coisa que nós fizemos. Reunimos o partido com a presidente Dilma Rousseff e prometemos apoio à ela. E olha que nem servimos comes e bebes no encontro”, ironizou um dos articuladores políticos do PSD.



    Durante a convenção nacional do PT que homologou a candidatura de Dilma Rousseff, no último sábado, Kassab foi vaiado toda vez que teve seu nome anunciado pelo cerimonial. Os tucanos não acham que isso possa influenciar na decisão. Até porque, segundo aliados de Kassab, um gesto mais forte para atrair o PSD não foi dado pelo PSDB de São Paulo: o governador Geraldo Alckmin decidiu por fechar uma coligação com o PSB na vice, preterindo o próprio Kassab. “Se Kassab fosse vice em São Paulo, ele puxaria o PSDB para o colo de Aécio Neves”, admitiu uma pessoa próxima.

    Dos cinco estados onde o PSD é mais forte — São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná —, só o diretório baiano é petista. Cariocas, mineiros e paranaenses são aecistas e São Paulo vai seguir o que Kassab decidir. Mas esta é a unidade da Federação que conta com 25% dos votos na convenção, o que a torna fundamental no placar final. “Por enquanto, nada indica que o apoio à reeleição da presidente Dilma seja rejeitado. Mas, se Kassab sugerir, por exemplo, o adiamento da definição para o dia 30, dando mais tempo até mesmo para que as negociações em São Paulo se definam, duvido que alguém recuse a proposta”, sugeriu um integrante da cúpula pessedista.    
    Reunião de Dilma Rousseff com líderes da base aliada, no início do governo: o Planalto teme perder o apoio de três partidos


    Três partidos, totalizando quase oito minutos de propaganda eleitoral diária de rádio e televisão, decidirão, até o dia 30 deste mês, se apoiarão a reeleição da presidente Dilma Rousseff. PP e PSD têm convenções partidárias marcadas para esta quarta-feira, dia 25. O PR decidiu transferir a decisão para a reunião da Executiva Nacional, em 30 de junho — algo que poderá acontecer também com o PSD, se o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, decidir por um tempo maior para pensar o futuro da legenda.

    A princípio, todos eles devem coligar-se com Dilma. Mas essa também era a expectativa em relação ao PTB, até os petebistas mudarem de ideia e decidirem apoiar a candidatura de Aécio Neves (MG) ao Palácio do Planalto, transferindo para o senador mineiro um minuto e 16 segundos diários de propaganda eleitoral. “O PTB fez a mesma coisa que nós fizemos. Reunimos o partido com a presidente Dilma Rousseff e prometemos apoio à ela. E olha que nem servimos comes e bebes no encontro”, ironizou um dos articuladores políticos do PSD.

    Durante a convenção nacional do PT que homologou a candidatura de Dilma Rousseff, no último sábado, Kassab foi vaiado toda vez que teve seu nome anunciado pelo cerimonial. Os tucanos não acham que isso possa influenciar na decisão. Até porque, segundo aliados de Kassab, um gesto mais forte para atrair o PSD não foi dado pelo PSDB de São Paulo: o governador Geraldo Alckmin decidiu por fechar uma coligação com o PSB na vice, preterindo o próprio Kassab. “Se Kassab fosse vice em São Paulo, ele puxaria o PSDB para o colo de Aécio Neves”, admitiu uma pessoa próxima.

    Dos cinco estados onde o PSD é mais forte — São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná —, só o diretório baiano é petista. Cariocas, mineiros e paranaenses são aecistas e São Paulo vai seguir o que Kassab decidir. Mas esta é a unidade da Federação que conta com 25% dos votos na convenção, o que a torna fundamental no placar final. “Por enquanto, nada indica que o apoio à reeleição da presidente Dilma seja rejeitado. Mas, se Kassab sugerir, por exemplo, o adiamento da definição para o dia 30, dando mais tempo até mesmo para que as negociações em São Paulo se definam, duvido que alguém recuse a proposta”, sugeriu um integrante da cúpula pessedista. 

    CABRAL DESISTE DO SENADO PARA APOIAR AÉCIO NEVES

    O embarque na caravana do senador mineiro e presidenciável Aécio Neves (PSDB) será anunciado nesta segunda-feira (23/6) (Joel Rodrigues/Agência O Globo)
    O embarque na caravana do senador mineiro e presidenciável Aécio Neves (PSDB) será anunciado nesta segunda-feira (23/6)


    Numa reação à aliança firmada entre o PT e o PSB, no Rio de Janeiro, o ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB) desistiu de se candidatar ao Senado na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). O embarque na caravana do senador mineiro e presidenciável Aécio Neves (PSDB) será anunciado hoje. No lugar de Cabral, que liderava as pesquisas de intenção de voto, entra o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM). Com a adesão de Cabral ao movimento chamado Aezão, a presidente Dilma Rousseff (PT), que já tinha sinalizado que não pediria voto para nenhum candidato no Rio, fará campanha ao lado do petista Lindberg Farias (PT).

    A decisão foi tomada ontem pela manhã numa reunião no apartamento de Aécio Neves, no Rio de Janeiro. Além do tucano, participaram do encontro Sérgio Cabral, Pezão, Cesar Maia e o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani, responsável pela organização do Aezão. No início do mês, Picciani fez um almoço festivo para pregar o voto em Aécio Neves e na reeleição de Pezão. Prefeitos de oito cidades fluminenses aderiram. O evento ocorreu na mesma semana da convenção nacional do PMDB, que oficializou o nome de Michel Temer como vice na chapa da presidente Dilma Rousseff.

    Com a nova aliança, o governador do Rio de Janeiro ganha aproximadamente três minutos na propaganda eleitoral gratuita. De acordo com o balanço peemedebista, mais de mil candidatos a deputado federal e estadual podem aderir à candidatura tucana na corrida presidencial. Em nota, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), aliado de Cabral, disse que a decisão do ex-governador formava um “bacanal eleitoral”.

    domingo, 22 de junho de 2014

    BRASIL E ARGENTINA UNIDOS POR PROBLEMAS E DÚVIDAS

  • O duro empate entre Brasil e México, no Castelão, em Fortaleza, na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo
    O duro empate entre Brasil e México, no Castelão, em Fortaleza, na segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo - Ivan Pacheco/VEJA.com
    Se confirmarem seu favoritismo nesta semana, Brasil e Argentina continuam em lados opostos da chave e só se cruzariam mesmo numa possível final. Antes disso, porém, há um longo caminho a ser percorrido
    O sorteio dos grupos da Copa do Mundo, na Costa do Sauípe, na Bahia, mal havia acabado quando torcedores de ambos os lados da fronteira apressavam-se na simulação dos resultados para descobrir quando o duelo poderia ocorrer. Ao notarem que tudo se encaminhava para um encontro só na finalíssima, em 13 de julho, no Maracanã, brasileiros e argentinos já começavam a esfregar as mãos, preparando-se para o que seria uma final de sonhos (ou, no caso de quem saísse derrotado, de terrível pesadelo). Mas essa expectativa, que está viva na cabeça dos rivais desde dezembro do ano passado, começou a ficar mais frágil desde que o Mundial enfim começou, há pouco mais de uma semana. Passadas duas partidas de cada seleção, Brasil e Argentina ainda figuram entre os favoritos, evidentemente – mas parece afobação demais projetar esse encontro, que ocorreria só depois de mais quatro jogos, enquanto ambos os rivais ainda sofrem para embalar de vez na competição.

    P.T. RECONHECE QUE A ELEIÇÃO É DURA E ATACA AS OPOSIÇÕES

    A Convenção Nacional do PT que marcou o lançamento de Dilma Rousseff à reeleição revelou o quanto os petistas estão preocupados com a possibilidade de derrota na disputa pela Presidência. Os discursos se concentraram mais em ataques aos adversários do que em propostas para um segundo mandato.
    A convenção, realizada em Brasília, teve a presença dos principais nomes do partido e foi aberta com um coro de crianças cantando uma música que pedia "mais futuro em nossa vida". O primeiro a discursar foi o presidente do PT, Rui Falcão. Ele anunciou oficialmente a indicação de Dilma Rousseff para a reeleição, ao lado do peemedebista Michel Temer como vice.
    Em seu discurso, a própria Dilma tratou de criticar o governo que se encerrou doze anos atrás: "Antes, o Brasil se defendia das crises de uma forma extremamente perversa, arrochando o salário dos trabalhadores, aumentando as taxas de juros a níveis estratosféricos, aumentando o desemprego, diminuindo inteiramente o crescimento e vendendo o patrimônio publico", disse ela, que continuou: "Não fui eleita para mendigar dinheiro do FMI, porque não preciso".
    Para o segundo mandato, a presidente anunciou algumas propostas antigas, não cumpridas no primeiro mandato, como a revisão do pacto federativo, a popularização da banda larga e o esforço pela realização da reforma política. "Precisamos de mais oito anos para construir uma obra à altura dos sonhos do Brasil", afirmou.
    Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais aplaudido do que Dilma, demonstrou preocupação com os jovens e pediu que os militantes se esforcem para conquistar o voto dos mais novos: "Quem tinha seis ou oito anos doze anos atrás não tem obrigação de saber tudo o que nós fizemos", disse ele.
    Lula também disse que nunca se desentendeu com a sucessora durante os quatro anos de governo. "É possível criador e criatura viverem juntos em harmonia", afirmou.
    A convenção reuniu centenas de militantes e autoridades petistas em um centro de convenções de Brasília. No ato, planejado pelo marqueteiro João Santana, apenas quatro pessoas discursaram: Dilma, Lula, o vice-presidente Michel Temer e o presidente do PT, Rui Falcão. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi vaiado quando entrou no palco.
    Ataques — Rui Falcão fez um discurso sintomático, uma amostra do que será o tom da campanha petista: como se o PT fosse oposição e não governo, ele gastou mais tempo atacando os adversários e os governos do PSDB do que falando dos méritos da gestão Dilma. Pediu que a militância retomasse o espírito de 1989 e atacou o "neoliberalismo".
    "Não vamos permitir retrocessos, nem a volta a um passado de recessão, arrocho e desemprego, cuja figura-símbolo, antes condenada ao ostracismo pelos parceiros, agora ressurge como guru nas convenções dos tucanos", disse o petista, em referência a Fernando Henrique Cardoso.
    Rui Falcão admitiu a dificuldade da vitória: "Já se tornou lugar comum dizer que esta eleição será a mais dura, a mais difícil de todas. E os fatos mostram que sim", disse.
    Corroborando as palavras do petista, no meio da convenção o PTB, um dos partidos da base aliada, anunciou o rompimento com o governo e a adesão à campanha de Aécio Neves