Gustavo Bebianno, ex-ministro de Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o presidente, à época candidato à Presdiência, autorizou em 2018 um acordo para repassar 30% do fundo eleitoral do PSL (aproximadamente R$ 2,7 milhões) para o diretório do partido em Pernambuco.
O braço pernambucano do PSL é comandado pelo deputado Luciano Bivar, fundador e presidente nacional da legenda. Atualmente, Bivar está em conflito aberto com Bolsonaro, que cobra transparência do partido e punição aos que atuaram fora das regras eleitorais.
Bivar é investigada pelo esquema de candidaturas laranjas, o chamado ‘laranjal’ do PSL, esquema que Bolsonaro reitera não conhecer, sempre ressaltando que passou boa parte da campanha no hospital, se recuperando da facada que recebeu durante a campanha eleitoral, em setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG).
Ex-braço direito de Bolsonaro, Bebbiano explicou o acordo realizado entre Bivar e o presidente da República antes das eleições.
"Perguntado sobre quem seria o responsável pela definição das contas relativas aos fundos partidário e especial [eleitoral] para cada estado e seu correlato repasse para os candidatos durante o processo eleitoral, [Bebianno] respondeu que na forma do acordo político celebrado entre Jair Bolsonaro, Luciano Bivar, Fernando Francischini [então deputado federal pelo Paraná e aliado de Bolsonaro], Antônio Rueda [braço-direito de Bivar], Eduardo Bolsonaro [filho do presidente] e o declarante, parte relevante do fundo eleitoral, em torno de 30%, seria destinado para o estado de Pernambuco, estado original da fundação do PSL, e que os 70% restantes seriam distribuídos de acordo com o peso eleitoral de cada estado", diz a transcrição de parte de seu depoimento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo
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