Com a aproximação da data em que o PDT deve confirmar – oficialmente – o apoio à candidatura do chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao governo do Estado, o partido começa a refazer as contas para as eleições de 2014. No início, a tentativa era de colocar o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, comopostulante da base ao Palácio de Ondina. Sem sucesso, a opção foi manter a corrida por fora. Nada feito. Agora a luta é para colocar Nilo como vice de Rui, com a garantia de uma caneta carregada de tinta. No entanto, a mais nova matemática pedetista tem até espaço para uma eventual reeleição do presidente da AL-BA. O governador Jaques Wagner (PT) já avisou que o nome do vice só sai em março, mas o PDT vai selar a aliança no próximo dia 17. Em entrevista ao Bahia Notícias, Nilo afirmou desconhecer o anúncio da parceria formal, voltou a se dizer “convencido” de que será anunciado como vice de Rui, mas admitiu a chance – mesmo ínfima, em sua opinião – de continuar como deputado estadual. “Só tenho duas opções: ser candidato a governador ou vice. Mas, a política é dinâmica e nunca digo dessa água não beberei. O Carlos Lupi [presidente nacional do PDT] vem na próxima quarta conversar com o governador. Minha posição é de aguardar a conversa e depois vamos reunir o partido para decidir”, afirmou. Nilo revelou o cálculo que tem na cabeça: 99,8% de chances de ser o escolhido de Wagner; 0,1% de manter a candidatura a governador pelo PDT; e 0,1% de colocar o nome na urna como postulante a reeleição.
Foto: Agecom
Aceitar uma indicação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou beber da água brasiliense: “chance zero”. “Eu não tenho como ser [candidato a] deputado federal. Tenho 49 prefeitos, todos estão com apoio garantido para outros deputados federais. Não tem sentido criar um problema com meus amigos”, argumentou o parlamentar. Para explicar o motivo pelo qual não descarta quase nenhuma hipótese, ele lembrou da sua própria saída do PSDB. “A única coisa que nunca imaginei foi me separar de Jutahy [Magalhães Jr., deputado federal pelo PSDB-BA]. As circunstâncias me levaram à separação. Ele foi para o lado do carlismo e eu fiquei aqui, mas continuamos amigos”, lembrou. A aritmética de Nilo pode ser de apenas 0,1%, mas correntes internas no PDT apostam em 50%. Isso porque a candidatura a governador está descartada. O cargo de vice tem no páreo o PP e também a chance de uma mulher ser escolhida. Restaria apenas continuar na Assembleia e, eventualmente, postular uma secretaria e uma Bic. Nas palavras de Nilo, se isso acontecer, “paciência”
Nenhum comentário:
Postar um comentário