domingo, 27 de setembro de 2015

O PMDB NÃO ACEITA MINISTÉRIO COMO BARGANHA

Em meio ao debate sobre a reforma ministerial de Dilma, atribuiu-se ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a indicação de dois nomes do PMDB – mesmo depois de ele se recusar, em conversa com a presidente, a participar do processo de preenchimento de cargos.  Questionado por ISTOÉ, em entrevista exclusiva concedida na quinta-feira 24, Cunha disse que mantém a defesa do rompimento do PMDB com o governo e que sua ascendência sobre a bancada peemedebista faz com que “todos” sejam ligados a ele de alguma forma. “Tenho uma relação com a bancada como um todo. Qualquer um que for escolhido da bancada é uma pessoa próxima a mim”. Sobre o impeachment de Dilma, ele se diz pressionado “por todos os lados”. Perguntado se vai ajudar ou dificultar o trâmite do processo, Cunha garante que se limitará a cumprir o regimento.
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DEIXOU CHEGAR...
Eduardo Cunha afirma que o regimento da Câmara dá poder ao presidente,
mas a última palavra sobre o impeachment de Dilma será do plenário
ISTOÉ – O governo passou quatro anos e meio acusando o PMDB de ser um partido fisiológico. Agora, a presidente da República bate à porta oferecendo cargos em troca de apoio. Isso garante governabilidade?
Eduardo Cunha – 
Não é o caminho. O problema de cargo na administração pública tem que ser tratado como uma consequência de um processo de participação e não necessariamente uma razão pela qual você vai participar. Não adianta ter dez ministérios se isso só faz bem ao próprio ministro. Não estamos aqui para arrumar emprego para ninguém. Nossa preocupação é de participar na formulação da discussão, colaborar com ideias nos projetos e, se for relevante, como no caso da CPMF, tem que ter concordância.

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