sábado, 30 de junho de 2018

HENRIQUE MEIRELLES DETONA CIRO GOMES E JAIR BOLSONARO

- A pré-campanha de Henrique Meirelles (MDB) ao Palácio do Planalto divulgará um vídeo nesta quinta-feira (28) com ataques aos candidatos Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL), em que explora, principalmente, episódios de violência contra as mulheres protagonizados pelo ex-capitão do Exército.
Na peça, elaborada pelo marqueteiro Chico Mendez e que será postada nas redes sociais do emedebista, Bolsonaro aparece em uma cena de 2013 em que xinga a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de "vagabunda". Em seguida, outra cena vem à tona, em que ele chama uma jornalista de "analfabeta" e "idiota".
Bolsonaro é réu por apologia ao estupro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por incitar publicamente a prática do crime ao dizer que Maria do Rosário não merecia ser estuprada porque a petista é "muito feia".
O vídeo é o primeiro da nova estratégia -mais ofensiva- de Meirelles. Como mostrou a Folha nesta terça (25), o ex-ministro da Fazenda foi orientado a adotar uma postura mais agressiva e duelar com os líderes das pesquisas na ausência do ex-presidente Lula. Hoje Meirelles tem apenas 1% das intenções de voto e se esforça para tirar sua campanha do imobilismo.
Na sequência do vídeo, Ciro Gomes é também alvo dos ataques do presidenciável do MDB. A personalidade explosiva do pré-candidato do PDT é mostrada em uma cena em que ele grita que "Lula é um merda", em referência ao ex-presidente da República.
A comparação fica por conta do narrador, que pergunta "em qual tempo está o candidato em que você está pensando em votar? No tempo em que a mulher abaixava a cabeça para o homem?".
Meirelles é vendido como o homem do diálogo, calma e experiência.
Desde que iniciou sua pré-campanha, Meirelles tem feito um giro pelos diretórios estaduais do MDB para tentar vencer resistências internas a seu nome e ser oficializado candidato do partido na convenção de julho sem sobressaltos. 
Os auxiliares de Temer, por sua vez, avaliam que ele deve investir mais em agendas de massa, fora dos gabinetes e em nichos específicos, como os evangélicos, por exemplo.
Nesta semana, o ex-ministro deve participar de um encontro com religiosos em Recife e ampliar seus compromissos externos

LIBERDADE DE LULA NÃO SERÁ JULGADO EM AGOSTO PELO STF.

Fátima Meira/Futura Press
 - O STF (Supremo Tribunal Federal) divulgou nesta sexta (29) a pauta de julgamentos previstos para agosto, quando a corte volta do recesso. A presidente, ministra Cármen Lúcia, não incluiu nela o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O pedido de liberdade ou de substituição da prisão por medidas cautelares foi liberado nesta quinta (28) pelo relator, Edson Fachin, para análise em plenário. Até agosto, a pauta de julgamentos ainda poderá mudar.
Nos últimos dois dias, a defesa de Lula apresentou três recursos diferentes ao STF. Todos pedem sua soltura, e dois giram em torno de uma questão estratégica para a defesa: se o pedido de liberdade deve ser julgado pelo plenário (formado pelos 11 ministros) ou pela Segunda Turma, da qual Fachin faz parte.
A defesa quer a análise na turma, formada por cinco ministros, porque nela as decisões têm sido mais favoráveis a investigados e condenados na Lava Jato. Na última terça (26), por exemplo, a turma soltou, por 3 a 1, o ex-ministro petista José Dirceu. Os advogados entendem que a Segunda Turma é o juiz natural para analisar pedidos de Lula.
A batalha dos recursos começou depois que, na segunda-feira (25), Fachin decidiu remeter para julgamento em plenário um pedido de Lula para suspender os efeitos de sua condenação em segundo grau e esperar em liberdade o julgamento dos recursos nas instâncias superiores.
Os advogados recorreram nesta quinta (28) dessa decisão (de envio do caso ao plenário), pedindo que Fachin esclareça pontos dela. A defesa alega que Fachin justificou que o pedido deveria ir ao plenário para análise da questão da inelegibilidade de Lula, mas sustenta que a petição original não tratava da questão eleitoral.
Paralelamente, a defesa entrou com uma reclamação na Segunda Turma também contra a mesma decisão de Fachin de submeter o pedido de liberdade ao plenário.
A defesa queria que essa reclamação fosse distribuída para algum dos outros quatro ministros da turma ser o relator -Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes ou Celso de Mello-, mas a distribuição foi livre entre todos os magistrados do tribunal e caiu com Alexandre de Moraes, que integra a Primeira Turma.
Por fim, o terceiro recurso diz respeito ao habeas corpus que o plenário negou a Lula em abril, antes de ele ser preso. A defesa apresentou embargos de declaração pedindo esclarecimentos do acórdão do julgamento no plenário, afirmando que não ficou claro se a prisão deve ser automática logo após a condenação em segunda instância.
Os advogados de Lula pedem que esses embargos de declaração sejam julgados pelo plenário já na primeira sessão de agosto. O relator, Fachin, ainda vai analisar o pleito.
Lula está preso em Curitiba desde abril, depois de ter sido condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). A condenação propriamente dita ainda não foi discutida no Supremo e no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

EMPATE TÉCNICO ENTRE BOLSONARO E MARINA SILVA

 - O pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, lidera a corrida pelo Palácio do Planalto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 17 por cento das intenções de voto, mas tecnicamente empatado, no limite da margem de erro, com Marina Silva (Rede), que registrou 13 por cento, mostrou pesquisa CNI/Ibope nesta quinta-feira.
Em seguida, também encontram-se tecnicamente empatados os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 8 por cento, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 6 por cento, em levantamento que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Candidato do PT no cenário sem Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com apenas 2 por cento.
No cenário com Lula, o ex-presidente lidera com 33 por cento, seguido por Bolsonaro (15 por cento), Marina (7 por cento), Ciro (4 por cento) e Alckmin (4 por cento).
Em todos os cenários, os altos índices de brancos e nulos chamam a atenção. No primeiro cenário, sem Lula, 33 por cento dos entrevistados votariam em branco ou nulo. Outros 8 por cento não responderam ou disseram não saber em quem votar. No segundo cenário, com Lula, os brancos e nulos somam 22 por cento, enquanto os indecisos somam 6 por cento.
Na pergunta espontânea, em que não são oferecidos nomes aos entrevistados, Lula lidera com 21 por cento, seguindo de Bolsonaro, com 11 por cento. Ciro e Marina aparecem com 2 por cento, seguidos de Álvaro Dias (Podemos) e Alckmin, com 1 por cento.
Lula está preso em Curitiba desde abril onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). Ele deve ficar impedido de concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça.
Lula e Bolsonaro também ocupam as primeiras posições, junto com o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), no ranking de rejeição do eleitorado. Dentre os entrevistados, 32 por cento responderam que não votariam de jeito nenhum em Collor, mesmo percentual averiguado para os que responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto o patamar de rejeição a Lula alcança os 31 por cento.
Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pesquisa do Ibope mostrou também que a avaliação ruim/péssima do governo do presidente Michel Temer passou para 79 por cento em junho, ante 72 por cento em março. A avaliação positiva do governo ficou em 4 por cento, em comparação a 5 por cento

DATENA É CANDIDATO AO SENADO POR SÃO PAULO

BOLSONARO: SOU MAIS BANDIDO QUE LULA?

Pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro criticou o resultado recente da pesquisa Ibope/CNI que o apontou com o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
“Minha pesquisa é o povo na rua”, declarou Bolsonaro ao veículo. Com índice de rejeição em torno de 32%, ele rivaliza com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece com 31% na pesquisa. 
“Quer dizer que eu sou mais bandido que o Lula? Não dá para acreditar nisso. Minha pesquisa é o aeroporto, o povo com que falei hoje na praça pública (em Fortaleza, Ceará, onde fez agenda de campanha). O que vale é a rua”, afirmou. 
De acordo com o último Datafolha, o deputado federal liderava as intençōes de voto em cenários testados sem o ex-presidente na disputa

MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES NEGA LIBERDADE DE LULA


sexta-feira, 29 de junho de 2018

LIVRE JOSÉ DIRCEU VOLTA PARA CASA EM BRASÍLIA

 - O ex-ministro José Dirceu deixou no início da madrugada desta quarta-feira (27) o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF), onde estava preso há cerca de um mês.
Após ser liberado pela Justiça, Dirceu foi levado de carro ao apartamento que possui em Brasília. Imagens da TV Globo mostram o ex-ministro segura
Fátima Meira/Futura Press

ndo uma pequena mala enquanto esperava o elevador.
Nesta terça-feira (26), a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 3 votos a 1, conceder liminar em habeas corpus para que o ex-ministro José Dirceu aguarde em liberdade o julgamento de uma reclamação que pede sua soltura até o esgotamento da análise dos recursos nas cortes superiores —o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF.
A defesa do petista, liderada pelo advogado Roberto Podval, apresentou reclamação à corte argumentando que ele não poderia ficar preso já que sua condenação não tinha transitado em julgado. 
Além disso, a detenção, ordenada pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), teria ocorrido baseada em uma súmula daquele tribunal que diz que a prisão depois de condenação em segunda instância, como ocorre com Dirceu, deve ser automática.
Dirceu cumpre pena após ser condenado pela segunda instância da Justiça Federal a 30 anos e 9 meses de prisão.
Os advogados afirmam que, ao contrário do que diz a súmula, a prisão, mesmo depois de segundo grau, deve ser fundamentada.
O relator do habeas corpus, Dias Toffoli, decidiu conceder o habeas corpus de ofício após o ministro Edson Fachin pedir vista no julgamento do mérito da reclamação, o que interromperia a análise do pedido da defesa.
Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski acompanharam Toffoli, pela concessão do habeas corpus de ofício até que se julgue definitivamente a reclamação da defesa de Dirceu.

CIRO ESPERA FECHAR ALIANÇA COM VÁRIOS PARTIDOS

EQUIPES DE MEIRELLES E ALCKMIN ATACAM BOLSONARO

Equipes de Alckmin e Meirelles atacam Bolsonaro
 - As pré-campanhas de Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) ao Palácio do Planalto divulgarão vídeos nas redes sociais com críticas ao pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), principalmente em relação ao histórico de declarações controversas do deputado federal e ex-capitão do Exército.
O vídeo da pré-campanha de Meirelles, que será divulgado nesta quinta quinta-feira (28), trará ainda ataques ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT).
Na peça, elaborada pelo marqueteiro Chico Mendez e que será postada nas redes sociais do emedebista, Bolsonaro aparece em uma cena de 2013 em que xinga a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de "vagabunda". Em seguida, outra cena vem à tona, em que ele chama uma jornalista de "analfabeta" e "idiota".
Bolsonaro é réu sob acusação de apologia ao estupro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por incitar publicamente a prática do crime ao dizer que Maria do Rosário não merecia ser estuprada porque a petista é "muito feia".
O vídeo é o primeiro da nova estratégia -mais ofensiva- de Meirelles. Como mostrou a Folha de S.Paulo na terça (25), o ex-ministro da Fazenda foi orientado a adotar postura mais agressiva e duelar com os líderes das pesquisas na ausência do ex-presidente Lula. Hoje ele tem 1% das intenções de voto e se esforça para tirar sua campanha do imobilismo.
Na sequência do vídeo, Ciro Gomes é também alvo dos ataques do presidenciável do MDB. A personalidade explosiva do pré-candidato do PDT é mostrada em uma cena em que ele grita que "Lula é um merda", em referência ao ex-presidente da República.
A comparação fica por conta do narrador, que pergunta "em qual tempo está o candidato em que você está pensando em votar? No tempo em que a mulher abaixava a cabeça para o homem?".
Meirelles é vendido como o homem do diálogo, calma e experiência.

EM DEBATE MANUELA GERA POLÊMICA SOBRE RACISMO

Fátima Meira/Futura Press
- "Gostaria de retomar a palavra, enquanto entrevistada, se tu me permitires." "Se você me deixar concluir o raciocínio..." "Vocês gostam de falar mais do que eu. É fantástico."
Vestida com uma camiseta que estampava a frase "Lute como uma garota", a pré-candidata à presidência da República Manuela D´Ávila (PC do B) repetiu as queixas acima durante entrevista ao programa Roda Viva (TV Cultura), na última segunda-feira (25).
Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul foi interrompida ao menos 40 vezes durante a entrevista. O jornal considerou como interrupção as ocasiões em que o entrevistado teve dificuldades de concluir sua fala devido a intervenção de alguém.
Nas redes sociais, movimentos feministas classificaram como machista o comportamento dos entrevistadores. Um abaixo-assinado online com mais de 15 mil assinaturas na noite de terça (26) pedia que a TV Cultura marcasse uma nova entrevista com ela.
Embora o formato do Roda Viva, em que vários entrevistadores fazem perguntas a um mesmo nome, favoreça esse tipo de interrupção, o caso de Manuela foi atípico, se comparado ao de outros pré-candidatos, homens ou mulheres, sabatinados pelo programa recentemente.
Marina Silva (Rede) foi interrompida três vezes. Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT), 9 e 8 vezes, respectivamente.

BLOCO PARTIDÁRIO APOIADO POR FHC PREGA UNIÃO DO CENTRO

Contra 'catástrofe', bloco apadrinhado por FHC prega união do centro
- Com aproximação da Rede, partido da presidenciável Marina Silva, e do Podemos, sigla do pré-candidato Álvaro Dias, o manifesto que pede união do centro foi lançado em São Paulo com um apelo para evitar o que se chamou de catástrofe na eleição presidencial.
O movimento em torno de um polo democrático e reformista, apadrinhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), já havia sido apresentado em Brasília, no início do mês. Na ocasião, atraiu lideranças de partidos como PSDB, PPS, PSB, MDB, PV e PTB. 
Relançado na noite desta quinta-feira (28), em um teatro na avenida Paulista, o bloco recebeu o apoio de Marina, que enviou como representante o coordenador do programa de governo de sua campanha, João Paulo Capobianco.
"Ela tem um compromisso inarredável com a democracia e está com todos aqueles que estejam trabalhando por isso", disse Capobianco. 
Uma sinalização da ex-senadora era esperada pelos articuladores da mobilização, já que ela hoje é a segunda colocada nas pesquisas, em cenários sem Lula (PT). Marina chega a empatar tecnicamente em primeiro com Jair Bolsonaro (PSL).
O militar da reserva é um dos símbolos do radicalismo que a coalizão pretende atacar. Em outra ponta está o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Os dois e o ex-presidente Lula (PT) são vistos no movimento como donos de posicionamentos extremistas.
Em discursos no palco, foi dito que um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Ciro seria o pior cenário possível. "Uma fatalidade", resumiu a senadora Rose de Freitas (Pode-ES), colega de partido do presidenciável Álvaro Dias.
Geraldo Alckmin (PSDB), Rodrigo Maia (DEM), Henrique Meirelles (MDB) e Flávio Rocha (PRB) também foram mencionados como lideranças que têm responsabilidade na soma das forças de centro.
"Não é fácil convencer partidos e líderes de que é preciso união", disse Fernando Henrique sobre o principal objetivo do movimento, que é vencer a fragmentação do centro, hoje dividido em torno de dez candidaturas.
"Sozinhos nós vamos para o desastre. Estamos na iminência de uma catástrofe", completou o ex-presidente, discursando contra "os aventureiros, os demagogos".
O tucano pediu ainda aos aliados um rompimento com a inércia. "É necessário que o Brasil não perca mais tempo

GEDEL É TRANSFERIDO PARA A SOLITÁRIA NA PAPUDA


 O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) foi transferido na terça (25) para uma cela em que ficará isolado na Penitenciária da Papuda, em Brasília, após suposto episódio de desacato a um agente penitenciário.
A permanência na chamada "solitária" será inicialmente de dez dias. Depois disso, ele poderá voltar para o convívio dos demais presos.
Durante o período de castigo, Geddel não poderá tomar banho de sol e só receberá visitas de advogados.
Em nota, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal informou que o emedebista foi isolado por desrespeitar o agente durante uma revista pessoal.
"O procedimento é adotado para todo detento que cometa falta disciplinar em estabelecimento prisional", justificou o órgão, que não deu detalhes do episódio.
A ocorrência foi registrada na 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião. O fato, segundo a secretaria, também será oficiado ao Ministério Público do DF e à Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça.
 Geddel está preso preventivamente desde setembro do ano passado, após a Polícia Federal apreender R$ 51 milhões, a ele atribuídos, num bunker em Salvador (BA).
Ele foi denunciado por fazer parte, juntamente com outros integrantes de seu partido, de uma organização criminosa que desviava recursos de órgãos públicos e estatais, entre eles a Caixa Econômica Federal

quinta-feira, 28 de junho de 2018

CIRO GOMES É CONDENADO A PAGAR INDENIZAÇÃO A FERNANDO COLLOR

Ramon Bitencourt/O Tempo/Futura Press
- O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou nesta terça-feira (26) pedido do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) para suspender o pagamento de indenização ao senador Fernando Collor (PTC) por ofensas ditas em 1999.
À época, Ciro se referiu a Collor como "playboy safado" e "cheirador de cocaína". O pedetista foi inicialmente condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais, mas o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) reduziu a indenização para R$ 60 mil. O ex-presidente pediu o depósito de R$ 301 mil ao requerer a execução provisória da condenação, contando juros moratórios.
Ciro Gomes pretendia a suspensão da condenação até o julgamento de um recurso interposto no STJ.
"A concessão da tutela cautelar, para atribuição de efeito suspensivo a recurso inadmitido na origem, é excepcional e pressupõe a aferição da existência de decisão teratológica ou manifestamente contrária à jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça", disse o ministro do STJ Marco Buzzi, responsável pela decisão.
Em suas alegações, o ex-governador afirmou que não houve dano moral porque teria atuado dentro do exercício do direito de crítica ao adversário político, algo inerente ao processo eleitoral

MINISTÉRIO PÚBLICO NEGA TER COAGIDO TESTEMUNHA DE LULA

 - Após pedido de explicações do juiz Sergio Moro, o Ministério Público Federal negou na noite desta terça-feira (26) ter coagido testemunhas da ação penal do sítio de Atibaia (SP), um dos processos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu.
Na semana passada, em depoimento a Moro, o eletricista Lietides Vieira, irmão do caseiro do sítio, disse que os procuradores retiraram sua mulher de casa para prestar depoimento na propriedade. O filho do casal, de oito anos, teria acompanhado. Lietides disse que o menino faz acompanhamento psicológico até hoje em função da abordagem.
O pedreiro Edvaldo Vieira, outro irmão, relatou que os procuradores foram até a sua casa e que se sentiu constrangido pelas perguntas sobre o sítio. Os agentes alertaram que Edvaldo poderia ter problemas se mentisse. 
Na peça anexada aos autos nesta terça, o MPF afirmou que o entrevistado foi informado sobre os direitos que lhe eram assegurados e avisado que, caso não falasse a verdade, poderia cometer o crime de falso testemunho. 
"Tal advertência legal evidentemente não teve o condão de tipificar qualquer tipo de coação."
Em 2016, a Corregedoria Nacional do Ministério Público já havia arquivado reclamação disciplinar sobre o caso.
Quanto à oitiva de Rosilene Ferreira, mulher de Lietides, o MPF disse que a testemunha se dispôs a formalizar voluntariamente o depoimento. 
Segundo o Ministério Público, o equipamento que gravava o áudio tinha pouca bateria e, por isso, os procuradores sugeriram voltar à tarde. A testemunha, então, teria dito que para ela o melhor seria ainda pela manhã.
Dessa forma, de acordo com o MPF, Rosilene se dispôs a comparecer na base operacional da Polícia Federal no sítio, para formalizar o depoimento.
"Tendo havido comparecimento voluntário, não há que se falar em condução coercitiva, mesmo porque recusa não houve por parte da testemunha em prestar depoimento, mas sua concordância com a adoção de procedimento que lhe era mais favorável."
Nesta ação penal, Lula é acusado de ter se beneficiado de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio, que teriam sido pagas pela OAS e Odebrecht em troca de favorecimento em contratos da Petrobras. A acusação alega que o petista é o verdadeiro dono do imóvel, que está registrado no nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna

JOSÉ DIRCEU EM LIBERDADE PODERÁ USAR TORNOZELEIRA ELETRÔNICA

O juiz federal Sergio Moro durante evento em São Paulo 
Caberá ao juiz federal Sergio Moro decidir o destino do ex-ministro José Dirceu. Leila Cury, juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou que o político se apresente à 13ª Vara Federal do Paraná em cinco dias para dar continuidade ao cumprimento de medidas cautelares a ele impostas.
Esta é a Vara de atuação de Moro. Assim sendo, será o ele o responsável por uma decisão esperada pelo grande público: Dirceu deverá ou não usar tornozeleira eletrônica estando fora da prisão? De acordo com Roberto Podval, advogado do ex-ministro, todas as decisões da Justiça serão acatadas.
Dirceu deixou o Complexo Penitenciário da Papuda na madrugada da última quarta-feira (27), após a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidir por sua liberdade. Os ministros suspenderam a execução da condenação do ex-ministro, que cumpria 30 anos de prisão por condenação na Lava Jato

EDUARDO BOLSONARO DIZ QUE ALGUÉM TEM QUE PARAR O STF

Renato S. Cerqueira/Futura Press
Filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro foi ao Twitter para reclamar das decisōes mais recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou a busca e apreensão no apartamento da senadora Gleisi Hoffmann e libertou José Dirceu: “Alguém tem que parar o STF”.
Em postagem feita na tarde da última segunda-feira, o deputado criticou a Corte de forma genérica, embora tenha compartilhado imagens críticas apenas às determinaçōes da Segunda Turma que afetaram diretamente os membros da alta cúpula do PT

EM PESQUISA DO IBOPE MARINA SILVA EMPATA COM BOLSONARO

 - O pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, lidera a corrida pelo Palácio do Planalto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 17 por cento das intenções de voto, mas tecnicamente empatado, no limite da margem de erro, com Marina Silva (Rede), que registrou 13 por cento, mostrou pesquisa CNI/Ibope nesta quinta-feira.
Em seguida, também encontram-se tecnicamente empatados os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 8 por cento, e Geraldo Alckmin (PSDB), com 6 por cento, em levantamento que tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Candidato do PT no cenário sem Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece com apenas 2 por cento.
No cenário com Lula, o ex-presidente lidera com 33 por cento, seguido por Bolsonaro (15 por cento), Marina (7 por cento), Ciro (4 por cento) e Alckmin (4 por cento).
Em todos os cenários, os altos índices de brancos e nulos chamam a atenção. No primeiro cenário, sem Lula, 33 por cento dos entrevistados votariam em branco ou nulo. Outros 8 por cento não responderam ou disseram não saber em quem votar. No segundo cenário, com Lula, os brancos e nulos somam 22 por cento, enquanto os indecisos somam 6 por cento.
Na pergunta espontânea, em que não são oferecidos nomes aos entrevistados, Lula lidera com 21 por cento, seguindo de Bolsonaro, com 11 por cento. Ciro e Marina aparecem com 2 por cento, seguidos de Álvaro Dias (Podemos) e Alckmin, com 1 por cento.
Lula está preso em Curitiba desde abril onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP). Ele deve ficar impedido de concorrer por causa da Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis condenados por órgãos colegiados da Justiça.
Lula e Bolsonaro também ocupam as primeiras posições, junto com o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), no ranking de rejeição do eleitorado. Dentre os entrevistados, 32 por cento responderam que não votariam de jeito nenhum em Collor, mesmo percentual averiguado para os que responderam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, enquanto o patamar de rejeição a Lula alcança os 31 por cento.
Encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a pesquisa do Ibope mostrou também que a avaliação ruim/péssima do governo do presidente Michel Temer passou para 79 por cento em junho, ante 72 por cento em março. A avaliação positiva do governo ficou em 4 por cento, em comparação a 5 por cento

LIBERDADE DE ZÉ DIRCEU DIVIDE MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL

 - A decisão da Segunda Turma de soltar condenados em segunda instância, como o ex-ministro José Dirceu, aprofundou as divisões entre ministros do Supremo Tribunal Federal e as críticas que fazem entre si, e serviu para reabrir o debate sobre a execução provisória da pena (antes de esgotados todos os recursos).
Nesta quarta (27), dia seguinte à votação que, por 3 a 1, determinou a soltura de Dirceu e de um ex-assessor do PP, João Cláudio Genu, ministros, porém, empenharam-se em afirmar que a corte trabalha em clima de normalidade.
Questionado, Gilmar Mendes afirmou que as solturas não constituíram nenhuma novidade. "Estamos caminhando bem, o Supremo voltando a ser Supremo", disse, ao enumerar uma série de decisões recentes nas quais o relator da Lava Jato, Edson Fachin, foi voto vencido.
"Acho que tivemos boas decisões no plenário, acho que a gente está voltando para um plano de maior institucionalidade. A decisão recente sobre a questão das conduções coercitivas acho que coloca bem claro qual é o padrão de Estado de direito que deve presidir o país", afirmou.
O plenário proibiu conduções coercitivas para interrogatório de investigados, prática que foi comum na Lava Jato. Na votação, por 6 a 5, Fachin integrou o grupo minoritário.
"Tivemos uma discussão muito relevante no que diz respeito ao caso Gleisi e Paulo Bernardo [que foram absolvidos na Segunda Turma], acho que também aqui o tribunal afirmou o que é o significado das delações [que seriam insuficientes para condenar]", continuou Gilmar.
Fachin, também nesta quarta, minimizou o isolamento que enfrenta na Segunda Turma, do qual a sessão de terça é bom retrato. Ele foi o único que divergiu em quatro julgamentos que beneficiaram os acusados.
"Eu creio que é equivocado falar-se em vitória, eis que juízes não têm causa, quem tem causa é a parte. O colegiado é formado de posições distintas, o dissenso é natural, e é por isso que nessa mesma medida os julgamentos se deram todos à luz da ordem normativa constitucional e cada magistrado aplicando aquilo que depreende da Constituição", declarou.
Fachin disse que as convicções pessoais dos juízes ficam do lado de fora da sala de julgamentos. "É isso que me dá paz na alma para fazer os julgamentos como entendo que devam ser, à luz dessa que é a ideologia única que orienta o magistrado, que é a ideologia constitucional."
Integrante da Primeira Turma, Marco Aurélio voltou a afirmar que o plenário deveria ter julgado, bem antes da prisão do ex-presidente Lula, as ações de sua relatoria que discutem de forma genérica a constitucionalidade da prisão em segunda instância