terça-feira, 9 de agosto de 2016

P.M.D.B. ESPERAR AUMENTAR NÚMERO DE PREFEITOS NESTAS ELEIÇÕES


A cúpula do PMDB quer fazer das eleições de outubro uma prévia da disputa presidencial de 2018, mostrando que o mapa do poder passa pelos municípios. A meta da legenda é conquistar 1.200 prefeituras - 23% mais que o número de cadeiras hoje ocupadas pelo partido - e fincar estacas não apenas nas capitais como em grandes polos urbanos, com mais de 200 mil habitantes.

Se o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff for confirmado, como prevê até o PT, será a terceira vez que o PMDB entrará na campanha municipal tendo o comando do País sob sua responsabilidade, mesmo sem receber votos para esse cargo. Foi assim em 1985, quando José Sarney tomou posse após a morte de Tancredo Neves, e em 1992, ano em que Itamar Franco assumiu o Planalto no lugar de Fernando Collor.

Com o diagnóstico de que a rede de prefeitos é fundamental para pavimentar seu caminho nos próximos dois anos, o PMDB vai aproveitar a atual temporada política para pedir um voto de confiança. "Essa eleição é o grande alicerce para 2018", afirmou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. "Vamos nacionalizar o desgaste do PT", emendou o senador Romero Jucá (RR), presidente em exercício do PMDB. Jucá foi ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer por 12 dias, mas pediu demissão após ser citado na Lava Jato.

No Planalto, ninguém admite oficialmente que Temer possa vestir o figurino de candidato do PMDB, em 2018. Dez dias depois de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter dito, em entrevista ao Estado, que, se a economia estiver bem, Temer será esse nome, articuladores políticos do governo ainda atuam para jogar água na fervura. Tentam evitar fraturas na base aliada, que abriga o PSDB. "Nós não podemos correr esse risco", disse Padilha. "Temos muitos projetos importantes para votar no Congresso e ainda há muita água para rolar debaixo da ponte até 2018."

Nenhum comentário:

Postar um comentário