sábado, 18 de abril de 2015

MENSALÃO DO P.T. FOI LABORATÓRIO PARA O PETROLÃO

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, depõe na CPI da Petrobras
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, depõe na CPI da Petrobras(Luis Macedo / Câmara dos Deputados/Divulgação)
Desde 2005, quando o escândalo do mensalão jogou na lona o PT e importantes dirigentes de partidos da base aliada do governo Lula, os sonhos petistas passaram a ser assombrados por uma figura onipresente nos esquemas de corrupção comandados pela sigla: o personagem do tesoureiro, já protagonizado pelo notório Delúbio Soares na época dos mensaleiros, voltou a provocar pesadelos no partido com a prisão, na última quarta-feira, de João Vaccari Neto, dono da chave do cofre do PT e enrolado até o último fio da barba com o esquema de distribuição de propina e fraudes na Petrobras.
A prisão de Vaccari menos de dois anos depois do histórico 15 de novembro de 2013, quando Delúbio e próceres petistas começaram a cumprir pena atrás das grades, é apenas o mais visível aspecto que une os mensaleiros e o escândalo desvendado pela Operação Lava Jato. Mas a coincidência de outros personagens e do modus operandi dos dois propinodutos permite dizer que o mensalão - e seus 173 milhões de reais - pode ter sido apenas um laboratório para a trama criminosa de 10 bilhões de reais descoberta no petrolão.
Além dos donos do cofre do partido, diversos personagens do mensalão, tanto os anônimos quanto parte dos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), voltaram a aparecer encrencados no esquema de cobrança de propina na Petrobras. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), conhecidos e cassados durante o mensalão, retomaram o protagonismo nas páginas policiais

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